O Ponto G não existe?

Deparo com a notícia de uma pesquisa realizada por cientistas ingleses afirmando a inexistência do ponto G. Formais como sempre, os britânicos tiveram que recorrer a 1800 mulheres para chegar à conclusão de que a tal zona erógena era apenas um mito para ajudar a vender revistas femininas. Ponto G não existe: Cabral, descobriram a […]

Deparo com a notícia de uma pesquisa realizada por cientistas ingleses afirmando a inexistência do ponto G. Formais como sempre, os britânicos tiveram que recorrer a 1800 mulheres para chegar à conclusão de que a tal zona erógena era apenas um mito para ajudar a vender revistas femininas.

Crédito: Reprodução
Ponto G não existe: Cabral, descobriram a América!

Ironias à parte, é duro crer, mas esta informação acima ainda deixa muitos homens assustados. Não é para menos, o mito do ponto G está para muitos como o Papai Noel e o coelhinho da Páscoa para os pequenos. Embora você desconfie que eles não existam, é sempre duro encarar a verdade dita na lata.

Mas, se você não acha que sexo é só uma coisa suja que os depravados fazem e os filmes pornôs reproduzirem, pode parar um pouco para raciocinar e perceber que essa coordenada nunca poderia ter existido.

Uma porque o tal Ponto G já nasceu errado. Seu nome foi criado para homenagear o ginecologista alemão – com nome estranho e sobrenome que começa com G -, que ‘descobriu’ nos anos 60 a tal localidade. Não consigo por hora afirmar se o fez por meios empíricos ou teve que colocar a mão na massa para achar a resposta – considero não tão segura a primeira alternativa, e a segunda, se foi encontrada durante o expediente de trabalho, não foi das mais éticas.

Agora imagine a dita zona mais erógena do corpo feminino, aquela que guarda o prazeres mais intensos da mulher, reduzida a inicial de um sobrenome masculino. Não é muita pretensão nossa?

Crédito: Reprodução

Cinquenta anos depois de ‘descobrirem’ o paraíso da mulher, muitos outros pontos femininos foram achados (A e U são dois deles), o Viagra ajudou na paumolecência de muitos pobre-coitados e, mesmo assim, isso tudo não foi suficiente para aplacar o descontentamento de nossas fêmeas quando o assunto é sexo (isso justifica a profissão de Ricardão estar tão em alta no mercado).

Não é preciso ter doutorado em Kama Sutra pra perceber que esse mapa da mina é muito mais complexo do que indicam por aí.

Assumo que fiquei curioso e fui parar até no Wikipédia para ver como a web definia o GPS para a área. Afirmo de antemão que, com os passos seguidos por lá, qualquer ser desprovido de cérebro conseguiria alcançar o nirvana feminino em poucos minutos. Igualzinho a realidade, não?

O fato é que o corpo da mulher é tão complexo quanto seu computador central. Os anseios e vontades femininos acompanham, limitam e influenciam seus desejos. Aquilo que pode não ser bom para uma, cabe perfeitamente em outra (agradecemos as mulheres pelo seu gosto variado).

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E é essa a parte mais fascinante e apaixonante desse ser. Ter a possibilidade de conhecê-la em sua complexidade e desvendar seus segredos. Cada mulher conserva seu mapa da mina, suas rotas e atalhos, cabe ao homem a paciência e a dedicação para investir em cada aventura inédita.

É óbvio que elas precisam conhecer o próprio corpo, suas vontades e desejos para poder cobrar do parceiro suas necessidades. De resto, se formos um pouco mais prestativos, bons ouvintes e sem pudores, poderemos oferecer prazeres que chocolate e tardes de compras jamais dariam. Afinal, já ouvi dizerem por ai que o importante é o carinho, o  pinto vem junto. Você discorda?

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Leonardo Filomeno
Leonardo Filomeno

Jornalista, Sommelier de Cervejas, fã de esportes e um camarada que vive dando pitacos na vida alheia

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