Ele cozinha, constrói coisas, cuida da casa, cuida dos filhos, é ator, empresário, maridão, apresentador de TV, está sempre em forma e é bonito. Rodrigo Hilbert é o que todo homem gostaria de ser, na teoria. Mas só na teoria, porque na prática Rodrigo Hilbert não existe.
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Quer dizer, claro que ele é uma pessoa de verdade. E que ele faz todas essas coisas e parece ser realmente um cara legal. Mas a ideia que você tem do Rodrigo Hilbert não existe. Ele não é o homem ideal, e vamos explicar por quê.
Em busca do homem ideal
Embora sempre tenha sido famoso, primeiro como modelo e depois como ator, há alguns anos Hilbert passou a ser conhecido como uma espécie de faz-tudo perfeito, exemplar único de homem ativo e com o qual toda mulher sonharia em se casar e passar sua vida. Cheio de talentos (na cozinha, na carpintaria, no cultivo, etc.), ele faz questão de colocar todos em prática para demonstrar seu amor e dedicação a sua família (ele construiu a capela em que se casou com a esposa, Fernanda Lima) – e aproveita também para apresentar um programa na TV mostrando tudo isso.
Ao olharem para ele, homens que fazem bem menos coisas (ou mulheres que convivem com eles) fazem comparações e, na maioria dos casos, acabam se sentindo mal. É normal ver tudo isso e se julgar preguiçoso, pensando se dá para acrescentar alguma atividade no seu cotidiano. Ou até ficar desanimado, imaginando que você nunca será tão bom quanto ele.
A questão é que não precisa ser. Hilbert não deve ser um ideal, uma meta a ser atingida, mas apenas um bom exemplo para algumas coisas. E ele mesmo parece concordar com isso. Em entrevistas, ele já disse que não se considera especial por fazer tarefas domésticas, só um homem moderno que divide o cuidado da família e da casa com a mulher.
Ok, você pode ler isso e pensar: “nossa, o cara faz tudo e ainda é humilde”. Mas ele está certo. Algumas coisas que ele faz são obrigação de qualquer cara que vive em família e devem virar exemplo. Outras não. Ele faz porque pode e consegue – e ninguém precisa conseguir também.
Como ser um cara melhor sem querer ser o Rodrigo Hilbert
Ao colocarmos Rodrigo Hilbert como um ideal, ele continuará sempre além. Mesmo que você trabalhe, cozinhe e cuide dos seus filhos, seja afetuoso com todos e cuide da saúde, sempre vai faltar algo. A capela, a roça, as panelas construídas por você mesmo para serem aquecidas na lenha que você cortou.
Lembre-se de que o Rodrigo Hilbert tem grana e uma rede de apoio para tudo o que faz. Enquanto constrói uma capela, alguém está de olho nos filhos. Enquanto trabalha, alguém limpa a casa. E ele ganha dinheiro justamente para fazer esse papel de dono de casa. Se nem ele tem obrigação a dar conta de tudo, por que você deveria?
Esqueça essa ideia de macho alfa provedor que constrói a casa e ainda caça e prepara sua comida. Entender de marcenaria não faz ninguém mais ou menos homem. Quer ser um ideal de dar inveja, como o Hilbert? Tenha empatia, trabalhe sua inteligência emocional, demonstre vulnerabilidade e sentimentos, seja um bom companheiro assumindo e dividindo as responsabilidades da casa e da vida. Não precisa construir nada, apenas bons exemplos.
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