50 séries para ver antes de morrer (e fazer sua própria lista de melhores)

Os últimos 10 anos mudaram – talvez para sempre – a forma das pessoas consumirem entretenimento. Se antes elas iam ao cinema e alugavam filmes, agora isso divide espaço com as séries que podem ser assistidas no celular. E todos querem ver sempre as melhores séries, seja como for.

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O bom é que, como faz pelo menos 30 anos que séries boas não param de ser feitas, não faltam opções para assistir. Reunimos nesta lista as produções que foram sucesso de público, de crítica e impactaram todo o meio de alguma forma.

Veja a seguir (em ordem aleatória) as melhores séries para todos os gostos – e que você precisa ver antes de morrer. Qual seria seu top 10?

“Lost”

Até quem nunca viu “Lost” sabe do que se trata – tamanho foi o fascínio que a produção exerceu durante suas seis temporadas exibidas em meados dos anos 2000. Perdidos em uma ilha, os sobreviventes de um acidente de avião (e os telespectadores) têm que desvendar o que aconteceu com eles.

“Game of Thrones”

Não é porque ela acaba de um jeito péssimo que não vale a pena ser vista (e, sabendo disso, você pode curtir ainda mais as primeiras temporadas). Baseada nos livros de George R.R. Martin, a série apresenta um épico de fantasia medieval sobre famílias poderosas que lutam pelo controle dos territórios. Enquanto a história acompanhou a dos livros, só sucesso. E, de qualquer forma, há lições de vida que você pode tirar de “Game of Thrones”.

“The Office”

A versão americana da série de comédia britânica superou sua inspiração e se tornou uma das mais bem-sucedidas do gênero. A produção é um falso documentário que acompanha a vida dos funcionários de uma empresa de papel chamada Dunder-Mifflin. O constrangimento causado pelas situações é tanto que o riso é inevitável.

“Breaking Bad”

A série transformou o personagem Walter White em um ícone e catapultou Bryan Cranston ao estrelato por sua interpretação de um professor que virou chefão das drogas. É considerado um dos maiores programas de TV de todos os tempos e se tornou uma das séries mais assistidas e mais aclamada pela crítica da história.

“The Wire”

Também citada como uma das melhores já feitas, a série marcou o começo da carreira de vários atores negros que hoje dominam Hollywood. A trama se passa no começo dos anos 2000 e mostra de maneira bem realista o submundo das drogas e do crime na cidade americana de Baltimore – e suas relações com a polícia, a política, o sistema educacional e a imprensa.

“Família Soprano”

A premiada série conta a história de Tony Soprano, um mafioso de New Jersey que tem que equilibrar a vida familiar com o crime organizado. Como? Fazendo terapia. É uma das séries mais inovadoras já feitas, responsável por influenciar toda a indústria. (Aliás, se você gosta de séries de mafiosos, dê uma olhada aqui.)

“True Detective”

Nesta antologia de histórias policiais, cada temporada apresenta novos elencos e investigações criminais desafiadoras. A primeira é um primor de roteiro e atuações – com dois detetives perseguindo durante décadas um assassino bizarro. A segunda cai um pouco de nível, mas a terceira volta em grande estilo.

“ER – Plantão Médico”

A série médica mais longeva da TV se manteve muito bem ao longo de seus 15 anos de duração. O cotidiano da área de emergência de um hospital de Chicago é mostrado com roteiros inteligentes, grandes personagens e uma vontade enorme de chocar.

“Sob Pressão”

O Brasil também tem a sua série médica – e uma das boas. A produção acompanha a rotina de médicos de um hospital público localizado no subúrbio do Rio de Janeiro. Com personalidades completamente diferentes, eles têm um ao outro para se apoiarem em frente às dificuldades que aparecem diariamente no hospital, além dos problemas pessoais.

“Arrested Development”

A série segue a disfuncional família Bluth depois que o pai é preso. Foi super premiada, apesar de ter sido cancelada devido à baixa audiência na época. Hoje, se reconhece seu devido valor: ótimos roteiros, personagens engraçados e histórias absurdas.

“Seinfeld”

A série que inventou o conceito moderno de amigos vivendo em uma cidade grande e fazendo merda. E fez isso tão bem que é constantemente apontada como a melhor de humor de todos os tempos. Seus personagens se tornaram icônicos, assim como os enredos dos episódios e seus bordões. Como ela estreou em 1989, muitas das tramas ficaram datadas. Mas outras são atemporais – afinal, a capacidade do ser humano de fazer cagada também é.

“Twin Peaks”

É surpreendente que uma das séries mais estranhas já feitas tenha tido tanto sucesso – e seja tão boa. Lançada no começo dos anos 1990, a série mostra a investigação de um agente especial do FBI sobre o assassinato de uma garota em uma cidade fria dos EUA. Parece uma história policial comum, mas a narrativa tem momentos verdadeiramente bizarros e cheios de surrealismo, terror e comédia.

“Better Call Saul”

Surgiu como um spinoff de “Breaking Bad”, com uma história que se passa antes e depois da série original. O foco é na vida do advogado trambiqueiro Saul Goodman, mostrando como ele se tornou o rei da pilantragem. Embora ninguém esperasse muita coisa dela quando surgiu, não é exagero falar hoje que o resultado final foi tão bom quanto a série que a inspirou. Dê uma olhada em outras séries sobre advogados, se você curte o tema.

“Os Normais”

A série mostra a vida do casal “normal” Rui e Vani enfrentando as diversas questões comuns a todos os relacionamentos: fidelidade, afeto, ciúmes, saídas, espaço, etc. É uma das produções mais engraçadas já feitas sobre isso no Brasil, surpreendentemente inovadora em seus roteiros e no estilo de humor constrangedor parecido com o que se fazia na mesma época nos EUA.

“A Sete Palmos”

Este drama sobre uma casa funerária familiar tem uma sacada boa: cada episódio começa com a chegada de um novo cadáver. O morto sempre desperta gatilhos nos dramas da família. O episódio final da série, que não vamos dizer como que é, é considerado um dos melhores finais de séries de todos os tempos.

“Friends”

Uma das séries que mais influenciou a cultura pop, “Friends” modernizou alguns conceitos de “Seinfeld” para se tornar uma das comédias mais populares de todos os tempos. A história é simples: são nove anos acompanhando as vidas, os relacionamentos e as desventuras de seis amigos que vivem em Nova York. Mesmo se você nunca viu, com certeza vai reconhecer algumas das piadas.

“Sintonia”

A série original brasileira conta a história dos jovens Rita, Doni e Nando, moradores de uma favela de São Paulo que aos poucos vão conhecendo o mundo do tráfico, da religião e da música. Eles acabam trilhando caminhos diferentes do que haviam planejado para suas vidas, enquanto tentam sobreviver e realizar seus sonhos.

“BoJack Horseman”

Não é exagero dizer que a série animada da Netflix é a melhor série original já feita pela empresa de streaming. Nela, um ator quase aposentado tenta reacender sua carreira. Com animais antropomorfizados que rendem boas piadas visuais e de roteiro, a série se torna surpreendentemente profunda conforme as temporadas vão avançando.

“Buffy, a Caça-Vampiros”

Uma líder de torcida que vira caçadora sobrenatural é a história básica – e ótima – desta série. Buffy se destacou porque, apesar da trama, apresentou problemas reais em meio à fantasia e o horror. O resultado são ótimos vilões, romances honestos e muitos monstros.

“Mad Men”

À primeira vista, pode parecer um novelão. Mas até mesmo seus momentos mais “lentos” apresentam dramas tão profundos que não tem como não considerá-la uma das melhores séries de todos os tempos. A história acompanha um bando de publicitários americanos – e suas famílias – ao longo dos revolucionários anos 1960 em Nova York. O personagem principal é o (muito bem vestido) Don Draper, sempre acompanhado de seu whisky e seus grandes momentos.

“Os Simpsons”

Qualquer programa de TV que dure mais de 30 temporadas tem seu valor – ainda que aparente estar mais morto do que vivo. A verdade é que o auge dos Simpsons (os primeiros dez anos, talvez) é imperdível, acompanhando o cotidiano insano da família mais disfuncional da TV. Não à toa, Homer, Marge, Bart, Lisa e quase todos os personagens da série estão imortalizados na cultura pop.

“Cidade Invisível”

A promissora série policial brasileira apresenta a história de um detetive que se envolve em uma investigação de assassinato. O problema é que a trama acaba entrando num confronto entre o mundo que já conhecemos e um submundo habitado por criaturas míticas e folclóricas.

“The Leftovers”

Se você achou interessante um mundo em que boa parte da população simplesmente desapareceu (como em “Vingadores: Ultimato“), essa série fala sobre isso. Três anos depois que 2% da população global desapareceu por razões que permanecem sem explicação, o mundo ainda está tentando lidar com a tragédia e suas ramificações emocionais – uma loucura.

“Band of Brothers”

A minissérie é baseada na história real de soldados americanos que foram à Segunda Guerra Mundial. Espere muito drama, algumas lágrimas e muita ação acompanhando a vida dos homens e meninos que foram à Europa sem nem saber pelo que estavam lutando.

“Peaky Blinders”

Uma série cheia de lições de vida e cortes de cabelo estilosos, além de diálogos tão afiados quanto lâminas de barbear. O programa explora o cotidiano de uma família de gangsters de Birmingham no início do século 20. A série evoluiu ao longo dos anos, melhorando a cada temporada.

“Arquivo X”

Uma mistura perfeita de teorias da conspiração, drama romântico, monstros e humor. Acompanhamos na série as investigações paranormais de dois agentes do FBI – talvez uma das melhores parcerias de atores já vista em séries de TV. Nem todas as temporadas e episódios são boas, mas as que são valem muito a pena ser vistas.

“3%”

Aclamada na gringa, a série brasileira “3%” é uma ficção científica que se passa em um futuro distópico. Nele, o planeta está devastado e os jovens que completam 20 anos têm a possibilidade de se mudar para um local próspero e cheio de oportunidades. Contudo, apenas 3% deles conseguem passar pelos rigorosos e desafiantes testes.

“Chernobyl”

Uma das melhores séries recentes (ainda que seja uma minissérie), ela conta em seis episódios os acontecimentos reais de um dos piores desastres nucleares da história. A trama explora o efeito da tragédia da usina nuclear de Chernobil (quando um reator simplesmente derreteu na usina ucraniana em 1986) sobre as pessoas da região, as que são chamadas para ajudar e as disputas políticas sobre quem é o culpado e como lidar com as consequências.

“La Casa de Papel”

Um fenômeno mundial, a produção espanhola da Netflix não é uma das melhores séries de todos os tempos – mas é cheia de acertos e atrativos próprios, além de algumas lições de vida. A história de um assalto à Casa da Moeda espanhola vale ser assistida, mesmo que por pura diversão.

“The Walking Dead”

Existem filmes de zumbis e séries de zumbis – e esta é a melhor já feita no gênero. A proposta é mostrar como os humanos vivem em um contexto pós-apocalíptico (por muito, muito e muito tempo). É tanto um programa sobre sobrevivência e ética quanto sobre zumbis e nojeira. Vai piorando conforme passam as temporadas, mas vale a assistida. Não deixe também de ver os melhores filmes de zumbis já feitos se você gosta do tema.

“Fleabag”

A comédia inglesa é uma das melhores séries do gênero dos últimos tempos, com seu humor inteligente, honesto e relativamente sacana. Conta a história de uma jovem que tenta equilibrar sua visão de mundo e suas ações com o impacto que isso tem sobre as pessoas ao seu redor.

“Cidade dos Homens”

Ambientada nas favelas do Rio de Janeiro, a série conta a história dos amigos Acerola e Laranjinha. Com temas como tráfico de drogas, violência urbana, dificuldades financeiras e a cultura das favelas, é um retrato interessante de como pode ser a juventude em parte do Brasil.

“Oz”

Com uma visão sombria da vida em uma prisão nos Estados Unidos, esta série reúne um grupo de personagens de diferentes estilos de vida e apresenta seus traumas e histórias. É altamente recomendável, mas aqui vai um conselho: separe algo alegre e divertido para assistir entre as temporadas.

“Black Mirror”

Você já ouviu essa frase: “Nossa, isso é muito Black Mirror”? Ela não existe à toa, já que a série virou referência para todos os medos humanos sobre nossa relação com a tecnologia – e com isso pode nos tornar menos humanos. Os episódios são autônomos e frequentemente ambientados em futuros possíveis preocupantemente plausíveis. Se você curte a série, veja essa lista de filmes com os mesmos temas de “Black Mirror”.

“The Handmaid’s Tale”

A série apresenta um Estado governado por uma teocracia conservadora e cruel – e mostra como mulheres tentam sobreviver em meio às leis feitas por e para homens. O clima é super sombrio e nada animador (ainda mais se comparado à realidade), mas o enredo as atuações valem a pena.

“Os Aspones”

Outra comédia brasileira surpreendentemente avançada para seu tempo (não à toa também escrita por Fernanda Young, autora de “Os Normais”). A série foi exibida pela Globo em 2004 e mostra o cotidiano de um grupo de funcionários públicos que não têm o que fazer na repartição em que “trabalham”.

“How I Met Your Mother”

Honestamente, é uma versão de “Friends” um pouco mais real e moderna (Alguns dirão até que piorada, mas há bons debates sobre isso). Mas vale a pena ser vista, graças a seus inúmeros flashbacks, truques narrativos, narradores não confiáveis, piadas ácidas, referências à cultura popular e lições de vida.

“Boardwalk Empire”

Se você gosta de tramas com gangsters e mafiosos, precisa ver a série que conta a história de um grupo de contrabandistas de bebida na época da Lei Seca nos Estados Unidos – principalmente a dura política e a atividade criminosa de Atlantic City na década de 1920. Gangsters para todos os lados, muito sangue, peitos e palavrões.

“Sessão de Terapia”

A produção tem como ambiente principal um consultório de psicanálise e segue o cotidiano tanto pessoal quanto profissional do terapeuta. A cada episódio, o telespectador tem a oportunidade de acompanhar a história de um novo paciente. Uma proposta simples, mas muito bem executada, transformam esse programa em uma das melhores séries brasileiras já feitas.

“Watchmen”

A série se passa anos depois dos acontecimentos narrados na história em quadrinhos de Alan Moore e Dave Gibbons (a melhor já feita sobre desconstrução de super-heróis). Temas modernos como racismo e corrupção são colocados no universo incrível criado pelo mestre das HQs, em que vigilantes modernos são vistos como heróis ou vilões dependendo do ponto de vista.

“Dark”

Com uma trama não linear que mistura linhas temporais diferentes e apresenta conceitos complexos de física relacionados a viagens no tempo, a série alemã conquistou um enorme público mundialmente. Narra as vidas de duas famílias que têm uma longa história em comum. E, apesar da teoria difícil, a prática é a de uma história adolescente tensa, mas divertida de acompanhar. E, se você curtiu a série, veja essas outras produções que têm um pouco a ver com ela.

“The Americans”

Um casal de espiões russos vivem disfarçados nos subúrbios de Washington D.C. no início dos anos 1980, auge da Guerra Fria. Eles fingem ser um casal americano legal, normal e feliz, mas são assassinos treinados. Uma das melhores séries do canal FX, senão a melhor, é tanto um thriller de espionagem tenso quanto um drama conjugal divertido e profundo. Levar uma vida dupla cheia de engano e traição é pesado para qualquer casal, afinal.

“Dexter”

Se você curte séries sobre serial killers, tem que ver a que conta a história de um assassino em série muito carismático. Dexter trabalha para a polícia e tem como alvos os criminosos mais procurados. Acontece que, apesar de se sentir um justiceiro, ele vai cada vez mais brincando com a linha tênue do que é moral ou não em sua “profissão”. O meio da série apresenta uma virada (ela fica bem pior), mas as primeiras temporadas são o máximo.

“South Park”

Os Simpsons sempre se controlaram em diversos assuntos, mas outra animação americana nunca tentou nem medir suas palavras. Você pensou em “Family Guy”, mas quem fez isso antes e melhor foi “South Park”. A produção mostra o cotidiano de quatro meninos que vivem em uma cidade minúscula em meio às montanhas dos EUA. Uma animação tosca, muitos palavrões e lições de vida formam o combo perfeito.

“Mr. Robot”

Na trama, Elliot é um jovem programador que trabalha como engenheiro de segurança virtual durante o dia e como hacker vigilante durante a noite. As coisas se complicam quando ele é recrutado para destruir a firma que ele é pago para proteger. A série conquistou um grande público ao apresentar uma história tensa e atraente, falando também sobre o ciberativismo e suas consequências para a sociedade.

“Freaks and Geeks”

As agonias da adolescência americana são apresentadas nesta comédia ambientada em uma cidade dos EUA nos anos 1980. Pode parecer meio datado e específico, mas quase todos os problemas de adolescentes – sobretudo os nerds – continuam sendo os mesmos. Destaque para a trilha sonora e o elenco com futuras estrelas de Hollywood.

“Sherlock”

Sherlock Holmes é um daqueles personagens que sempre voltam, seja com um filme de época ou uma obra adaptada para os dias atuais. Este é o caso da série que apresenta o grande detetive em versão moderna. Sherlock soluciona crimes, mexe em redes sociais, faz insinuações sexuais e tem até um bromance com Watson. Boa chance de ver Benedict Cumberbatch em seu grande papel.

“Fargo”

A série é baseada no clássico filme dos irmãos Coen. O cenário é o mesmo: uma cidade pequena e fria. Mas o formato é de antologia, em que a história muda a cada temporada. O elenco é estrelado e cada temporada vale ser assistida.

“It’s Always Sunny In Philadelphia”

Seguindo a tradição de programas como “Seinfeld”, os personagens principais desta série de comédia são todos odiáveis – e por isso mesmo muito carismáticos. É divertido vê-los tramar, brigar e, na maioria das vezes, falhar em suas tentativas de saírem de suas vidas normais.

“Atlanta”

Depois de escrever e atuar para outros programas, o artista Donald Glover inventou uma série para chamar de sua e o resultado foi um retrato cruel e divertido de vários aspectos da pobreza e do racismo no sul dos EUA. A trama de “Atlanta” mostra um rapper da cidade e seu primo tentando vencer no ramo da música enquanto lidam com os problemas da vida.