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Quando falamos de tênis, existem ondas de estilos que deixam um grande legado. Foi assim com os tênis de corrida dos anos 70, os de basquete dos 80 e 90, os de skate dos 90 e 2000. E é assim também com os tênis do funk.
Os modelos vistos nos pés dos funkeiros são uma mistura entre o que de melhor as décadas passadas apresentaram e o auge da tecnologia atual. A tendência, aqui é unir cores e formatos ousados.
Vejamos então quais os modelos de tênis mais encontrados nos palcos e nos bailes funk espalhados pelo Brasil. Veja também onde comprar os que ainda existem (alguns em versões atualizadas).
Se alguns tênis esportivos transcendem o esporte para ganhar as ruas, o Nike Air Max Plus, lançado em 1998, é um deles. Um modelo com a cara de sua época, ele já foi feito em centenas de colorways e nunca parou de ser vendido. Sua versão mais famosa é uma reformulação não oficial conhecida pelas letras Tn, que significam Tuned Air (tipo um Nike Tunado, estilo carros). Foi quando o tênis ganhou o esquema de amortecimento e cores na sola que tem hoje e que continua dominando.
Uma das marcas favoritas do mundo funk, senão a maior, a Oakley faz sucesso com óculos, roupas e, claro, tênis. Como a maioria dos seus modelos, o Hardshell também foi inspirado em botas militares. Daí vem o visual agressivo da sua sola, assim como a durabilidade característica. Como o nome diz (hard shell, em tradução livre, é casca dura), ele resiste a quase tudo.
O tênis de corrida lançado no fim dos anos 90 surgiu com uma história de que ele havia sido inspirado nos trens-bala japoneses (a febre da época eram os trens-bala). Era mais ou menos verdade, mas o que conquistou os fãs mesmo foi a bolsa de ar que percorre a sola inteira de maneira visível. Desde então, a tendência do amortecimento totalmente exposto só cresceu.
Um modelo feito para chamar a atenção, o Adidas Springblade ficou famoso pelas colorways nada discretas. Mas além do visual ousado, outra característica marcante do modelo é a sola. Quer dizer, a falta dela. São 16 lâminas que servem como sola, não só para amortecer o impacto, mas também para responder à pisada e impulsionar o pé do corredor para frente. Perfeito para o passinho.
Clássico de qualquer quebrada, o Oakley Flak Low é um tênis que só permite duas opiniões: ou você acha muito bonito, ou muito feio. Criado com inspiração militar, ele tem uma série de tecnologias usadas em combate, incluindo resistência térmica e grande durabilidade. Basicamente um Nokia dos tênis.
Pensado para completar os 30 anos do Air Max 1, em 2017, o Nike Vapormax reimaginou o esquema de amortecimento e bolhas de ar. Misturando performance e estilo, ele tem uma sola feita com de mais de 39 mil compomentes. É sem dúvidas um dos tênis mais únicos já feitos pela gigante do esporte.
Uma das melhores marcas de tênis de corrida virou objeto de desejo e símbolo de poder no funk. Maior exemplo disso é o Mizuno Wave Prophecy, popularmente conhecido como Mizuno de 1000. O preço salgado era justificado pela tecnologia inovadora Prophecy, desenvolvida especialmente para corridas tanto em pistas como na rua. Mas, convenhamos, quem usa um desse para correr, né?
Uma família inteira de tênis Nike que já circulou muito no funk é a do Shox. Originalmente pensados para o basquete, os modelos fizeram muito sucesso nas ruas nos anos 2000 por causa do seu sistema de amortecimento externo e ostensivo. Mas o negócio estourou mesmo quando surgiu o Nike Shox TL, o famoso 12 molas. O modelo super popular no Brasil já morreu e renasceu na mesa de desenhos da Nike, mas nunca saiu do gosto do brasileiro.
Um Vans de quem não tinha acesso ao Vans, o Redley fez sucesso principalmente no Rio de Janeiro entre a galera do funk carioca. No estilão sola reta do skate e do surfe, ele caiu no gosto do público local, acostumado com um visual mais praieiro e casual do que o esportivo.