Você já ouviu falar no “melzinho do amor“? Sucesso entre jovens brasileiros, o produtos é vendido como um tipo de afrodisíaco, um mel “100% natural” que funciona como estimulante sexual. Mas será que é isso mesmo?
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O “mel”, que de tanto sucesso virou até funk, começou a fazer sucesso nas festas clandestinas realizadas durante a pandemia. O produto é vendido em sachês ou caixas com 12 unidades, que podem ser encontrados tanto em adegas, postos de gasolina e sex shops quanto em sites como Mercado Livre, Shopee e até no IFood.
Preço de cada sachê varia entre R$ 20 e R$ 80 – e já existem até versões falsificadas por aí. Apesar de conhecido também como “mel árabe”, ele é feito na Malásia.
O que é o melzinho do amor
A TV Record encomendou a análise do mel para uma reportagem exibida no programa “Domingo Espetacular“. O objetivo era descobrir do que ele é feito.
O resultado, segundo a matéria, foi a comprovação da presença de um componente chamado sildenafil no mel – sem estar indicado na embalagem. Para quem não sabe, o Citrato de Sildenafila é o mesmo usado no Viagra – um dos remédios mais poderosos usados por quem tem disfunção erétil.
Originalmente criado para tratar hipertensão, o sildenafil tem como efeito secundário a vasodilatação. Por isso acabou sendo empregado em pacientes com disfunção erétil.
Por que o mel do amor pode fazer mal
Segundo os médicos, o Citrato de Sildenafila é contraindicado para mulheres e menores de 18 anos – ou seja, boa parte de quem tem usado o novo produto. Além disso, antes de tomá-lo deve-se conversar com um médico. Caso a pessoa tenha mais de 50 anos, seja fumante ou tenha problemas nos rins, fígado ou coração, ela deve tomar muito cuidado com o componente.
E é aí que vem o problema. Ainda de acordo com a Record, uma única embalagem do melzinho do amor tem o dobro do sildenafil do Viagra. A longo prazo, o consumo do produto pode levar à diminuição da pressão arterial se combinado com remédios para diabetes, pressão arterial alta, colesterol elevado ou doenças cardíacas – que costumam conter nitratos.
Vale lembrar que o abuso do mel (e do sildenafil) causa também os mesmos efeitos do uso prolongado de Viagra. Sobretudo a dependência psicológica do remédio e a consequente piora da vida sexual do homem.
Ou seja, cuidado com as propagandas. Ao contrário do marketing, o tal melzinho é um produto bastante químico que pode prejudicar sua saúde – não tem nada de natural.
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