Atualmente, entre serviços de streaming, filmes e programas de TV, nós temos dezenas de shows que são fáceis de assistir – e por isso é fácil se sentir envolvido na vida dos personagens do seu programa favorito.
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Mas um estudo da Universidade do Estado de Ohio mostra que o sentimento de conexão com personagens fictícios e o vício em séries pode imitar problemas em relacionamentos da vida real.
Mais de 1.000 pessoas participaram do estudo online, que examinou seus problemas de vinculação e como eles interagiam com filmes e programas de TV.
Os resultados mostraram que, para pessoas com problemas de relacionamento em suas vidas, como questões de apego, as histórias forneciam um “espaço seguro” para elas.
Essas pessoas têm maior probabilidade de se envolver na vida fictícia dos personagens na tela e pensar sobre o que fariam se estivessem na mesma situação que as pessoas de determinada série ou filme.
O estudo também mostrou que aqueles com o problema oposto na relação da vida real – aqueles que são menos apegados e distantes – são menos propensos a se envolver em um relacionamento fictício, ou seja, são menos viciados em séries e se envolvem menos com dramas da ficção.
Como o estudo funcionou
Os pesquisadores examinaram duas dimensões do apego nos relacionamentos românticos: evitação e ansiedade. O primeiro grupo foi formado pelas pessoas que tendem a não querer se aproximar emocionalmente de outras pessoas.
Já os com alto nível de ansiedade se comportam de uma maneira “carente”, precisando de uma garantia frequente de que seu parceiro se preocupa com eles. Depois os participantes responderam questionários sobre como eles interagem com os filmes e seriados que assistem.
Os resultados mostraram que as pessoas que evitavam se apegar e apresentavam pouca ansiedade se envolviam menos com as história que assistiam e não sentiam uma conexão tão forte com os personagens. No caso, essas pessoas mostraram os mesmos comportamentos de evasão que têm na vida real com a ficção.
Os ansiosos, por outro lado, foram os que mais se apegaram com as histórias, apesar de tentarem evitar. “Estes são os auto-sabotadores clássicos. Eles realmente querem intimidade de apoio, mas tendem a estragar tudo porque eles também têm esses comportamentos de evitação”, afirma o autor do estudo, Nathan Silver. E são esses que tendem a se envolver mais nas histórias. “O que os contos oferecem a essas pessoas é um lugar seguro para lidar com essa ambivalência. É por isso que acredito que elas estão se envolvendo mais no mundo das histórias”.
O que o estudo não mostrou foi se viver vicariamente através de relacionamentos fictícios poderia ajudar nas relações da vida real.
Pesquisadores disseram que o mais provável é que você acabe demorando mais tempo para se envolver nas relações da vida real se você estiver sempre colado à tela da TV.
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