Meditação: 2 técnicas práticas que vão te ajudar a relaxar

Já pensou em meditar mas não consegue relaxar de forma alguma? A prática é capaz de fazer milagres com o seu corpo e com a sua mente. Veja 2 técnicas fáceis para começar!

Vários estudos já mostraram os diversos benefícios fisiológicos e mentais da meditação, e o mais recente, inclusive, foi realizado pela Universidade de Harvard.

Os pesquisadores do Massachusetts General Hospital (MGH) verificaram que a meditação literalmente reconstrói a massa cinzenta do cérebro em apenas oito semanas. Esse é o primeiro estudo a documentar que a meditação produz mudanças ao longo do tempo na massa cinzenta do cérebro.

“Embora a prática da meditação esteja associada a uma sensação de paz e relaxamento físico, os praticantes têm verificado que a meditação também fornece benefícios cognitivos e psicológicos que se prologam ao longo do dia. Este estudo demonstra que as mudanças na estrutura do cérebro pode ser a base de algumas dessas melhorias relatadas.”, disse Sara Lazar, do Programa de Pesquisa Neuroimagem MGH Psiquiátrica e instrutora de Harvard Medical School em Psicologia

O estudo envolveu imagens de ressonância magnética (IRM) do cérebro de 16 participantes do estudo, duas semanas antes da participação no estudo e logo após o mesmo ser concluído.

Outro grande estudo foi feito e publicado em novembro de 2012, na revista: Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes. Dessa vez, o foco da pesquisa foi o poder da meditação relacionada ao coração e o estudo descobriu que pacientes com problemas cardíacos que fizeram meditação tiveram redução de 48% para o risco geral de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral e morte.

Os benefícios são inúmeros, e poderíamos passar horas falando sobre eles. Porém, vamos direto ao ponto: quer aprender a meditar e começar a colher os frutos dessa prática? Veja 2 técnicas fáceis que vão te ajudar a relaxar:

Meditação analítica

Meditação: 2 técnicas práticas que vão te ajudar a relaxar

Reprodução

Essa é uma abordagem ocidental que sugere um trabalho direcionado de auto-investigação, para que você compreenda seus mecanismos de autossabotagem e libere sentimentos antigos causadores de repetições negativas. Na meditação analítica, você deve focar em um tema específico que está te incomodando e ir atrás das raízes dessa questão para fazer relações de causa e efeito e curar as mazelas da alma.

Entenda que o que causa sofrimento hoje é a repetição de uma dor antiga e malcuidada que continuou causando estragos em sua vida adulta sem que você se desse conta. Quando se propõe a navegar pela sua consciência perguntando para si próprio os porquês dessas repetições, pouco a pouco consegue reconhecer e retirar os espinhos antigos que o impedem de ser feliz.

Meditação com foco no vazio

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Neste tipo de meditação a abordagem é oriental e o seu intuito é focar no espaço vazio entre um pensamento e outro.

Os pensamentos, emoções e sensações vêm, você os observa e os deixa passar. Seu cuidado é para evitar o diálogo interno, renunciando ao julgamento ou à comparação. Trata-se de uma observação passiva e, à medida que você se dispõe a se aprofundar nessa prática, perceberá que existem estágios da consciência a serem atravessados.

Em um primeiro momento, quando você está iniciando a prática ou está com a mente muito acelerada, se depara com muito barulho –uma mistura de pensamentos, emoções e sensações que podem ser desafiadoras impedindo seu relaxamento e distanciamento. Nesse caso, vale fazer uso da meditação analítica até que possa concentrar sua atenção e se aprofundar no vazio. Se atravessar essa zona de turbulência chegará em um segundo nível que é o próprio vazio, onde geralmente não se sente ou entende nada. Nela, tudo é muito quieto, mas não é um quieto confortante, porque ainda faltam respostas para compreender a vida.

Ao atravessar esse ponto, você chega a um terceiro estágio, onde passa a ter acesso a todas as suas contas abertas, todos seus “registros kármicos”. Segundo Sri Prem Baba, em sua coluna para o portal Viva Bem:

Esse estágio é muito parecido com o da meditação analítica, com a diferença de que acontece espontaneamente e abre portas para que você resolva essas pendências. Se você continuar se aprofundando, chegará ao quarto estágio onde pode ter acesso a memórias intrauterinas ou de vidas passadas, acessando raios profundos de compreensão. Por fim, no quinto estágio, você acessará um vazio profundo preenchido pela completude, em que será capaz de acessar a sabedoria universal, encontrando respostas para perguntas que jamais se imaginou fazendo. Nessas transições, você pode se deparar com imagens e símbolos que não compreende e eu sugiro que não gaste sua energia tentando compreendê-los. Podem ser anjos ou demônios, deixe-os passar. Se um dia for necessário entendê-los, isso acontecerá naturalmente, sem esforço algum. Se ocorrerem alguns trancos em seu corpo, não se preocupe, é apenas a energia em movimento dentro de você. Concentre sua energia apenas em fazer do silêncio uma prática constante em sua vida. Todo o resto acontece por si só. Aos poucos, você vai se afinando com os códigos do silêncio e experimentando os mistérios da meditação.

E aí, que tal testar uma das duas?

Maria Confort
Maria Confort

Jornalista, cinéfila, fanática por literatura e, por isso, apaixonada pela ideia de entender pessoas.

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