Se você chegou até aqui, é porque está perdendo o cabelo em algum nível. Então, em primeiro lugar, bem-vindo. Esta é uma zona de apoio a carecas (ou “calvos”, como gosta de se definir quem ainda se agarra aos últimos fios). Existe mundo após a queda e não há nada melhor para se preparar para isso do que saber mais sobre o assunto assim que percebe que está ficando careca.
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A perda de cabelo é uma comum. De acordo com a Sociedade Brasileira do Cabelo, 42 milhões de brasileiros têm algum nível de calvície. Mas, para que esse seja um momento menos traumático – principalmente para os mais jovens -, é preciso de mais informações e menos piadas.
Seja você totalmente careca, ou alguém que está apenas começando a perder os fios, fique calmo. Há muitas possibilidades. Vamos começar pela raiz do problema.
Antes de tudo, cuide do couro cabeludo
A queda de cabelo, ou alopecia, tem tantas causas como tipos diferentes. Das genéticas, que te deixam totalmente careca, às emocionais, causadas por períodos de grande estresse. Já falamos bastante de alopecia por aqui.
Se você está perdendo cabelo, procure um médico (falaremos mais adiante). Só ele vai poder dizer o motivo exato da queda. Mas, desde já, precisa começar a levar a sério os cuidados com seu couro cabeludo para não agravar a situação.
O primeiro passo é repensar completamente como você usa shampoo. O excesso do produto pode destruir o equilíbrio do couro cabeludo. Se seu cabelo é curto e não muito oleoso, você pode facilmente reduzir a lavagem para uma vez a cada dois dias (sim, parece nojento, mas é normal), sempre com o shampoo certo. O mesmo vale para condicionadores.
Como procurar um profissional
Cabe a todo e qualquer homem na casa dos 20 anos que está ficando careca ou se preocupa com a calvície agendar uma consulta com um tricologista. Esse profissional pode ser tanto um médico especializado em cabelo como um cabeleireiro que aprendeu sobre as doenças do couro cabeludo.
Na consulta, ele vai fazer um exame do couro cabeludo no microscópio para procurar problemas como o afinamento do folículo ou quaisquer infecções e cicatrizes. Alguns podem pedir que seus pacientes também façam uma avaliação médica e exames de sangue. O objetivo é que o tricologista identifique quais são seus próximos passos: mudar a dieta, a rotina de higiene, o horário de sono, tomar suplementos, etc.
Às vezes, contudo, não há nada que um tricologista possa fazer. E, nesse caso, ele mesmo vai te indicar uma visita a um médico especialista em restauração capilar.
Os tratamentos para calvície
Os dois tratamentos médicos mais populares para quem está ficando careca são um remédio chamado finasterida e um soro de uso tópico chamado minoxidil. A finasterida bloqueia a criação do hormônio DHT no corpo, o que diminui a queda de cabelo, mas pode fazer cair também sua libido, a potência da ereção e o volume da ejaculação (em menos de 2% dos pacientes). O minoxidil, por outro lado, geralmente vem como um líquido que você passa no cabelo para fortalecer seu crescimento.
Além deles, há o tratamento a laser. É preciso usar um dispositivo que se parece com uma tiara ou capacete, durante cinco minutos por dia. E isso pode ser feito em conjunto com outros procedimentos (incluindo transplantes) ou sozinho. Vale avisar: é bem caro.
Há também opções mais invasivas. A mais popular delas é o tratamento com Plasma Rico em Plaquetas (ou PRP). Nele, basicamente, o médico coleta uma amostra de sangue e a coloca em uma centrífuga para concentrar as plaquetas. O plasma é então aplicado de volta no couro cabeludo. O resultado é um aumento do crescimento do cabelo por um período de determinado de tempo (um ano, aproximadamente).
O transplante vale a pena?
Quem está ficando careca sempre se pergunta se o transplante de cabelo funciona. Pois ele funciona. Mais invasivo do que as outra opções, o procedimento é indicado para quando os folículos estão mortos. A solução, assim, é substituir, redistribuir e realocá-los.
Antes conhecidos por causar o efeito “cabelo de boneca”, os transplantes modernos são mais discretos. Usam uma técnica mais leve chamada “Extração da Unidade Folicular”, ou “FUE” (a sigla é em inglês), que permite ao médico retirar folículos capilares individuais da parte de trás do couro cabeludo e redistribuí-los em uma área enfraquecida ou calva. Como é feito com um fio de cabelo de cada vez, o desenho final fica mais natural e harmonioso.
Nem o procedimento, nem a recuperação são considerados dolorosos. Em uma semana o paciente está curado, em três semanas os cabelos começam a nascer e em um ano o cabelo estará volumoso. Os fios transplantados não sofrerão com calvície outra vez, o que prolonga a duração do visual.
Prece bom demais? Aí que está o problema. Cada sessão de FUE não sai por menos de R$ 10 mil (chutando baixo). E não são todos os casos que podem ser resolvidos com transplantes.
Assuma a careca
Sejamos honestos: tentar prevenir ou frear a calvície custa muito dinheiro. E, se você estiver ficando careca e perdendo muitos fios de uma vez, lembre-se de caras como Jason Statham, The Rock e vários outros . Sim, é a hora de aceitar a careca e raspar o cabelo.
Claro, é um processo de aceitação. E, como todos, pode levar tempo. Mas se a beleza do homem está na sua confiança, ter uma careca em vez de uns fios escondendo falhas pode te deixar muito mais atraente – alguns estudos até apontam que homens carecas são mais confiantes e atraentes. E você não tem ideia da sensação de liberdade que vem com a primeira raspada.
Depois de raspado, o primeiro passo é colocar couro cabeludo na sua rotina de cuidados com a pele. Isso significa limpeza diária, esfoliação semanal e hidratação regular. Não esqueça do protetor solar.
O segundo passo é usar os pelos faciais para dar um upgrade no visual. Vá ao barbeiro e peça dicas para complementar a careca. Ele vai ajudar com o desenho certo de barba e bigode para criar um ponto focal envolvente para o resto do seu rosto.
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