A depressão pós-parto é hoje quase tão comum nos pais quanto nas mães, revela pesquisa

Pois é! Chocante, não é? Se liga nessa nova pesquisa e veja como os casos de depressão pós-parto estão piorando entre os homens.

A depressão pós-parto é hoje quase tão comum nos pais quanto nas mães, revela pesquisa

A depressão pós-parto pode estar se tornando comum também entre os homens, sugere uma nova pesquisa.

Durante anos, discutiu-se se os homens poderiam realmente sofrer do chamado “baby blues”, a famosa depressão pós-parto conhecida por atacar mulheres.

Mas o novo estudo, realizado por cientistas da Universidade de Indiana, esclarece mais sobre a realidade da depressão pós-parto entre os homens.

Eles descobriram que 4,4% dos pais receberam o diagnóstico positivo para depressão em visitas à clínica – em comparação com cerca de 5% das novas mães.

Como funcionou a pesquisa

A depressão pós-parto é hoje quase tão comum nos pais quanto nas mães, revela pesquisa

Pesquisadores liderados pela Dra. Erika Chang analisaram as respostas dos pais de mais de 9.500 visitas a clínicas para chegar à conclusão.

Os pais frequentaram menos de um terço das consultas, onde foram solicitados a preencher questionários sobre sintomas de depressão pós-parto.

Todos os pais do estudo tinham filhos com idade inferior a 15 meses e foram selecionados entre agosto de 2016 e dezembro de 2017.

No entanto, taxas semelhantes de depressão foram observadas em mães e pais, de acordo com o estudo publicado no JAMA Pediatrics.

Novas mães são rotineiramente rastreadas para depressão e estima-se que 10 a 12% são afetadas no primeiro ano após o parto.

Como o estudo pode ser analisado

A depressão pós-parto é hoje quase tão comum nos pais quanto nas mães, revela pesquisa

Mas os pais não são rotineiramente avaliados – apesar dos repetidos apelos de homens e instituições de caridade para mudar as diretrizes oficiais do Reino Unido, por exemplo.

O Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Cuidados, que assessora o NHS, disse no ano passado que não havia planos de mudar suas diretrizes sobre o assunto.

Porém, o Instituto foi solicitado a esclarecer sua posição depois que Mark Williams falou sobre sua batalha contra a depressão após o nascimento de seu filho.

O Sr. Williams, fundador da organização Fathers Reaching Out, sofreu com a depressão pós-parto após o nascimento traumático de seu filho Ethan.

Vários estudos mostraram que o método estabelecido pelos médicos para detectar a depressão pós-parto em mulheres trabalha mal em homens.

A Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo não captura sintomas comuns em homens, como irritação e inquietação.

Em vez disso, concentra-se em sintomas como sentimentos de culpa, distúrbios do sono, baixa energia e pensamentos suicidas.

O estudo surge em meio a evidências emergentes de que as crianças também podem sofrer os efeitos da depressão pós-parto em seus pais.

Estudos mostram que os pais deprimidos podem ser menos sensíveis às necessidades de seus filhos, principalmente bebês com tendência a chorar com frequência. Bebês de pais deprimidos também são menos estimulados, o que pode ser um fator contribuinte para o desenvolvimento mais lento.

Em alguns casos, a depressão pode até levar à negligência ou uso inapropriado de força na criança. As novas descobertas vieram depois que um estudo em novembro descobriu que um terço dos novos pais deprimidos pensavam em ferir a si mesmos ou a seus filhos.

Cientistas suecos da Universidade de Lund alertaram que a depressão pós-parto em homens geralmente não é tratada, já que eles estão relutantes em procurar ajuda.

A depressão pós-parto afeta mais de uma em cada cinco novas mães e geralmente começa no primeiro mês após o parto.

Muitas mulheres não percebem que têm depressão pós-parto, porque ela pode se desenvolver gradualmente e, muitas vezes, não é detectada nem tratada.

O que reforça ainda mais a necessidade de um acompanhando psicológico tanto para a mãe, quanto para o pai. Saúde mental é importante!

Maria Confort
Maria Confort

Jornalista, cinéfila, fanática por literatura e, por isso, apaixonada pela ideia de entender pessoas.

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