“Lúcifer”: 4 lições de vida que você pode aprender com a série

Muitas séries servem para que possamos aprender algo. E "Lúcifer" é um bom exemplo, cheio de lições de vida para todas as pessoas.

Como muitas séries, “Lúcifer”, da Netflix, parece ser só uma história criativa, mas boba. Imagine Satanás tirando um sabático em Los Angeles para comandar uma boate – e ajudar um detetive a encontrar e punir os culpados por homicídios na cidade. É uma trama sem nada demais, certo? Errado. Veja como você pode tirar lições de vida relevantes de “Lúcifer“.

Não estamos falando de nada superficial. A série é bem feita, mas repetitiva, com um enredo razoavelmente previsível e um estilo cafona. É preciso ir além e para perceber suas mensagens simples, mas poderosas, que podem mudar vidas.

Veja a seguir quatro lições de vida que aprendemos com “Lúcifer” e podem ajudar qualquer pessoa a se questionar e entender o comportamento humano.

Onde está o seu desejo?

A série "Lúcifer", da Netflix

Em quase todos os episódios, Lúcifer usa o poder da hipnose em alguém. O Diabo tem a capacidade de revelar os segredos e desejos mais profundos e sombrios de qualquer pessoa. Basta fazer uma pergunta simples: “Diga-me o que você mais deseja, mais profundamente deseja?”.

Cada pessoa responde com seus verdadeiros desejos e sonhos. E é aqui que percebemos que muitos desses sonhos não estão sendo vividos e foram deixados para trás. Quantos de nós fazemos isso na vida real? Quantos de nós estamos fazendo exatamente o que realmente desejamos? Quão satisfeitos estamos com essas escolhas se não estamos seguindo nossos sonhos? O que está nos impedindo de seguir nossos desejos?

Imagine os resultados que você pode obter tendo em mente sempre seu objetivo e se concentrando no que quer. Fazer isso requer um processo de reflexão. E você pode fazê-lo a partir dessas perguntas (que valem para qualquer momento decisivo na vida):

  • O que eu quero?
  • A que resultado eu quero com chegar com esse desejo?
  • Existe uma estratégia para chegar nesse resultado?
  • Como eu chego nessa estratégia?

É preciso ser responsável e prestar contas

A série "Lúcifer", da Netflix

Lúcifer frequentemente alega que ele é apenas o guardião do Inferno e que as pessoas o culpam pelo mal que recai sobre suas vidas. Ele mesmo culpa Deus por sua própria desgraça.

O que aprendemos com isso é que precisamos assumir a responsabilidade por quem nos tornamos e pelas ações que realizamos. O que acontece conosco nem sempre é nossa culpa, é verdade, mas somos responsáveis por nossas respostas a essas coisas. E isso tem muito mais poder sobre nossas vidas do que pensamos. Quando assumimos essa responsabilidade, crescemos e florescemos.

Imagine o que você pode criar se parar de culpar as circunstâncias externas, aceitar sua responsabilidade e procurar dentro de si as respostas. Talvez os resultados seriam muito mais poderosos. (E você ainda evita virar uma pessoa que não assume nenhuma responsabilidade, o famoso adulto “garoto”.)

Colocando as coisas em perspectiva

A série "Lúcifer", da Netflix

É aqui que Lúcifer se torna uma série ainda mais interessante e cheia de lições de vida. Existem anjos, demônios e vários seres distintos de outro mundo correndo por aí. Olhando na superfície, é uma história de Bem x Mal, Certo x Errado. Mas será mesmo?

Em um momento você está observando anjos protegendo humanos e, em seguida, sendo totalmente cuzões. Depois você experimenta uma enorme atração pelos “demônios” e se vê torcendo por eles. É capaz até de sentir empatia pelos que erraram e desejar que eles tenham uma segunda chance. O que a série faz com isso é nos dar a oportunidade de ver as coisas de um ponto de vista completamente diferente.

O que é Certo ou Errado? Bem ou Mal? Muitas vezes, a resposta depende de quais lentes estamos usando para julgar. Pode ser uma questão de perspectiva.

Ter uma cabeça acostumada a permitir apenas visões limitadas com base no que já conhecemos inibe o crescimento. Para assimilar diferentes informações vindas de pontos de vista diversos é preciso de diversidade. Novas perspectivas levam a melhores reflexões – e mais respostas para os seus problemas.

Menos medo, mais fé

A série "Lúcifer", da Netflix

O que nos leva uma questão de ego. O ego serve para nos proteger porque é assim que nosso cérebro aprendeu. Vivemos em um corpo de 2020, com um cérebro pré-histórico. Tendemos a nos manter seguros, evitar perigos e fazer o possível para não sermos rejeitados. A segurança e o conformismo trabalham juntos para isso. Em resumo, somos condicionados a viver com medo e evitar mudanças ou riscos.

De acordo com Lúcifer Morningstar, ele é apenas o guardião e são os humanos que escolhem seu caminho. Mas, embora a dor seja inevitável, o sofrimento é uma escolha. E a única razão pela qual sofremos é porque estamos constantemente programados para resistir às mudanças e buscar o conforto.

Resistimos porque usamos o medo para nos proteger, mesmo sem perceber. E o medo só pode ser perdido quando percebemos que estamos olhando para fora para encontrar respostas, mas já temos tudo dentro de nós mesmos. Temos todas as condições de refletir, assumir a responsabilidade por tudo e transformar isso em crescimento pessoal. Pelo menos é isso que “Lúcifer” ensina.

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Felipe Blumen
Felipe Blumen

Historiador, jornalista de lifestyle e fã de foguetes, Corinthians, gibis e outras bagunças.

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