Só existe um jeito certo de assistir a “Mad Max: Estrada da Fúria”: Em um cinema com o volume no máximo.
Se você ver este filme em um iPad, telinha de notebook ou baixado pirata filmado em uma qualidade merda, está desperdiçando uma experiência incrível.
Uma opera metal banhada a diesel e areia que foi dirigida, escrita e produzida por George Miller, autor dos três primeiros filmes da série.
O cara voltou para mostrar do que é capaz e dar uma prova que o cinema de ação ainda está vivo e consegue renovar.
Meu nome é Max
Confesso que durante o filme, quase esqueci da existência de Mel Gibson. Mesmo que discretamente – a trama do filme não dá tanto destaque para Max – Tom Hardy conseguiu pegar o manto do personagem e seguir adiante à sua maneira.
Como no segundo e terceiro filme da série, o protagonista calado cai de paraquedas no meio de uma situação merda.
Após ser capturado pelo “imperador do deserto” Immortan Joe, o guerreiro das estradas e se vê no meio de uma perseguição mortal, iniciada pela Imperatriz Furiosa que tenta de fugir das garras do tirano.
Mais uma vez, Max se vê dividido entre seguir seu caminho sozinho ou “fazer a coisa certa”.
O futuro pertence aos loucos
Vá preparado. Mad Max: possui poucos momentos de respiro. São duas horas de perseguições, tiroteios, socos, chutes e explosões.
O que só aumenta o sentimento de tensão que percorre a trama inteira. Ao longo do seu caminho pela Estrada da Fúria, Max enfrenta todos os tipos de desajustados, deformados e sádicos que você pode imaginar.
Tudo aqui é grandioso. A direção de arte dá detalhes específicos para cada um dos carros e membros do comboio de Joe, as sequências de ação são incríveis e trilha sonora composta por Hans Zimmer é de se aplaudir de pé.
Gostaria de destacar o “carro de som” que embala as perseguições com uma trilha de heavy metal pesado. Com direito a guitarrista metaleiro e percursionistas que tocam no meio de perseguições de carro. O que poderia parecer galhofa em qualquer outro lugar, consegue se adequar na distopia punk criada por George Miller.
Reboot ou continuação?
Chame do que quiser. Remake, reboot, continuação… Este filme é tudo isso, mas não é nada disso. “Mad Max: Estrada da Fúria”dá uma aula de como todas as franquias que tentam voltar aos cinemas deveriam ser tratadas.
A história começa da mesma forma que os filmes de Indiana Jones começavam. Um personagem já estabelecido que é colocado em uma situação de risco. Sem perder tempo para reinventar origens ou recontar o que a gente já sabe.
Outro primor do filme, é trazer de volta um elemento que o cinema de ação vinha deixando de lado há tempos: Efeitos práticos.
Os efeitos especiais entram uma hora ou outra para dar uma complementada, mas a presença de maquiagem nos atores, dublês fazendo loucuras e carros de verdade se batendo dão o peso e o tom que o filme precisava.
Bate na hora aquela saudade dos filmes dos anos 80 onde o que acontecia na tela parecia mais real do que era.
Saldo Final
Não importa se você é um fã das antigas ou está chegando agora. “Mad Max: Estrada da Fúria” é um filme eletrizante e de tirar o fôlego. Um daqueles que você sai do cinema sabendo que aquilo que você viu vai ficar marcado por um bom tempo.
Com cenas de ação incríveis e uma trilha sonora marcante, o longa promete trazer a série de volta aos holofotes. Um presente para os fãs do gênero de ação que já estavam de barriga cheia com “Velozes e Furiosos” e “Vingadores” este ano.
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