Sabemos que a rejeição realmente dói, mas o que a maioria das pessoas não sabe é que ela também tem consequências físicas no corpo e psicológicas na mente. Algumas dessas consequências, entretanto, não são tão negativas assim e podem mudar a sua vida para melhor.
Veja 10 fatos surpreendentes sobre a rejeição:
A rejeição pega carona nos caminhos que a dor física toma pelo cérebro
Estudos mostram que as mesmas áreas do cérebro se ativam quando experimentamos rejeição e quando experimentamos dor física. É por isso que a rejeição fere tanto (neurologicamente falando). Na verdade, nossos cérebros respondem de forma semelhante à rejeição e dor física – e isso causa o próximo fato da lista:
Tylenol reduz as dores emocionais desencadeadas pela rejeição
Em um estudo testando a hipótese de que a rejeição imita a dor física, os pesquisadores deram para alguns participantes a droga acetaminofeno (Tylenol) antes de pedir para eles recordarem uma experiência dolorosa rejeição. As pessoas que receberam Tylenol relataram significativamente menos dor emocional do que os indivíduos que tomaram uma pílula de açúcar.
A rejeição teve uma função importante no nosso processo evolutivo
No nosso passado, ser expulso de uma tribo era uma sentença de morte. Um indivíduo raramente sobrevivia sozinho por muito tempo. Por isso, os psicólogos evolucionários assumem que o cérebro desenvolveu um sistema de alerta precoce para nos alertar quando estávamos em risco de ostracismo. Então, aqueles que experimentavam a rejeição mais dolorosa ganharam uma vantagem evolutiva – eles corrigiam seu comportamento e, consequentemente, se fixavam por mais tempo em uma tribo. Isso provavelmente explica o próximo fato:
É mais fácil reviver a dor psicológica da rejeição do que a dor física
Tente lembrar uma experiência na qual sentiu dor física significativa e seus caminhos cerebrais não vão se empolgar muito com a ideia pra te fazer sentir uma dor semelhante. Em outras palavras, essa memória por si só não provocará dor física. Mas tente reviver uma rejeição dolorosa (mas tente de verdade) e você será inundado com muitos dos mesmos sentimentos que você teve na época – e seu cérebro vai responder de forma parecida. Nosso cérebro prioriza as experiências de rejeição porque somos animais sociais e vivemos em “tribos”.
A rejeição prejudica a nossa necessidade de “pertencimento”
E a “necessidade de pertencimento” é um termo da psicologia e da sociologia, viu?
Todos nós temos uma necessidade fundamental de pertencer a um grupo. Quando somos rejeitados, essa necessidade fica bagunçada na nossa cabeça e a desconexão que sentimos aumenta nossa dor emocional. Por isso, é importante nos re-conectarmos com aqueles que nos amam, ou começarmos a conversar com membros de grupos onde sentimos afinidade e que nos valorizem e nos aceitem. Esse comportamento nos ajuda a acalmar a dor emocional depois uma rejeição.
A rejeição cria surtos de raiva e agressão
Em 2001, o Cirurgião Geral dos Estados Unidos – sim, esse cargo existe e denomina o líder operacional dos Serviços de Saúde Pública dos Estados Unidos – publicou um relatório afirmando que a rejeição é um dos maiores riscos de violência entre os adolescentes – maior ainda que o risco causado pelas drogas e pela pobreza. Inúmeros estudos têm demonstrado que mesmo uma leve rejeição pode fazer com que as pessoas cometam suicídio ou machuquem outras pessoas.
Rejeição prejudica a nossa autoestima
Depois de um pé na bunda, todo mundo fica procurando defeito em si mesmo e, na maioria das vezes, a culpa não é sua por ter levado um fora. A maioria dos foras é resultado de uma falta de química, estilos de vida incompatíveis, desejos diferentes e outras questões que não tem relação alguma com algo ruim em você. Então, não se culpe depois de levar um não na balada, na maioria das vezes, a culpa realmente não é sua e logo você vai encontrar alguém que tenha química com você.
A rejeição temporariamente afeta o nosso QI
As pessoas que precisaram se lembrar de situações de rejeição na pesquisa listada acima acabaram tendo um resultado bem inferior em testes de QI, memória a curto prazo e testes de tomada de decisão. Entnao, quando estamos nos curado de uma rejeição dolorosa, pensar de forma clara e objetiva não é fácil.
A rejeição não responde à razão
Os participantes da mesma pesquisa também realizaram um experimento onde eles eram rejeitados por estranhos. O experimento foi, de certa forma, manipulado porque os estranhos eram pessoas contratadas pelos pesquisadores. Surpreendentemente, mesmo depois que os participantes descobriram que os estranhos foram contratados e suas opiniões não eram reais, eles continuaram se sentindo mal.
Você pode tratar o sentimento doloroso da rejeição
É possível tratar esses sentimentos horríveis com terapia, e inclusive criar barreiras para não se abalar tanto com uma rejeição futura. Se isso te afeta, procure ajuda médica. Isso não é vergonha alguma!