Você provavelmente já fez ou já pensou em fazer uma lista de “coisas para fazer antes de morrer”, certo? Se não, provavelmente conhece alguém que fez e tenta seguir meticulosamente cada item dela. Se essa ideia nunca passou pela sua cabeça e se você nunca considerou colocar uma lista dessas no papel, é hora de ideia.
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De acordo com um estudo feito pela Escola de Medicina da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, a tão famosa lista faz bem para a saúde. Para os médicos, saber quais seriam esses sonhos de seus pacientes ajudaria na hora de personalizar os cuidados e fazer com que eles adotassem hábitos mais saudáveis. Portanto, se deseja correr uma maratona, fazer uma trilha pela natureza ou até mesmo viajar para o outro lado do mundo, é bom que fale isso ao seu médico.
A médica geriatra VJ Periyakoil, professora da universidade e principal autora do estudo publicado no periódico Journal of Palliative Medicine, afirma que em suas consultas ela sempre pergunta se seus pacientes têm uma lista de desejos. Dizer para um paciente não comer açúcar porque faz mal tem menos efeito do que falar: “Se você se cuidar agora, poderá comer um pedaço de bolo no casamento de seu filho daqui alguns meses”, reforça.
Por meio do estudo, a médica também foi capaz de verificar que as pessoas que se importavam com fé e espiritualidade eram mais propensas a ter elaborado uma lista de desejos. E, quanto mais velho os voluntários eram, maior a probabilidade de já terem elencado seus desejos. Não surpreendentemente, as pessoas com menos de 26 anos estavam mais propensos a incluírem metas mais radicais, como pular de paraquedas, por exemplo.
Os sonhos foram divididos em 6 categorias:
- Viagens (79% presente nas listas);
- Cumprir metas pessoais, como correr uma maratona (78%);
- Alcançar um marco de vida, como chegar ao 50º aniversário de casamento (51%);
- Ter estabilidade financeira (24%);
- Passar mais tempo com família e amigos (16,7%);
- Realizar uma atividade radical ou “ousada” (15%).
Entender suas motivações te ajudam a viver melhor
De acordo com a especialista em longevidade e autora do estudo, conversar com um paciente, especialmente aqueles com uma doença crônica ou terminal, sobre suas metas futuras pode ser uma parte vital no planejamento de seus cuidados.
Ela diz: “Se um paciente quer ir ao casamento de um neto ou viajar para um destino dos sonhos, os tratamentos que possam potencialmente impedir que ele alcance esse objetivo não devem ser aplicados, a não ser que seja explicado como o método impactaria a vida da pessoa”.
Para facilitar as coisas, Periyakol exemplifica: “Eu tinha um paciente com câncer na vesícula biliar e ele estava muito estressado, porque queria levar a família para o Havaí, mas tinha toda uma agenda de consultas para cumprir. E ele não sabia que poderia adiar seu tratamento em duas semanas”.
Ou seja, ter sonhos e pontuá-los pode, sim, te ajudar a viver mais.
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