Veja como funciona o novo esquema de aluguel de roupas

Você assina um plano em um serviço, recebe roupas que não são suas, usa, lava e devolve. Assim funciona o compartilhamento de roupas. Topa?

Compartilhamento de roupas é uma tendência da moda

Se você já teve que alugar uma roupa para um casamento, sabe como funciona. Você pega, usa, lava e devolve. Pois bem, isso evoluiu e ficou mais moderno e abrangente. Não são apenas ternos e smokings e já não se diz mais aluguel. Agora é compartilhamento de roupas.

A ideia é a mesma do Airbnb, do Uber, das bicicletas e tudo mais: compartilhar peças com outras pessoas. De roupas mais formais a itens como tênis e acessórios, tudo pode ser alugado e compartilhado.

Isso reflete uma tendência global e a busca por uma relação mais sustentável com a moda. Em vez de manter um guarda-roupa cheio de peças fast fashion usadas ​​apenas uma ou duas vezes, os consumidores estão mais inclinados a reduzir sua quantidade de roupas e usar programas de aluguel para se vestir para ocasiões especiais, como reuniões de trabalho e casamentos.

O resultado é que o compartilhamento de roupas está rapidamente se tornando um fluxo de receita lucrativo para pequenos projetos e até grandes marcas. Já antes da pandemia, segundo relatórios, esse negócio valia 3 trilhões de dólares globalmente. Outro estudo aponta que o aluguel pode representar 10% da receita de grandes empresas do ramo até 2030 – quando uma peça é alugada 20 vezes, por exemplo, ela gera uma margem de lucro de mais de 40% se comparada a uma venda simples.

Como surgiu o compartilhamento de roupas

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O serviço responsável por dar cara a esse novo modelo de aluguel e compartilhamento é o americano Rent the Runway, lançado em 2009. A empresa ofereceu a seus clientes uma alternativa acessível à compra de roupas para todas as ocasiões. Hoje, conta com pacotes de assinatura (que permitem aluguel ilimitado) e lançou um braço de revenda, onde os clientes podem optar por comprar algo com desconto.

No Brasil há iniciativas semelhantes. Conheça algumas. Vale avisar que a maioria das peças é feminina. Mas é possível garimpar uma ou outra que servem também em homens.

Onde alugar/emprestar/compartilhar

Crédito: Reprodução

LOC – A plataforma LOC foi criada em Salvador, mas se espalhou por todo o país com o propósito de facilitar o aluguel de roupas online. Roupas casuais, vestidos de festa e de noiva, calçados, bolsas e acessórios estão disponíveis no catálogo da plataforma, que conta com curadoria de diferentes licenciados em cada cidade onde se estabelece e conecta pessoas que querem emprestar àquelas que precisam de algo emprestado.

Roupateca – O acervo da Roupateca tem de peças de pessoas comuns e de marcas. A plataforma oferece planos mensais de assinatura, que mudam de acordo com a quantidade de peças que podem ser alugadas. O serviço permite trocar peças todos os dias e ficar até 15 dias com cada (mas ela deve ser devolvido já lavada e passada). E, claro, se você perder ou estragar a roupa paga o preço informado na etiqueta.

Blimo – O nome oficial é Biblioteca de Moda, mas o apelido é Blimo. Também funciona com assinaturas mensais, mas há a possibilidade de emprestar peças avulsas. Você fica até dez dias com a roupa que escolheu ou pode trocar todos os dias.

House of Bubbles – A loja e lavandaria House of Bubbles, no bairro de Pinheiros, em São Paulo, também oferece um serviço de compartilhamento de roupas. Com uma assinatura mensal você pode escolher algumas peças direto da arara e levar para casa. É preciso lavar antes de devolver (mas pagando uma taxa a mais é possível fazer isso na própria lavanderia do local). Ainda dá para deixar uma roupa sua lá e ganhar um valor a cada vez que ela for emprestada.

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Felipe Blumen
Felipe Blumen

Historiador, jornalista de lifestyle e fã de foguetes, Corinthians, gibis e outras bagunças.

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