Se você é como eu, você provavelmente ama viajar. Faz parte de quem você é e a sensação de estar em outro lugar, conhecendo outras culturas, pessoas e paisagens é inexpiável, não é?
Quando seus amigos ou família te perguntam as razões pelas quais você ama fazer a mala – ok, essa parte é bem chata, mas significa que você vai viajar, então, tudo bem – e partir para um lugar diferente, provavelmente você responde coisas como: eu amo conhecer gente nova, experimentar situações diferentes, provar pratos típicos, me aventurar, sair da zona de conforto, enfim, motivos não falam.
Mas e quando te perguntam: “O que realmente te faz viver para viajar?”. Qual a sua resposta? Fica difícil, não fica? Explicar para quem não sente a mesma coisa as razões pelas quais colocar o pé na estrada, ou no avião, é tão importante para você.
Você não está sozinho. Milhões de pessoas ao redor do mundo certamente estão, agora, contando os dias para conhecer um lugar novo ou terminando o roteiro da próxima viagem.
Mas o que você e essas pessoas tem em comum?
O desejo por aventura
Viajar sempre envolve se aventurar no desconhecido. Seja uma caverna ou um país cuja língua você não entende direito. Viajar é conhecer o novo, encontrar pessoas novas e se aventurar em novas experiências.
Como viajantes, nós naturalmente temos um espírito aventureiro e isso é parte do que somos. Quanto mais viajamos, mais alimentamos essa parte de nós e, por isso, cada vez mais sentimos a extrema necessidade de ir além.
A empatia
Temos um grande senso de empatia. O que veio antes, é difícil de saber mas, por conhecer mais lugares e pessoas diferentes, também conhecemos suas experiências e suas histórias. Por isso, temos uma bagagem maior, na mochila ou fora dela, para compreender o outro e se sensibilizar por ele.
A pobreza extrema pode nos dar um soco no estomago quando visitamos alguma cidade ou vilarejo e, ao mesmo tempo, o acolhimento de alguém através de suas histórias ou até mesmo comida pode nos fazer entrar em uma comunhão invisível inexplicável para quem não sente o mesmo.
Quem vive para viajar e realmente toma isso como carreira, provavelmente vai trabalhar em empregos aleatórios só para conseguir manter a renda e conhecer ainda mais lugares. Esse desprendimento conecta todos: desde os hospedes que, por exemplo, entram em contato com uma dessas pessoas ao ser atendido em um albergue, até o cobrador do ônibus que vê o viajante sorrindo ao tentar falar a língua local.
Nós conseguimos ampliar nossa visão e entender diferentes pontos de vista porque estivemos em lugares completamente desligados da nossa zona de conforto.
A vontade de aprender e a curiosidade de descobrir
O prazer em conhecer gente nova faz parte de quem ama viajar e, quando conhecemos alguém, estamos abertos para aprender, descobrir e quebrar paradigmas. Isso faz parte de realmente viver um lugar novo.
Como consequência, nos tornamos cada vez mais curiosos e empolgados para conhecer aspectos novos da cultura local, seja na cidade vizinha ou em um país no extremo oriente.
A mudança é uma forma de vida
Não estamos falando apenas da mudança física. Você pode passar apenas uma semana em um lugar novo, mas quem ama viajar já encara isso como mais uma mudança na sua mente e forma de ser.
Estar em constante mudança faz parte de quem experimenta culturas diferentes porque quem ama viajar entende a diversidade de uma só verdade.
Opiniões mudam quando nossos olhos enxergam o novo, quem fica estagnado em uma só visão perde a imensidão do universo.
Entender que mudar é mágico é uma das melhores coisas em viajar.
Maior autoconsciência
Criar uma consciência de quem somos é ter o conhecimento da nossa própria personalidade e caráter. Isso nos ajuda a entender nós mesmos de uma forma melhor e, também, ver como as outras pessoas nos enxergam.
Como viajantes, nós mergulhamos em um oceano de perspectivas e experiências e, ao fazer isso, acabamos, de uma forma ou de outra, aprendendo mais sobre quem realmente somos.
Autoestima elevada
Quando começamos a viajar, começamos também a sair da nossa zona de conforto. Somos obrigados a falar com estranhos, conhecer gente nova em albergues, hotéis ou até mesmo baladas e restaurantes.
Abraçamos cada desafio: lidar com uma quantidade restrita de dinheiro, por exemplo, e tentar atravessar uma cidade em poucas horas para conhecer o máximo de lugares possíveis antes de partir faz parte disso.
Tudo isso eleva a nossa confiança em nossas próprias habilidades e, consequentemente, eleva nossa autoestima.
Prazer em observar
Pode parecer óbvio, mas quem ama viajar, ama olhar. Tudo é novo e nós somos loucos por isso! Nossos olhos querem processar cada informação, cada paisagem, cada gesto feito por um cidadão de um país ou estado diferente.
Gostamos de ver como as pessoas conversam, como elas se comportam no metrô ou na mesa de um café. Gostamos de olhar as placas, as faixas pintadas no chão, a arquitetura, o movimento das crianças, tudo.
Por isso, somos treinados a observar melhor.
Gratidão
A gratidão provavelmente é uma das maiores sensações vividas por quem ama viajar. Gratidão por poder conhecer outros lugares e gratidão pela vida que levamos.
Quando nos deparamos com culturas completamente diferentes, podemos enxergar na nossa própria cultura as características que nos formaram como seres humanos.
Ao visitar um lugar cuja pobreza é perceptível, agradecemos o que temos e enxergamos, de fato, a nossa sorte. Quando ajudamos alguém em uma situação de dificuldade, agradecemos pela capacidade de fazer isso.
Quando, em algum momento, precisamos regular a nossa comida para que ela dure mais, somos gratos por saber que, ao voltar para a casa, teremos o que comer.
É fácil esquecer tudo isso quando vivemos no nosso próprio mundinho, dentro de casa ou do escritório.
Nós encontramos beleza nas coisas que normalmente vemos como algo garantido.
A independência
Quem ama viajar provavelmente é bem mais independente. Ao sair da zona de conforto, percebemos a imensidão do mundo em que vivemos e precisamos nos virar com aquilo, precisamos encarar problemas e dificuldades que, na proteção da nossa casa e da nossa família, nós não precisaríamos.
A decisão é nossa e de mais ninguém. Os riscos de errar também são.
A facilidade de adaptação
Viajantes estão constantemente se adaptando ao novo: desde a cama até a língua e a forma de se comunicar.
Estamos abertos e amamos estar dispostos a conhecer novos sabores e até leis diferentes. Essa facilidade em se acostumar com o exótico faz parte de nós e, certamente, é o que nos move adiante.
Mudar de cidade é mudar. Quando voltamos, não somos mais a mesma pessoa e isso é incrível.
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