Malhar demais pode causar depressão: veja 6 consequências negativas de exagerar na academia

Não estamos exagerando. Mas, se você estiver, é bom repensar o seu treino.

Não, não escolhemos um título sensacionalista para te assustar: o negócio é sério mesmo. Treinar demais e exagerar na malhação pode trazer problemas para o seu corpo e para a sua mente.

O corpo humano não está preparado para o excesso de estresse, desgaste e fadiga de exagerar na musculação – a chamada síndrome de overtraining. Isso é um problema recorrente em pessoas mal informadas, segundo o treinador Ricardo Branco. “A pessoa chega na academia querendo ficar grande da noite para o dia. Passa uma, duas horas, ou vem vários dias seguidos. Mas não é assim. O corpo ideal exige bons descansos”, afirma em entrevista para a revista Mundo Estranho.

Às vezes, o overtraining pode acontecer por mera vaidade ou desconhecimento. Mas, em alguns casos, pode configurar um distúrbio psicológico chamado vigorexia: apesar de ter um corpo tecnicamente bem aceito para a sociedade, a pessoa enxerga a si mesma como gorda ou magra demais, e perde a noção do quanto malha – algo parecido com o que acontece com pessoas anoréxicas. Neste caso, além de um bom instrutor, é necessário se consultar com um psicólogo ou terapeuta.

Veja 6 consequências negativas de exagerar na academia:

Dor nas juntas

Malhar demais pode causar depressão: veja 6 consequências negativas de exagerar na academia

As lesões mais comuns para quem sofre de overtraining são a tendinite (inflamação do tendão, a parte final do músculo que se liga ao osso) e a bursite (inflamação da bursa, uma pequena bolsa próxima a ossos e tendões, com um líquido que serve para absorver impactos). Musculação demais também dificulta a desinflamação dessas áreas, podendo desgastá-las para sempre.

Ossos frágeis

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Bom, se o músculo já não está se recuperando e, além de tudo, está sofrendo fraqueza por causa do excesso do treino, os ossos vão precisar fazer o trabalho duro, e os movimentos exaustivos e a sobrecarga podem gerar fraturas. Tíbia e fêmur costumam ser os mais afetados, pois as pernas participam de todos os exercícios.

Insônia

Malhar demais pode causar depressão: veja 6 consequências negativas de exagerar na academia

Como o estresse faz parte do sistema de alerta do corpo, o excesso de cortisol pode levar à insônia. Para piorar, é exatamente durante o sono que geralmente são produzidos os principais responsáveis pela recuperação muscular: a testosterona e o GH (sigla em inglês para hormônio do crescimento). A baixa dessas substâncias também facilita o surgimento de lesões.

Depressão

Malhar demais pode causar depressão: veja 6 consequências negativas de exagerar na academia

Já ouviu o ditado “Corpo são, mente sã”? É verdade. O exercício físico libera serotonina, um neurotransmissor que regula nosso humor, mas malhar demais não vai te deixar mais feliz. Na verdade, o resultado vai ser outro: em excesso, a serotonina afeta as habilidades cognitivas e pode levar até à depressão. Além disso, pessoas “viciadas” em malhar apresentam sinais de irritabilidade e ansiedade.

Problemas de coração

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O abuso frequente pode derrubar a imunidade, já que, durante a atividade física, os músculos perdem um aminoácido essencial para o sistema de defesa, a glutamina. O coração também pode seguir no caminho contrário: em vez de ficar mais saudável, pode ter dificuldades no bombeamento e problemas em seu desenvolvimento, o que levaria a sopros ou até infartos.

Acumulo de gordura

Malhar demais pode causar depressão: veja 6 consequências negativas de exagerar na academia

Exagerar na malhação pode aumentar a produção de cortisol, o hormônio do estresse. Em excesso, ele causa uma troca: para gerar energia, o corpo começa a queimar aminoácidos em vez de carboidratos. O resultado? O pesadelo de qualquer rato de academia: sem aminoácidos, não se constrói massa muscular e, com sobra de açúcar, ocorre o acúmulo de gordura. Entre as consequências do aumento do cortisol, estão:

  • Aumento da gordura abdominal
  • Aumento do estresse e insônia
  • Aumento dos níveis de açúcar
  • Aumento da pressão arterial

Então, o que fazer?

Segundo a revista Mundo Estranho, o ideal é:

  • Consultar sempre um instrutor ou profissional de educação física;
  • Iniciantes devem malhar no máximo 3 vezes por semana e cerca de 1 hora por sessão;
  • Tentar alternar dias de exercício e de descanso;
  • Evitar malhar próximo ao horário de dormir;
  • Dormir bem, de preferência por no mínimo 8 horas;
  • Se alimentar bem: musculação sem uma dieta adequada não dá resultado e pode enfraquecer o corpo. Se puder, consulte um nutricionista;
  • Cuidado ao tentar descontar o estresse na academia: desconcentrado, você fica mais suscetível a fazer os exercícios sem precisão.

Por fim, a conclusão é: nada em exagero faz bem. Muitas vezes, você treina demais procurando intensificar os resultados e, no fim das contas, o tiro pode sair pela culatra, então, tome cuidado!

Maria Confort
Maria Confort

Jornalista, cinéfila, fanática por literatura e, por isso, apaixonada pela ideia de entender pessoas.

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