Dormir demais pode matar

De acordo com uma lista divulgada por cientistas no final de 2015, alguns comportamentos podem aumentar os ricos de uma morte precoce. Dormir demais é um deles.

Créditos: Reprodução

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A frase “morrer de sono” parece ser uma expressão realmente verdadeira.

De acordo com uma lista divulgada por cientistas no final de 2015, alguns comportamentos podem aumentar os ricos de uma morte precoce. Entre eles, dormir demais.

Já é de conhecimento da sociedade que uma alimentação fraca em proteínas, o consumo excessivo de álcool ou o tabagismo podem fazer com que alguém morra mais cedo, mas cientistas incluíram outros fatores capazes de influenciar negativamente a nossa expectativa de vida, como ficar sentado por mais de sete horas por dia e, por fim, dormir além do necessário.

Esse tipo de comportamento sedentário foi analisado por cientistas da Universidade de Sydney, na Austrália e, segundo os dados alcançados e demonstrados no relatório publicado no jornal PLOS Medicine, o resultado é uma bomba-relógio.

Uma pessoa que engloba todos os comportamentos destacados anteriormente tem cinco vezes mais chance de morrer em um período de seis anos do que outra pessoa que leva uma vida mais saudável sem praticar nenhum desses hábitos em excesso.

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Ficar sentado por muito tempo, fazer pouco exercício físico e dormir por mais de nove horas por dia são comportamentos quase mortais: segundo os pesquisadores, esse tipo de atitude está por trás de quase um terço das mortes analisadas no estudo.

Mais de 230.000 pessoas na faixa dos 45 anos de idade participaram dele ao longo de seis anos.

O Doutor Melody Ding, da Universidade de Sydney, explicou: “Para examinar padrões específicos de estilo de vida e comportamentos de risco, 96 variáveis – representando todas as possibilidades das combinações entre fumo, ingestão de muita bebida alcoólica, sedentarismo, dieta desequilibrada, dormir muito ou dormir pouco tempo e ficar muito tempo sentado  – foram criadas.

“O excesso ou falta de sono foram separados em dois fatores de risco diferentes, pois suas associações com a mortalidade podem ser explicados por diferentes mecanismos. A análise investigou quatro fatores de risco já conhecidos e outros dois totalmente novos: ficar muito tempo sentado e dormir demais”.

Esse novo estudo foi publicado depois que pesquisadores norte-americanos alertaram a população sobre os perigos de passar tempo demais na frente da televisão: esse hábito está relacionado com as oito maiores causas de morte nos Estados Unidos, como câncer, doenças hepáticas e Parkinson.

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Pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer, em Michigan, descobriram que quem assiste mais de 3 horas e meia de TV por dia não está apenas correndo o risco de desenvolver câncer e problemas cardíacos – doenças comumente associadas ao sedentarismo – mas também tem mais chances de desenvolver diabetes, pneumonia, Mal de Parkinson e doenças no fígado.

Além disso, pessoas com esse comportamento têm 15% a mais de chance de morrer por complicações mais comuns do que uma pessoa que passa menos de uma hora na frente da TV.

A Universidade de Cambridge, no começo de 2015, alertou a população sobre dormir mais de oito horas por dia. Os pesquisadores responsáveis descobriram que o excesso de sono pode duplicar as chances de um derrame.

dormir

 

Entretanto, não está claro se essas pessoas estudadas estavam dormindo mais por já estarem doentes ou se alguma coisa negativa acontecia com o nosso corpo por causa das horas extras na cama.

O especialista em sono Dr. Neil Stanley, porém, garante que dormir demais é prejudicial, principalmente quando alguém procura compensar as horas mal dormidas em um dia só. O ideal, para ele, é buscar o equilíbrio.

Apesar do excesso de sono, sozinho, não ser o maior fator de preocupação, é comum que ele nos impeça de realizar outras atividades saudáveis ao longo do dia, como uma atividade física pela manhã ou noite, ou encontrar o equilíbrio nos horários intercalados para uma alimentação saudável.

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Maria Confort
Maria Confort

Jornalista, cinéfila, fanática por literatura e, por isso, apaixonada pela ideia de entender pessoas.

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