O bom e velho truque de “vamos lá em casa ver um filme”

Que atire a primeira pedra a pessoa que nunca combinou "de ir ver um filme lá em casa" e nem sequer chegou perto de apertar o botão de play.

O bom e velho truque de

O ser humano adora um eufemismo. Na hora de terminar um namoro, lançamos o “não é você, sou eu”. Quando vamos sair de uma empresa porque estamos de saco cheio, usamos o “resolvi buscar novos desafios”.

É compreensível. Certas verdades são difíceis de serem ditas na cara.  Nos falta jeito ou tato sobre como dizê-las. Um dos eufemismo clássicos que eu mais gosto é o bom e velho “vamos ver um filme lá em casa”.

A frase nada mais é do que um acordo entre cavalheiros entre as duas partes envolvidas. Que atire a primeira pedra a pessoa que nunca combinou “de ir ver um filme lá em casa” e nem sequer chegou perto de apertar o botão de play.

Se a vida tivesse legenda, a frase viria com a seguinte tradução:

“Ei gata, que tal você ir lá em casa para ficarmos juntos no sofá – aliás, no quanto ia ser melhor – para dar uns amassos e, se os deuses do amor estiverem ao meu favor, transarmos?”

Imagino o choque que deve ser para os desligados que realmente vão para casa do outro no intuito de realmente assistirem ao filme: “Uai, mas com você vai conseguir prestar atenção no que está acontecendo com a boca ai?”

Também imagino se pais e mães ainda se deixam cair no truque ou se é algo mais ou menos assim: “Vai lá filha. Bom filme. Usem camisinha.”

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Mas acredito que esse eufemismo é parte da graça da vida. Ele gera aquele nervosismo e frio na barriga de que temos antes de algo acontecer.

É da hora quando uma moça lança um “Vamos lá em casa transar”? É ótimo. Mas existe um certo prazer na curiosidade se ela realmente está afim de rever “Crepúsculo” ou se é uma pretexto para vocês darem uma.

Na dúvida, leve camisinha. E seja feliz.

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Edson Castro
Edson Castro

Jornalista, ilustrador, apaixonado pela vida e por viver aventuras. Coleciona HQs, tênis e boas histórias para contar.

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