Morrer de tesão é realmente possível! Descubra o motivo.

Sabe aquela história de "morrer de tesão"? Bom, ela é mais literal do que você pensa. Descubra o motivo!

Sim! Morrer de tesão é realmente possível. Apesar de raro, esse fenômeno realmente pode acontecer, então, fica de olho: sentir um tesão descontrolado pode realmente tirar a sua vida.

Porém, o motivo não é tão empolgante assim: a culpa da morte, nesse caso, se dá ao seu próprio corpo por causa das alterações fisiológicas durante o ato sexual (ou antes dele).

Segundo uma nota divulgada pela revista Superinteressante, o perigo de morrer de tesão rola porque, como há um aumento da pressão arterial e das frequências cardíaca e respiratória, existe o risco de agravamento de doenças cardíacas.

Mas fique calmo: as chances de morrer de tesão são de apenas 2% – menores do que partir dessa para melhor durante uma caminhada, por exemplo – e isso vale para homens e mulheres! Porém, vale lembrar que os homens têm mais riscos que as mulheres. Para cada dez homens que morrem transando, apenas uma mulher vem ao óbito.

Outras formas de morrer de tesão

Morrer de tesão é realmente possível! Descubra o motivo.

“Essas fatalidades, geralmente, são causadas por algum problema de saúde prévio, não pelo sexo em si”, comenta Claudio Gil Araújo, médico do esporte e professor do Instituto do Coração da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

O médico é coautor de uma revisão publicada em 2016 no periódico científico Canadian Journal of Cardiology (Revista Canadense de Cardiologia, em tradução livre), que levantou os riscos cardiovasculares do ato sexual.

Os dados encontrados em quase 130 artigos foram baixíssimos. A morte cardíaca súbita, um evento que já naturalmente raro, ocorreu em 2% de todas as mortes relacionadas à atividade física – das caminhadas leves às práticas extremas.

“O sexo é considerado um exercício de baixa intensidade, ou seja, com menor risco ainda”, comenta Araújo. “Um adulto saudável pode até morrer durante o sexo, mas é mais fácil ele ganhar na Loto sozinho.”, diz Araújo em entrevista para o Uol.

Em boa parte das mortes, as fatalidades estão ainda relacionadas ao abuso de substâncias químicas, como drogas, estimulantes e álcool.

Segundo o cardiologista Maurício Barbosa, elas podem sobrecarregar o coração e prejudicar seu funcionamento. Existem ainda os casos de doenças cardíacas não diagnosticados.

Quem corre os riscos de morrer de tesão

Homem expressando satisfação

“Cardiopatas ou doentes pulmonares têm mais riscos e precisam ser mais orientados”, explica Barbosa.

Os problemas cardíacos mais perigosos quando o assunto é morrer de tesão são a doença coronária grave, a insuficiência cardíaca e os pacientes com ponte de safena.

Depois de um infarto, é preciso ainda esperar cerca de dois meses para a recuperação completa e, assim, voltar gradativamente à vida sexual.

Para ajudar pessoas com doenças do coração a prevenir esse problema ou outras intercorrências médicas durante o sexo, a pesquisa de Cláudio Araújo criou o método KiTOMI – acrônimo para os termos em inglês beijo, toque, sexo oral, masturbação e transa, respectivamente.

Por esse esquema, os pacientes são divididos em três grupos de risco: baixo, intermediário e alto risco.

Conforme a gravidade, vão sendo indicadas as atividades sensuais que os cardiopatas podem realizar.

Funciona assim: pacientes de baixo risco podem fazer tudo (KiTOMI); os intermediários precisam evitar o ato em si (KiTOM); e os de alto risco estão liberados apenas para as interações leves: beijos e toque (KiT). Interessante, não é?

Maria Confort
Maria Confort

Jornalista, cinéfila, fanática por literatura e, por isso, apaixonada pela ideia de entender pessoas.

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