É mais fácil chegar em uma mulher na balada gay?

O Manual do Homem Moderno responde se você tem mais chances de se dar bem em uma balada LGBT do que em uma balada hétero

O MHM te ajuda a decifrar este grande enigma

Não existe ambiente mais inóspito para os homens “machos para caralho” (por favor, perceba a ironia) do que uma balada gay.  Para um “macho alfa” é assustadora a perspectiva de passar a noite em um lugar onde homens se pegam e a trilha sonora convoca os ouvintes para botarem seus quadris para trabalhar e dançar como se não houvesse amanhã.

Porém, tudo que é desconhecido gera curiosidade e também algumas grandes lendas urbanas. Como o grande mito difundido que é mais fácil chegar em uma mulher na balada gay do que em uma balada hétero. Mas será que isso é verdade?

Marusya Night Club for Women

De cara respondo, sim. É muito mais fácil desenrolar um papo com uma mulher em um ambiente LGBT. Porém, se você for com a mesma atitude com a qual você vai para uma balada hétero, não. Você não vai se dar bem.

Os desafios são muitos.  Primeiro, você deve estar confortável para ver dois homens juntos. Sem olhar feio, sem bancar o valentão, sem machismo e sem homofobia. Respeite o ambiente. Aliás, você deveria fazer isso sempre, mas isso não vem ao caso agora.  Segundo lugar, se uma mulher hétero vai para a balada gay, ela com certeza não está lá com a finalidade de encontrar um parceiro.

“Na minha solteirice, ia muito em balada gay e o foco era: ouvir música boa sem ninguém pra te encher o saco. O bom da balada ser gay era justamente isso; dançar e curtir sem nenhum cara te pegando e querendo dar chave de braço à cada 5 minutos. Então, o approach dos caras era mais elaborado. Não acho que era mais fácil pegar, era mais interessante – vamos assim dizer”, explica nossa leitora Carolina.

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As moças gostam de balada gay porque são ambientes mais animados onde elas podem ficar a vontade. Longe dos caras sem noção. Você não pode chegar em um lugar desses como um bicho atrás de uma presa. Vá com calma, troque ideia, dê risadas, dance… Evite chegar pegando, puxando ou alisando. Porque, além de poder espantar uma moça, você pode acabar chegando em uma que gosta da mesma fruta que você.

Aliás, não é uma má ideia ir para uma balada dessas com um amigo gay ou tentar fazer alguma amizade por lá. Sim, se você explicar que você não gosta de homens, um cara não vai tentar de agarrar ou te hostilizar.

Um amigo gay não só vai te ajudar a entender o que acontece na balada, como pode servir de ponte para você com alguma garota hétero. Se você for um cara legal e divertido, não será difícil que alguém queira apresentar a amiga de um amigo para você por lá. Ai chegou sua hora de brilhar.

Pensemos que você conseguiu encontrar e puxar de canto uma mulher hétero na balada gay. Lembre, você está em um ambiente amistoso para elas, logo, seja mais amistoso também. Muitas baladas gays tem áreas de fumantes espaçosas ou espaços externos onde dá para conversar tranquilamente. Ela com certeza te dará mais tempo e espaço, do que daria em uma balada tradicional, onde os caras ficam chegando o tempo todo nela. Vá com calma e seja feliz.

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Voltando a questão do começo: É mais fácil chegar em uma mulher na balada gay? Se você conseguir encontrar uma hétero na balada, ou conseguir um amigo que te faça uma ponte, você terá mais chances de ficar com alguém do que em uma balada tradicional. Depende mais da sua personalidade e xaveco, do que qualquer coisa. Mas se você está indo para uma balada gay apenas pela pegação, está indo pelos motivos errados.

Vá para acompanhar um grupo de amigos gays, vá para curtir um som bom, vá para pagar preços mais baratos (sim, boa parte das baladas GLBT tem o mesmo preço para homens e mulheres)…

Termino com uma analogia do amigo Paulo Mamedes, do Dândi Moderno: “Tentar pegar mulher em uma balada gay é o mesmo que esperar comer um bom sushi numa churrascaria rodízio! Você pode até conseguir mas não faz sentido fazer isso. E não pode ficar nervoso se não pararem de te oferecer picanha….”

Edson Castro
Edson Castro

Jornalista, ilustrador, apaixonado pela vida e por viver aventuras. Coleciona HQs, tênis e boas histórias para contar.

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