Durante todo o mês, a campanha Novembro Azul vai conscientizar a população sobre a importância dos exames preventivos para combater o câncer de próstata.
O MHM também resolveu se juntar à causa e preparou uma série de seis episódios sobre saúde masculina. Fique de olho no nosso canal no Youtube para não perder nenhum vídeo!
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A doença é a mais incidente entre os homens e a segunda principal causa de morte por câncer entre eles, seguido apenas pelo câncer de pulmão. Por ano, são mais de 13 mil mortes: uma a cada 40 minutos.
Infelizmente, os homens negros têm mais chance de desenvolver o câncer de próstata: na verdade, o risco é 2 vezes maior – e a chance morrer por causa do câncer é triplicada.
Mas por quê?
Uma campanha para prevenção da doença realizada em 1998 no Hospital das Clínicas, em São Paulo, atendeu 3.000 homens e concluiu a diferença entre a quantidade de diagnósticos.
Na época do estudo, o urologista Sami Arap, coordenador da campanha do HC-USP, destacou o seguinte: “Embora dados dos EUA já indicassem a prevalência, essa é a primeira vez que dados brasileiros correlacionam a doença com a etniaa negra”.
Em 2008, outro estudo foi realizado pela Universidade de Bristol, na Inglaterra, e constatou a mesma coisa: homens negros correm um risco três vezes maior de sofrer de câncer na próstata do que os brancos.
Inicialmente acreditava-se que a diferença entre os negros e brancos diagnosticados com câncer de próstata se destacava porque os negros realizaram exames preventivos mais cedo.
Mas, de acordo com artigo publicado pelos pesquisadores na revista científica British Journal of Cancer, os resultados não podem ser explicados por questões como o acesso a exames diagnósticos, conhecimento sobre a condição ou programas de testes preventivos.
Quando os registros médicos foram analisados detalhadamente, os pesquisadores descobriram que negros e brancos tinham níveis parecidos de conhecimento sobre o câncer da próstata e sintomas semelhantes.
Eles também demoraram mais ou menos o mesmo tempo para consultar um clínico geral, ou seja, a realização de exames precoces pode não ser a causa da discrepância entre os diagnósticos.
Por isso Geraldo Eduardo Faria, urologista e coordenador da campanha Novembro Azul da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) recomenda que os homens negros comecem a realizar os exames preventivos aos 45 anos.
Ainda não se sabe por que mais negros são diagnosticados com a doença, mas, enquanto os motivos não são descobertos, o ideal é seguir as recomendações dos urologistas e consultar o seu médico pelo menos uma vez por ano.