Está no nosso nome e em nosso DNA. Desde que nasceu, o MHM é um site voltado para o público masculino. Entre várias matérias para facilitar o cotidiano masculino que publicamos, gostamos sempre de lembrar de caras fodas com histórias inspiradoras para motivar sua vida e carreira.
Mas hoje, gostaria de quebrar o protocolo um pouco. Vamos falar de mulheres.
Não de mulheres conhecidas por serem gatas ou dicas de como conquistar uma moça, como fazemos às vezes. Vamos falar de mulheres fodas cujos nomes ficaram marcados na história por seus atos e conquistas.
Mas o por que disso? Bem…
Apesar de hoje em dia termos uma sociedade um pouco mais igualitária, ainda temos certos preconceitos que continuam sendo repercutidos.
Ainda existem muitos caras que acreditam que o lugar mulher é na cozinha, que elas devem ganhar menos, que roupa define personalidade e esse tipo de coisa.
Inspirado pela campanha #umbrindeavidareal da Smirnoff, que defende que a vida é melhor quando as pessoas se livram de convenções, resolvi fugir do lugar comum.
Preparei uma lista com 7 mulheres fodas para você se inspirar e para te lembrar a sempre respeitar aquelas que estão ao seu lado. Confira:
Rosa Parks
“Cada pessoa deve viver sua vida como um modelo para as outras.”
Toda revolução começa com apenas uma fagulha. No dia 1 de dezembro de 1955, uma mulher negra sentada em um fundo de ônibus recusou-se a ceder seu lugar a um branco em um ônibus nos Estados Unidos.
Três dias depois dela ser presa e liberada, um grande boicote aos ônibus segregados da sua cidade começou. Milhares de negros começaram a se recusar a tomar ônibus e começaram simplesmente a andar a pé até o trabalho.
A liderança desse movimento, acabou sendo assumida por grandes ativistas dos direitos dos negros como os reverendos Ralph Abernathy e Martin Luther King. Depois de 381 dias, a Suprema Corte americana julgou inconstitucional a segregação racial em transportes públicos.
Uma mulher negra sentada no fundo de um ônibus que tinha tudo a perder, um dia cansou de sofrer injustiças e simplesmente lutou pelo que é certo. Ficando sentada no lugar queria. Foi o começo do fim da segregação racial nos Estados Unidos.
Marie Curie
Nada na vida deve ser temido, apenas entendido.
A única pessoa até hoje a ganhar um prêmio Nobel em química e outro em física, também foi a primeira mulher do mundo a conseguir tal feito na importante premiação mundial.
Em uma época onde apenas os homens iam a universidade, a cientista de família humilde batalhou muito para conseguir bancar seus estudos e criou uma verdadeira revolução no meio científico.
Marie Curie foi a pessoa que cunhou o termo radioatividade, popularizou os estudos na área, descobriu os elementos rádio e polônio e foi a responsável pela base da criação das máquinas de raio-x, tão usadas na medicina moderna.
Madre Teresa
“O senhor não daria banho a um leproso nem por um milhão de dólares? Eu também não. Só por amor se pode dar banho a um leproso.”
Se tem uma velhinha que tinha raça nesse mundo, essa coroa foi Madre Teresa. A missionária fez votos de pobreza e dedicou sua vida à defesa dos desfavorecidos.
Sua luta por ajudar aos mais necessitados lhe rendeu condecoração ao redor do mundo. A mais importante delas foi o Nobel da Paz, no dia 17 de outubro de 1979.
Mesmo após sua morte em 1997, milhares de fundações criadas pela madre funcionam ao redor do mundo até hoje.
Kate Sheppard
“Onde está a razão quando uma mãe é considerada indigna de votar enquanto os mentirosos, devassos e blasfemadores tem esse direito?”
Hoje, quando falamos de direitos das mulheres certas coisas parecem meio óbvias, como o direito a votar e usar a roupa que elas bem entenderem. Mas nem sempre foi assim.
Em 1893, Kate Sheppard conseguiu reunir a assinatura de 32 mil mulheres para que o parlamente local aprovasse o direito ao voto a elas. O documento tinha 270 metros de comprimento, garantiu que as mulheres da Nova Zelândia pudessem votar e inspirou movimentos parecidos ao redor do mundo.
Mesmo com esta vitória, ela continuou lutando nos anos seguintes por outros direitos como a liberdade para mulher pedir divórcio e ter a guarda dos filhos, o fim da obrigatoriedade do uso do espartilho, além de conseguir o direito para que mulheres praticassem atividades físicas.
Coco Chanel
“O dinheiro nunca significou muito para mim, mas a independência conseguida com ele, muito.”
A francesa Gabrielle Bonheur Chanel é a única estilista presente na lista das 100 pessoas mais importantes da história do século XX da revista Time. E não é a toa.
Filha de um vendedor de rua, foi deixada em um orfanato, mas deu a volta por cima e criou uma das marcas mais importantes e luxuosas do mundo.
Entre duas das mais importantes tendências criadas pela estilista está a disseminação do uso das calças por mulheres – algo que chocou a sociedade da época – e o uso dos vestidos pretos básicos, que na época era exclusivos dos funerais e hoje são praticamente peça obrigatória do guarda-roupas de toda mulher.
Malala Yousafzai
“A melhor maneira de superar os problemas e lutar contra a guerra é através do diálogo.”
Até onde você está disposto a ir por aquilo que você defende? Em 2012, uma menina de quinze anos foi baleada na cabeça por talibãs ao defender seus ideias: O direito à educação de meninas e adolescentes no Paquistão.
Após o atentando, a jovem se recusou a aceitar as regras da sociedade local que espera que as mulheres fiquem em casa para cozinhar e criar os filhos. Hoje, a menina é uma das maiores ativistas em prol da educação para crianças ao redor do mundo.
Mesmo sofrendo ameaças constantes, ela assegura que gostaria voltar algum dia ao Paquistão para entrar na política. Malala ganhou o Nobel da Paz de 2014 e se tornou a pessoa mais jovem a ser agraciada com o prêmio.
Maria da Penha
“Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher, qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial;”
Apesar de ser bem conhecida, poucas pessoas sabem ao certo do que se trata a Lei nº 11.340/2006. Muitas mulheres que sofrem agressão em seus lares se tornam reféns de seus maridos, que as ameaçam expulsar de casa, tomar os filhos, entre outras agressões psicológicas comuns em casos assim.
A Lei Maria da Penha prevê medidas de proteção à vítimas de violência doméstica, além de garantir assistência social para as mesmas e criar regras mais duras para punir o agressores, permitindo que as mulheres possam se separar sem medo.
Porém, ela é o resultado de muitos anos de luta para que o Estado brasileiro passasse a enxergar a violência doméstica e familiar contra a mulher como uma das formas de violação aos direitos humanos.
Maria da Penha, que inspirou o nome da lei tem uma história sofrida e que – infelizmente – é repetida até hoje. A farmacêutica bioquímica era vítima de constantes agressões de seu marido, um economista.
Porém, na noite de 1983 a violência chegou ao ápice quando ele deu um tiro de espingarda que a deixou paraplégica. Depois de quatro meses em tratamento no hospital, ela voltou para casa, já que, segundo a lei da época, se ela deixasse o marido significaria abandono do lar e ela perderia a guardas de suas filhas.
Não demorou até o marido tentar mais uma agressão. Dessa vez, ele tentou eletrocutá-la durante o banho. Sob a proteção de uma ordem judicial, Maria da Penha conseguiu sair de casa e começou uma luta de anos para que o marido fosse condenado.
Foram quase 19 anos até que finalmente o homem fosse julgado e cumprisse pena na cadeia. Durante esse período, a mulher escreveu um livro sobre sua história, participou de palestras sobre violência doméstica ao redor do mundo e chamou a atenção de diversas entidades de defesa aos Direitos Humanos.
O caso de Maria da Penha foi incluído pela ONU Mulheres entre os dez que foram capazes de mudar a vida das mulheres no mundo.
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