Relacionamentos reais em um mundo virtual

Paulo usa o Tinder para pegar umas garotas. “É mais fácil e você só vai ‘na’ que estiver realmente a fim de você!”. Júlia prefere encarar os caras com melhores notas no app Lulu. “Quanto maior a indicação, mais chances de ser um cara bom para namorar”. Isa e Saulo se conheceram pelo Badoo, adicionaram-se […]

Esses amores virtuais são duradouros ou têm curto prazo de validade?

Paulo usa o Tinder para pegar umas garotas. “É mais fácil e você só vai ‘na’ que estiver realmente a fim de você!”. Júlia prefere encarar os caras com melhores notas no app Lulu. “Quanto maior a indicação, mais chances de ser um cara bom para namorar”.

Isa e Saulo se conheceram pelo Badoo, adicionaram-se no Facebook e iniciaram um relacionamento pelo Whats app. “Ela fica puta da vida se me vê online e eu não respondo a mensagem”, revela Saulo.

Camila não consegue passar um dia sem publicar algo ‘bonitinho’ do seu noivado com Daniel. Flores, jantares românticos, selfies pós-sexo… tudo em busca de curtidas, comentários alheios e aparência. “É meio deprê você não poder mostrar para ninguém que está feliz”, desabafa.

Em comum, essas pessoas fazem parte da geração mídias sociais. Cada vez mais tentam viver relacionamentos reais em um mundo virtual. Para você ter ideia da força desse movimento, saiba que um terço dos casamentos nos EUA começa online.

Sabe aquelas cantadas clássicas de mesa de bar, aqueles xavecos cara a cara no meio da balada, ou mesmo o flerte maroto de academia? Eles estão em vias de extinção. Pelo menos do jeito em que conhecíamos.

Hoje em dia, para você ‘chegar em’ alguém, primeiro precisa saber se ela te curte no Tinder, bater um papo com ela no facebook, curte algumas fotos no Instagram e criar coragem para chamá-la para sair pelo whats app. Boa parte dos relacionamentos precisa da muleta das redes sociais ou do meio digital para existir.

Relacionamentos reais em um mundo virtual

Criamos uma geração de homens frouxos.

A tensão de um encontro desconhecido, ou mesmo o risco de chegar alguém em uma balada que você achou interessante são alto demais para você pagar. Esqueça a linguagem corporal, a hesitação, o sorriso tímido e aquela piada sem graça que você acaba recorrendo para quebrar o gelo e conquistar a atenção da moça. O flerte online é a bola da vez, mais seguro, indolor e você não precisa dar a cara a bater.

Você não precisa ensaiar aproximações diversas, pedir conselhos, ou mesmo sair com seus amigos mais pegadores em busca de uma rebarba. As preferências dela você descobre no perfil, basta aparecer com uma foto legal e ser popular nas redes sociais. Essa é a fórmula do sucesso.

Existe um porém, no entanto. Assim como as redes sociais ajudam você a se relacionar, podem também destruir. Basta saber que só o Facebook é responsável por um terço dos divórcios.

Adicionar alguém que não seja do círculo da parceira ou uma simples curtida na pessoa errada pode ocasionar o fim do “Relacionamento sério com tal pessoa”. Aí você já sabe, mudou o status, a casa caiu (ou a festa começou)!


O vídeo mostra como funciona as interações que temos nas redes sociais hoje em dia

 

Não existe mal nenhum em ter um apoio das redes sociais em um relacionamento, são ferramentas que podem ajudar em muito os mais tímidos. O problema é quando você não consegue sobreviver sem elas.

Tinder, Snapchat, Instagram, Bang with Friends, 3nder, Par Perfeito, Badoo, etc… em uma época onde dezenas de aplicativos e redes de relacionamentos invadem nossos smartphones, todos com a promessa de facilitar encontros e envolvimentos com novas pessoas. Mas será que estes são duradouros ou não passam de amores virtuais com curto prazo de validade?

Os envolvimentos digitais ajudam a socialização das pessoas e a driblar a timidez ou só contribuem para deixá-las mais introvertidas e individualistas?

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Lembro-me bem de uma amiga que, cansada desses novos relacionamentos, começou a apostar naqueles que ‘ousavam’ usar o telefone ou celular para falar com ela. “Em tempos de whats app, ligação é prova de amor”, era seu lema.

Que tal fazer uma dieta desintoxicante do vício digital. Vá para o bar, tente conversar com a garota da mesa ao lado, não tenha medo de levar um não (é até divertido no começo). Exercite aquela cantada marota já com teias de tão guardada.

E, quando estiver se relacionando com alguém, esforce-se para falar com ela pelo menos uma vez ao dia pelo telefone. Siga esta dica afrodisíaca para as mulheres: ligue mais e mande menos mensagem no whats app.

Com tantas fórmulas prontas e atalhos para a conquista, a espontaneidade, surpresa e cara de pau são as melhores fórmulas para o sucesso.

Leonardo Filomeno
Leonardo Filomeno

Jornalista, Sommelier de Cervejas, fã de esportes e um camarada que vive dando pitacos na vida alheia

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