Jogo Escape From Tarkov é simulação quase perfeita

Escape From Tarkov é um jogo que tinha um grande potencial de passar despercebido. Tinha.

Game revoluciona em muitos aspectos, mas ainda precisa ser finalizado

Crédito: Reprodução

Escape From Tarkov é um jogo que tinha um grande potencial de passar despercebido. Tinha.

Uma produtora lançando um jogo de tiro em primeira pessoa – que cá para nós já temos títulos até demais – em estado beta e que sua venda não está disponível em nenhuma grande loja virtual.

Você começa a perceber que tudo isso não importa se o trabalho é bem feito. O jogo te coloca na ação de uma zona de conflito russa para escapar da cidade de Tarkov (pelo nome do jogo já poderíamos deduzir isso) em um enredo de investigação de um grupo corrputo, o Terra group.

Os itens dentro do jogo impressionam. Você começa com um arsenal próprio, em uma interface que lembra os inventários do Diablo. A variedade de armas, gadgets e coisas customizáveis pode deixar você entretido por horas apenas deixando o estilo de incursão do personagem do jeito que você gosta. Quando você vai para uma missão, mais do que simplesmente pegar sua arma e ir pra treta, você precisa pegar pentes, balas, coletes, mochilas, óculos.

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A parte da ação é outro ponto forte. A simulação é realmente uma simulação de combate. Você não tem radar, não tem mira, não tem indicador de número de balas no seu pente. Você vai ficar fatigado se correr muito. A sensação de perigo é quase permanente, já que outros jogadores e bot´s dividem o mesmo mapa contigo. Qualquer barulho vai te dar um frio na espinha.

É recompensador quando você consegue escapar da aventura. Os itens que você acha pelo mapa ou pega de outros jogadores que abateu vão para o seu inventário pessoal, dando aquela gana de fazer um baú que armaria um pequeno exército miliciano.

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A parte negativa do jogo ficava por conta da conexão aos brasileiros. Até pouco tempo atrás não havia nenhum servidor na América do Sul, o que te fazia jogar com um ping de 150 a 200ms. Alguns outros bugs precisam ser corrigidos como movimentação fluida e o dano implicado por algumas armas, nada que não ajustem até o lançamento oficial do jogo.

Saí de Tarkov com a sensação de que este é o jogo que Dayz poderia ser quando saiu em beta e que fez sucesso mundial apenas com sua proposta de simulação, com menos coisas a serem finalizadas. Resta saber se vai valer a pena o produto final ou se o beta já é o máximo do seu potencial.

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Henrique Cavinatti
Henrique Cavinatti

Apaixonado por videogames ao ponto de pedir para sua mãe para se chamar Mario. Provavelmente o único comprador de um Virtual Boy. Além de jogar em diversas plataformas, é Relações Públicas e toca em um grupo de pagode, o Reduto do Samba.

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