Em algum momento da sua vida, você vai dividir casa com alguém. Não estamos falando dos seus pais, com quem você é obrigado nos primeiros anos. Mas de amigos, parentes, conhecidos, parceiros, noivas, esposas, etc. Pessoas com outras trajetórias, referências e costumes – o que pode acabar gerando alguns problemas. Mas pense que poderia ser pior: você poderia estar morando com o Projota.
Se você não assiste ao “BBB”, reality show da Globo, vamos explicar. O rapper Projota, autor de alguns sucessos nas paradas nacionais da última década, está na casa morando com outras pessoas. Além de brigas feias e pequenas intrigas, ele tem feito sucesso (não de maneira agradável) por suas, digamos, frescuras.
Suas mancadas e vexames o transformaram até que em um cara divertido de acompanhar de longe. Mas será que você é o Projota da sua casa? Veja um pouco o que ele fez e reflita. Caso seja, é hora de pensar.
Trairagem
Um dos participantes do reality era um fã de Projota que afirmou ter sido salvo da depressão por conta das músicas do rapper. Massa, não? Acontece que o cara era meio problemático e o artista até ensaiou ajudá-lo, como ídolo mesmo, mas acabou preferindo virar seu inimigo. Negou contato, passou a falar mal do jovem pelas costas, tentou humilhá-lo em uma batalha de rap de brincadeira e ajudou a criar um clima insustentável para um companheiro de casa. Foi o famoso traíra.
Ok, ninguém é obrigado a cuidar de alguém que mal conhece. Muito menos a virar amigo ou mentor da pessoa. Mas se você se mostra propenso a fazer uma coisa, deixa isso claro e mesmo assim acaba indo no caminho contrário não pode reclamar depois.
A questão da comida
Algumas pessoas têm paladar infantil – uma deficiência na educação alimentar que gera resistência a alimentos como verduras, legumes, frutas e afins. É algo tratável e relativamente normal. Outras pessoas são o Projota.
Ele não come boa parte das comidas disponíveis na casa. Já recusou lasanha, estrogonofe, goiabada, rapadura e doces variados, entre outras coisas. E faz questão de reclamar de tudo, em alto e bom som. Segundo a família, ele tem intolerância à lactose. Aceitamos a desculpa, assim como entendemos que ninguém tem que comer nada por obrigação. Mas imagine morar com alguém que enche a boca para chamar um estrogonofe feito por outra pessoa de “bosta” e confessa não saber fazer arroz. Experimente falar isso na sua casa para ver o resultado.
Projota, moleque de vila?
Para quem se intitula um “moleque de vila”, Projota até que é bastante mimado. Sua narrativa é a de que todos estão contra ele a todo o tempo – com exceção de seu melhor amigo, que é um adulto imaturo. Seu umbigo é o centro das atenções e quem não enxerga assim ganha maus olhares e comentários.
Durante uma obrigação matinal (falar e interagir com as câmeras dentro de um cômodo, chamada de “Raio X”) que todos deveriam participar, Projota tinha que ter ganhado a preferência por estar vestindo uma roupa desconfortável. Em vez disso, esperou um pouco. Sentado. No ar condicionado. Por 20 minutos. Foi o suficiente para ele reclamar disso em rede nacional, ao vivo.
Não vamos negar a trajetória de vida do cara. Mas é no mínimo irônico que ele se apresente como humildão e seja a pessoa mais mimada de uma casa com outras 19 (sendo ele o mais velho de todos).
Em resumo, é divertido zoar Projota quando ele comete erros e mancadas ridículas que todos nós cometemos. Principalmente porque ele se considera pouquíssimo zoável. Se você for morar com alguém e tiver consciência de que é chato, pelo menos aceite esse fato. As outras pessoas agradecem.
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