O universo criado pelo escritor e professor inglês J.R.R. Tolkien é um dos mais conhecidos e amados do gênero fantasia. A trama é um prato cheio para quem aprecia histórias repletas de aventuras, batalhas, criaturas monstruosas, magos e lindas relações de amizade. Tudo isso, contribuiu para que os livros e a trilogia de filmes, dirigidos por Peter Jackson, conquistassem uma legião de fãs.
Nos filmes, acompanhamos a saga do hobbit, criaturas pequenas de até 1,2 m de altura, Frodo Bolseiro (Elijah Wood) em sua jornada para destruir o “Um Anel”, o mais poderoso dos 20 anéis do poder, que anseia voltar para o seu dono Sauron, O Senhor do Escuro. E para isso, Frodo conta com a ajuda de uma sociedade de amigos. Entre eles está Legolas, o elfo (Orlando Bloom); Gimli, o anão (Jonh Rhys-Davies); Aragorn, o guardião (Viggo Mortensen); Gandalf, o mago (Ian McKellen); Boromir (Sean Bean) e os hobbits Merry, Pippin e Sam.
Alguns aspectos cinematográficos alcançaram a perfeição nessa trilogia, como efeitos especiais, roteiro, edição, trilha sonora, entre outros. Não é à toa que os três juntos ganharam 17 Oscars.
Porém há quem acredita ser impossível tirar algum tipo de aprendizado em obras de fantasia, principalmente as criadas pelo Tolkien, onde árvores ganham vida e existem criaturas como orcs e trolls. Mas, ao contrario do que muitos pensam, da sim para absorver muitas coisas, além do entretenimento, dessas produções. Segue abaixo quatro lições de vida que aprendi assistindo O Senhor dos Anéis.
A Ganância e a busca incessante pelo poder pode levar a ruína
No primeiro filme, A Sociedade do Anel, nove dos anéis forjados são dados à raça dos homens que, acima de tudo, desejava o poder e, cegos por sua ganância, eles aceitam e todos ficam dependentes do “Um Anel”, que os transformam em espectros. Conhecidos como os Nazgûl.
Isso mostra como a mente do homem é facilmente corrompida, uma vez que, alguns ficam tão engradecidos quando lhes é cedido algum tipo de poder, seja no comando de uma empresa ou quando são promovidos a um cargo mais alto, que muitas vezes esquecem seus princípios básicos e acabam fazendo coisas inescrupulosas para continuar no topo.
Por mais árdua e sofrida que seja a sua jornada, não desista
A jornada de Frodo é uma das mais complicadas, difícil e repleta de provações do cinema, tendo que sobreviver a vários desafios e enfrentar muitos inimigos, como os espectros de Sauron, o exército de orcs criado por Saruman (um mago supremo que foi para o lado do mal), e ainda ter que confiar a própria vida a Gollum, uma criatura que foi completamente consumida pelo o “Um Anel”. Contudo, ele não desiste mesmo em momentos que pareça impossível concluir a sua missão.
Essa é uma das lições mais importantes do filme. Não acredita? Então pare e pense nos momentos da sua vida em que você já pensou em jogar tudo para o alto e desistir de um sonho ou objetivo por causa de alguma dificuldade. Por isso, tenha sempre em mente aonde você deseja chegar e o que é preciso fazer para alcançar seus objetivos. Fazendo isso, com certeza você vai conseguir superar muitos obstáculos que aparecerem em seu caminho.
O poder da amizade pode vencer muitas coisas
Em o Senhor dos Anéis, a relação entre o elfo Legolas e o anão Gimli, de início, não é lá muito amigável, uma vez que, na história, essas duas raças têm grandes rixas. Entretanto, ao longo da trama eles precisam se unir para enfrentar os perigos da Terra Média.
Por conta disso, acaba surgindo entre os dois uma das relações mais interessantes do filme, levando-nos a refletir que, não apenas na ficção, mas também na vida real, é possível existir amizades entre pessoas completamente diferentes, com desavenças passadas e posicionamentos político, ideológico ou religioso, divergentes.
As amizades construídas em tempos difíceis são as mais verdadeiras
Muitas pessoas não sabem que o Tolkien lutou nas trincheiras durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), nem que foi desse momento que ele tirou inspiração para criar a relação de amizade entre os hobbits Frodo e Sam. Ele se baseou na relação dele com seus companheiros de combate e em todas as provações pelas quais tiveram que passar.
Tudo isso, acabou influenciando diretamente em algumas das cenas mais emocionantes da saga. Como a que Sam quase se afoga para poder acompanhar Frodo no final do primeiro filme. E a mais marcante de todas, que ocorre em O Retorno do Rei, na qual Sam carrega Frodo, cansado e fraco, até o topo da montanha da perdição para que ele possa destruir o “Um Anel”.
E não podemos esquecer o trio formado por Aragorn, Legolas e Gimli, que passamos a acompanhar individualmente em As Duas Torres, depois que eles se separam dos pequenos hobbits. Eles também são um belo exemplo de que as melhores amizades são aquelas que surgem em tempos difíceis, principalmente em tempos de crise e de guerra.
AMIZADE! Essa é uma das palavras mais importantes quando o assunto é O Senhor dos Anéis.
Sei que existem muito mais lições de vida que podem ser tiradas dessa obra, todavia resolvi focar nessas quatro, pois foram as que mais me marcaram.
► Texto escrito por Edvaldo Sales. Baiano, sonhador, cinéfilo e um cara que odeia as desculpas que as pessoas utilizam para não correr atrás de seus objetivos.
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