Estamos acompanhando nos últimos meses a investida do Estado Islâmico (IS, ISIS ou ISIL) nos territórios da Síria e do Iraque. E no meio de toda essa disputa, os Jihadistas ISIS estão espalhando por onde passam o extermínio de várias minorias, dentre elas os Curdos.
Hoje, o único exército em terra que combate diariamente o ISIS é o exército Curdo. Cerca de 35% do seu efetivo é formado por mulheres. O YPJ, também conhecida como Unidade de Proteção da Mulher, está atualmente envolvido na luta em defesa da cidade de Kobane na fronteira da Síria com a Turquia.
Quem são elas e o que fazem?
Criada em 2012, a milícia é formada só por mulheres, nasceu a partir do movimento de resistência curda na luta para defender o povo curdo de ataques do governo Sírio, Al Qaeda e agora do ISIS.
A organização conta atualmente com mais de 8 mil mulheres combatentes, todas voluntárias e com idades entre 18 e 40 anos. As menores de 18 anos não podem lutar na linha de frente, mas podem se juntar ao movimento e passar pelo treinamento militar. Elas não recebem salário e dependem de fundos e doações vindas da comunidade internacional, além de serem alimentadas pela própria população curda.
O YPJ lutam ao lado da milícia masculina, o YPG, na batalha contra os militantes do Estado Islâmico. “Eu vejo a revolução síria, não só como uma revolução popular do povo, mas também como uma revolução da mulher, portanto, eu me vejo como parte da revolução”, diz uma jovem de 21 anos. “A mulher tem sido suprimida por mais de 50 mil anos e agora temos a possibilidade de ter a nossa própria vontade, o nosso próprio poder e nossa própria personalidade. ” completa ainda.
Por que elas são fundamentais?
Além da proteção militar que elas oferecem, o grupo enfrenta a cultura machista enraizada na região, o que está redefinindo o papel das mulheres no oriente médio. “Eu não quero me casar ou ter filhos ou estar em casa o dia todo” disse uma das líderes do YPJ. “Eu quero ser livre.”
A eficácia das mulheres no combate ao ISIS é ampliada simplesmente pelo fato de serem mulheres, pois para os Jihadistas do Estado Islâmico, ser morto por uma mulher significa que eles não irão para o paraíso.
A cidade de Kobane tem cerca de 20 milhões de curdos, em sua maioria mulheres e crianças, e atualmente se encontra sitiada pelo ISIS. Se por acaso eles conseguirem adentrar à cidade, haverá com certeza um massacre, pois os jihadistas tem sua marca registrada, que é estuprar, executar e exibir a cabeça cortada de seus inimigos.
Devemos prestar muita atenção nesse conflito no Oriente Médio, pois o Estado Islâmico só tem um objetivo, destruir a civilização. Por fim, só ressalto que é muito importante não confundirmos o ISIS com os muçulmanos, pois o islã em sua totalidade prega a paz e não-violência.
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