O medo de falar em público, fazer uma entrevista de emprego, participar de uma reunião importante, conferir o resultado de uma prova, pedir um aumento para seu chefe. Todas essas situações normalmente geram certo nervosismo para quem está em vias de passar por elas.
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A ansiedade é um termo genérico para várias doenças que causam nervosismo, medo, apreensão e preocupação. Esses distúrbios afetam o modo como nos sentimos e nos comportamos, e são capazes de se manifestar em sintomas físicos reais.
A ansiedade leve é vaga e inquietante, mas, o indivíduo pode ter o controle do problema e conviver tranquilamente com o mal. Quando a ansiedade se transforma em severa, é capaz de debilitar o indivíduo, proporcionando sérios impactos negativos sobre sua vida cotidiana, limitando /ou impedindo as suas escolhas.
Ela se tornou tão comum nas novas gerações que já é considerada o mal do século, superando inclusive a depressão.
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Quer descobrir se a sua ansiedade cruzou a linha da normalidade e se transformou em um transtorno? Confira os principais sinais de quem sofre do problema. Se você apresenta mais de um deles, se os sintomas atormentam diariamente sua vida e suas ações, fique alerta e procure ajuda, pois você pode sofrer do mal!
1. Preocupação excessiva
Uma marca registrada da ansiedade é uma preocupação excessiva sobre coisas cotidianas, tanto grandes como pequenas. Mas, como descobrir se ela é excessiva? Se você tem pensamentos persistentes na maioria dos dias, durante meses sobre a mesma coisa.
Além disso, a ansiedade deve ser tão ruim que ela acaba interferindo na sua vida diária e é acompanhada por sintomas perceptíveis, tais como fadiga.
“A distinção entre um transtorno de ansiedade e apenas ter ansiedade normal é se suas emoções estão causando muito sofrimento e disfunção”, diz Sally Winston, PsyD, co-diretor do Transtorno de ansiedade e estresse do Instituto de Maryland em Towson.
2. Problemas com sono
Dificuldade em adormecer ou manter o sono está associada com uma diversidade de problemas de saúde, tanto físicos como psicológicos. Sim, é completamente normal nas noites que antecedem uma apresentação importante, ou mesmo uma grande entrevista de emprego você demorar para pegar no sono.
Mas se você se encontrar com frequência deitado e acordado, preocupado ou problemas específicos (como falta de dinheiro) ou nenhum que você consiga visualizar, pode ser um sinal de um transtorno de ansiedade. Segundo algumas estimativas, metade das pessoas com transtornos de ansiedade têm sérios problemas para dormir.
Outro sinal de que a ansiedade pode estar na sua vida e acordar repentinamente algumas vezes, nervoso, sua mente acelerada, e você sendo incapaz de se acalmar.
3. Medos irracionais
Alguns tipos de ansiedade estão ligados a situações específicas, como voar, animais ou multidões. Se o medo se torna perturbador e fora de forma proporcional ao risco real envolvido, é um sinal revelador de fobia, um tipo de transtorno de ansiedade.
Embora fobias podem incapacitar pessoas, nem sempre são óbvias em todos os momentos. Elas não podem vir à tona até que você enfrente uma situação específica e descubra que você é incapaz de superar o seu medo. “Uma pessoa que tem medo de cobras pode passar anos sem saber. Mas, de repente, seu filho quer ir acampar e ela percebe que precisa de tratamento”, aponta Winston.
4. Tensão muscular
Tensão muscular constante, como apertar sua mandíbula, cerrar os punhos, os flexionar músculos por todo o corpo, repetidamente. São sintomas que acontecem de maneira tão persistente para quem tem o mal que ela simplesmente pode parar de perceber com o tempo.
Exercícios regulares ajudam a manter a tensão muscular sob controle.
5. Perfeccionismo
O comportamento perfeccionista anda de mãos dadas com transtornos de ansiedade. “Se você está se julgando constantemente ou tem ansiedade antecipatória sobre cometer erros ou ficar aquém dos seus padrões, então você provavelmente tem um transtorno de ansiedade”, aponta Winston.
Perfeccionismo é especialmente comum no transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), que é visto como um transtorno de ansiedade.
6. O medo de falar em público
A maioria das pessoas sentem aquele incômodo (o famoso friozinho na barriga) antes de abordar um grupo de pessoas ou estar no centro das atenções. Mas se o medo é tão forte que nenhuma quantidade de treinamento ou prática vai aliviá-lo, ou se você gastar muito tempo pensando e se preocupando com isso, você pode ter uma forma de transtorno de ansiedade social (também conhecido como fobia social).
As pessoas com ansiedade social tendem a se preocupar por dias ou semanas que antecederam a um determinado evento ou situação. E se elas conseguem passar por ele, tende a ser extremamente desconfortável e traumático.
7. O trauma de ser olhado
Transtorno de ansiedade social nem sempre envolve falar para uma multidão ou ser o centro das atenções. Na maioria dos casos, a ansiedade é provocada por situações cotidianas como conversa cara-a-cara com uma pessoa em uma festa, abordar o sexo oposto, ou comer e beber na frente do mesmo um pequeno número de pessoas.
Nestas situações, as pessoas com transtorno de ansiedade social tendem a se sentir que todos os olhos estão sobre eles, ocasionando vergonha, tremor, náuseas, suor excessivo, dificuldade em falar. Estes sintomas podem ser tão perturbadores que se torna difícil conhecer novas pessoas, manter relacionamentos, e avançar no trabalho ou na escola.
8. Pânico
Os ataques de pânico podem se transformar em algo aterrorizante. Você sente uma súbita sensação de medo e impotência tomar conta do seu corpo por minutos, a ponto de comprometer sua respiração, acelerar os batimentos cardíacos, formigamento nas mãos, suor excessivo, fraqueza, tonturas, dores no peito e no estômago, sensação de calor ou frio.
Nem todo mundo que tem um ataque de pânico tem um transtorno de ansiedade, mas as pessoas que os experimentam repetidamente podem ser diagnosticados com transtorno do pânico. Pessoas com transtorno do pânico vivem com medo sobre quando, onde e por que seu próximo ataque pode acontecer. Eles tendem a evitar situações e lugares onde os ataques já ocorreram.
9. Flashbacks
Reviver um evento traumático, a morte súbita de um ente querido, podem ser uma característica marcante do transtorno de estresse pós-traumático, que compartilha algumas características com transtornos de ansiedade.
Mas, os flashbacks podem ocorrer com outros tipos de ansiedade. Algumas pesquisas, incluindo um estudo de 2006 no Jornal de Transtornos de Ansiedade, sugere que algumas pessoas com ansiedade social têm flashbacks de experiências que podem não parecer obviamente traumática, como ser ridicularizado publicamente.
10. Indigestão crônica
A ansiedade começa na mente, mas o corpo pode manifestar sintomas físicos claros, como problemas digestivos crônicos. Entre eles, dores de estômago, cólicas, inchaço, gases, prisão de ventre, diarreia. É basicamente a manifestação da ansiedade no aparelho digestivo.
Nem sempre estes sintomas estão relacionados com a ansiedade, mas os dois ocorrem frequentemente em conjunto e podem fazer um grande estrago. O intestino é muito sensível ao estresse psicológico e o desconforto físico e social dos problemas digestivos crônicos podem fazer uma pessoa se sentir mais ansiosa.
11. Comportamentos compulsivos
Estes comportamentos podem ser tanto mentais (como repetir coisas para si mesmo) ou física (lavar as mãos, ajeitar itens).
Pensamento obsessivo e comportamento compulsivo se tornar um transtorno quando a necessidade de completar os comportamentos, também conhecido como “rituais”, começam a conduzir sua vida. “Se você gosta de seu rádio com o nível do volume 3, por exemplo, e ele quebra e fica preso em 4, você ficaria em um pânico total de até que consertem ele”, revela Winston.
12. Dúvidas e inseguranças
Persistente insegurança e dúvida é uma característica comum aos transtornos de ansiedade, incluindo transtorno de ansiedade generalizada e transtorno obsessivo-compulsivo. Em alguns casos, a dúvida pode girar em torno de questões fundamentais para a identidade de uma pessoa, como “Será que sou gay?” ou “Eu amo minha mulher tanto quanto ela me ama?”
Esses “ataques de dúvida” são especialmente comum quando uma questão é irrespondível. Como a incerteza é grande nestes momentos, essa intolerância acaba se transformando em uma obsessão.
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