Suicídio aumenta 30% em SP e os homens são as maiores vítimas

A morte por sufocação/enforcamento aparece em primeiro lugar e os números preocupam as autoridades.

Entre 2001 e 2014, a taxa de suicídio no Estado de São Paulo aumentou 30%, segundo o boletim SP Demográfico, da Fundação Seade, divulgado na última quinta-feira, dia 8 de setembro. Enquanto em 2001/2002, 4,3 suicídios por 100 mil habitantes foram registrados, entre 2013/2014, o índice passou para 5,6 por 100 mil habitantes.

Os dados foram registrados através das certidões de óbitos dos Cartórios de Registro Civil de todos os municípios do Estado de São Paulo entre 2013 e 2014.

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No dia 10 de setembro é comemorado o Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio e, por isso, o boletim divulgou os dados nesta semana: “A tendência de aumento, além do crescimento do suicídio, também ocorre pela melhoria na classificação das causas externas de morte”, diz o relatório.

Os homens são as maiores vítimas

Crédito: Reprodução

A maior parte das mortes no Estado de São Paulo é de homens: 80%. E, entre eles, 72,3% tinham entre 15 e 64 anos de idade.

E, de acordo com o boletim, na maioria dos casos de suicídio consultados “houve algum relato, por parte da testemunha, de que a vítima possuía quadro de depressão, esquizofrenia, estresse ou algum tipo de desilusão, sendo muitas vezes acompanhado de consumo de drogas (lícitas ou ilícitas) e álcool”.

A insegurança dos homens em buscar ajuda, aliás, é um dos fatores mais alarmantes nesse cenário. Afinal, a menor incidência de mortes entre as mulheres é justificada, principalmente, pela “menor dependência de álcool, maior religiosidade, percepção mais precoce de sinais de risco para depressão e doença mental, além de buscarem ajuda com maior frequência em momentos de crise e de participarem mais ativamente de redes de apoio social”.

Os homens, infelizmente, apresentam comportamentos extremamente prejudiciais: “como competitividade, impulsividade, maior acesso à armas, maior sensibilidade às instabilidades econômicas, como desemprego e empobrecimento, e etc”.

Precisamos falar sobre depressão

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A divulgação desses dados reforça a importância de discutir a depressão como uma doença, e não como motivo de vergonha. Muitos homens comentem suicídio porque não procuram ajuda e não admitem sua condição psicológica.

Não viva essa dor sozinho. Se você precisa de ajuda, entre em contato com o Centro de Valorização da Vida por meio do telefone 141.

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Maria Confort
Maria Confort

Jornalista, cinéfila, fanática por literatura e, por isso, apaixonada pela ideia de entender pessoas.

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