Bota para Correr: Olympikus lança corridas em cidades paradisíacas

Bota para Correr: Olympikus lança circuito de corridas em cidades paradisíacas do Brasil com provas de 10km e 21 km

Como é correr no Jalapão

 

bota para correr da Olympikus

Imagina uma corrida “de rua” nas estradas de barro no cerrado do Tocatins?  Imagine uma meia-maratona cujo percurso atravessa o maravilhoso bioma do Pantanal? Explorar os paraísos brasileiros com a corrida. Esta é a proposta do Bota para Correr, novo circuito criado pela Olympikus.

A primeira etapa aconteceu no dia 7 de julho, no Parque Estadual do Jalapão, e mais duas já foram confirmadas. Uma no Pantanal, em 28 de setembro, e outra em Alter do Chão, em 16 de novembro. Tive a sorte de participar desta primeira corrida e posso dizer que esta é realmente uma experiência única.

Não só pude correr em um terreno e paisagem que fogem da trinca USP/Marginal/Ibirapuera já conhecida pelos corredores de São Paulo,  como ainda pude aproveitar para conhecer melhor um canto do Brasil que pouco falamos a respeito: O Tocantins.

Apesar da aparência quase desértica do cerrado, o estado tem um dos maiores potenciais hídricos do país. Suas cachoeiras e fervedouros (uma piscina de água natural sobre uma potente nascente) são atrações que não só garantem belas fotos no Instagram, como também provam que há muito mais os litorais do Nordeste para conhecer no país.

 

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Manual do Homem Moderno (@blogmhm) em

Se boiar nas águas do Rio Novo foi uma moleza, terminar a prova do Bota Pra Correr foi o oposto. A prova no Jalapão foi realizada em uma estrada de barro e areia sob um sol forte com clima seco. As condições adversas do solo deram aos percursos de 10km e 21km uma dificuldade a mais. Adversidades estas que foram compensadas pela vista INCRÍVEL da prova.

As bacias sedimentares somadas à vegetação davam um ar quase místico para a prova. Como poucos participantes participaram do evento – 200 no total – era relativamente fácil se encontrar sozinho em alguns pequenos trechos. Foi uma boa oportunidade para me conectar com a natureza em uma paz de espírito praticamente impossível de ser alcançada em uma corrida na cidade grande.

Outro destaque foi a preocupação com o meio ambiente.  Foram distribuídos uma espécie de copo retrátil de silicone para os corredores usarem nos postos de hidratação do evento. Estes, ajudaram a evitar que o parque ecológico fosse sujo com copos descartáveis – algo bem comum em outras corridas. Porém, a mesma preocupação ambiental não foi aplicada em relação ao plástico no qual os kits foram entregues.

Pode parecer bobo, mas acredito que se você vai ser ecologicamente correto, deve fazer isso de ponta a ponta. Evitando o plástico que vai ser jogado fora após o atleta pegar seu  número de peito, evitando os “brindes” de suplementos em papel laminado que vão ser descartados também, entre outros. Outra “bola fora”: Ao terminar a prova, cada corredor ganhava uma latinha de energético de um parceiro. Para um prova que tenta ser ecologicamente correta, o ideal era evitar ao máximo a produção de lixo, não distribuir gratuitamente aos seus corredores brindes que demoram 200 anos para se decomporem. Porém, como já disse, pode ser apenas uma implicância ecológica minha.

Se os pequenos detalhes do impacto ambiental ainda precisam ser ajustados, a integração Bota para Correr e população local se provou muito bem afinada.  Quase todo staff que apoiou os participantes da corrida durante o evento era de moradores de cidades da região, o que ajuda a movimentar a economia das cidades dos arredores do Jalapão.

Um pequeno “detalhe” que mostra como a organização estava conectada à cultura local, é que os troféus entregas aos vencedores possuíam uma moldura feita de capim dourado, material que movimenta o comércio de artesanato da região. Evidência clara que a Olympykus não quer apenas abraçar a brasilidade destes pontos turísticos, como também fez sua lição de casa para incorporar esse sentimento ao DNA das provas do Bota para Correr.

No geral, posso dizer que, apesar do circuito quase tortuoso da corrida, o saldo é mais positivo do que negativo. Em tempos que mais e mais marcas gringas tentam ganhar corações brasileiros no discurso mole ao colocar samba como trilha sonora de seus comerciais, é do caralho ver uma marca brasileira mostrando que está disposta a ir a fundo – com investimento, estudo e planejamento – para prova que é BR MESMO.

  • As inscrições para as próximas etapas do circuito Botar para Correr podem ser feitas clicando aqui.
Compartilhe
Edson Castro
Edson Castro

Jornalista, ilustrador, apaixonado pela vida e por viver aventuras. Coleciona HQs, tênis e boas histórias para contar.

Comentários
Importante - Os comentários realizados nesse artigo são de inteira responsabilidade do autor (você), antes de expressar sua opinião sobre temas sensíveis, leia nossos termos de uso