Quais são os melhores filmes da Marvel lançados até agora?

O Universo Cinematográfico Marvel – o nome oficial para o conjuntos de filmes da empresa produzidos sob sua batuta – é um sucesso absoluto de bilheteria e crítica. Quem é fã de filmes de super-heróis tem 23 (e contado) para ver sem erro. Quem não é fã, tem alguns bem bons para se divertir (os outros realmente só sendo fã mesmo).

• Curte quadrinhos? Veja a nossa seleção de 100 melhores histórias em quadrinhos de todos os tempos
• Veja também as lições de vida que você pode aprender com os Vingadores 
• Aproveite e olhe a ordem certa para assistir aos filmes da Marvel

Essa irregularidade na qualidade dos filmes mostra que a franquia nem sempre foi um sucesso. Se você gosta se saber quais são os bons e quais são os ruins, aqui vai uma lista útil. Abaixo, todos os filmes já lançados pelo UCM estão em ordem do pior para o melhor, de acordo com a pontuação dos filmes no site Rotten Tomatoes.

Thor: O Mundo Sombrio

Quando a franquia de Thor perdeu seu diretor Kenneth Branagh entre o primeiro e o segundo filme, também se despediu da teatralidade shakespeariana que transmitia uma pegada meio cafona para a produção. Dirigido por Alan Taylor, de Game of Thrones, o O Mundo Sombrio prioriza os efeitos VFX acima de tudo, e o resultado não é muito empolgante: Malekith, de Christopher Eccleston, é (de longe) o pior vilão da Marvel, uma pilha de próteses sem personalidade. Além disso, o filme é previsível e genérico. Uma pena.

O Incrível Hulk

Você se lembra quando Edward Norton era o Hulk e então, de repente, simplesmente não era mais? Pois é. A versão de Norton do Incrível Hulk é frequentemente esquecida pelos fãs da Marvel – e por boas razões. Enquanto a interpretação desajeitada de Mark Ruffalo do personagem tem um charme contagiante, o monstro deprimido de Norton é desprovido de qualquer carisma.

Homem de Ferro 2

Surpreendentemente, o público e a crítica consideram o segundo Homem de Ferro pior do que o terceiro. Para os críticos, em vez de agir como sequência direta do bem-sucedido Homem de Ferro, a Marvel Studios decidiu exagerar no filme com referências de construção de universo (Viúva Negra, Nick Fury e Agente Coulson da SHIELD aparecem) e vilões bidimensionais (interpretados por Sam Rockwell e Mickey Rourke). O resultado é um filme sem qualquer direção que serve como um cavalo de Troia para os Vingadores.

Vingadores: Era de Ultron

O terceiro pior filme do UCM para os fãs e para a crítica é o segundo filme dos Vingadores. Apenas no caso de termos esquecido que a corporação Disney é um titã que consome a metade de Hollywood, a sequência dos Vingadores de 2012 decidiu entrar em sincronia corporativa: quando o Iron Man cria acidentalmente um robô consciente (dublado por James Spader) que decide que a única salvação da terra é através da destruição da humanidade, ele anuncia seus planos sombrios com o acompanhamento de uma pequena citação do clássico “I’ve Got No Strings” de Pinóquio de 1940. É um momento que exemplifica como Ultron se sente como uma operação fria e calculada da Marvel Studios. Infelizmente, o filme, que deveria ser excelente por causa da premissa, parece ser apenas uma lista de obrigações para nos mover para o próximo capítulo do UCM.

Thor

Embora a apresentação introdutória de Kenneth Branagh ao Deus do Trovão da Marvel tenha funcionado perfeitamente bem com lançamento, ele sofreu com a melhora do UCM ao longo dos anos. Certamente, Loki de Tom Hiddleston é um personagem forte e bem trabalhado desde o início, e seu enredo contra seu pai adotivo (Anthony Hopkins) é deliciosamente elevado. Ainda assim, o personagem de Thor só conseguiu de fato desenvolver um senso forte de personalidade e deixar de ser um peixe fora d’água em Thor: Ragnarok.

Capitã Marvel

A Capitã Marvel de Brie Larson merecia um filme melhor. Embora este filme tenha conseguido reescrever 50 anos de história em quadrinhos para dar para a personagem o lugar que ela merecia, Capitã Marvel parece se focar demais em encontrar o seu lugar nos filmes do UCM para realmente brilhar como um filme independente – e tanto a crítica quanto os fãs perceberam isso.

Homem de Ferro 3

Este filme divide opinião nas listas por aí, mas, pelo menos no ranking de filmes da Marvel no Rotten Tomatoes, ele fica quase na metade. Existem boas razões para ambos os argumentos: tanto para quem diz que o filme é bom, quanto para quem diz que ele não é tão bom assim. A parte central deste filme – que é basicamente uma comédia sobre Tony Stark e uma criança – é tão solta e despreocupada quanto qualquer coisa que a Marvel tenha feito. Mas a história real é horrivelmente sem graça, com um terceiro ato que luta para unir tudo. Ainda assim, há certo charme.

Capitão América: O Primeiro Vingador

Com ou sem a barba, Steve Rogers, também conhecido como Capitão América, agora se tornou o principal centro dos Vingadores. Em seu primeiro filme, o diretor Joe Johnston manteve-se fiel à ambientação dos filmes de 1940 em um filme que abraça a celeridade dos quadrinhos. Ele faz isso muito bem quando Steve derruba nazistas e se envolve em um romance com a oficial Peggy Carter (Hayley Atwell), embora sua personagem felizmente nunca tenha sido colocada no papel de donzela em perigo.

Homem-Formiga

Apesar dos problemas de produção (Edgar Wright foi inicialmente concebido para dirigir o filme), o diretor Peyton Reed entregou este hilariante “filme de assalto” com desenvoltura, levando o mundo da Marvel um pouco menos a sério do que outros filmes do UCM. Porém, em uma cena, o Homem-Formiga recua para um nível microscópico e, em seguida, Neil deGrasse Tyson estraga a magia do filme explicando como isso não é realmente possível na ciência. Precisava disso?

Guardiões da Galáxia Vol. 2

O primeiro Guardiões da Galáxia foi uma arriscada aventura inspirada em Star Wars (porém, com muita loucura e uma pegada despretensiosa). O filme funcionou muito bem pela sua leveza – e também pelo simples motivo de ter surpreendido o púbico que sequer conhecia os personagens. Para o segundo filme, James Gunn decidiu exagerar, enchendo meia dúzia de enredos entrelaçados e fazendo com que Star Lord, de Chris Pratt, ficasse de lado. Entretanto, o filme teve pontos altos e, por exemplo, introduziu a agora amada fala “I’m Mary Poppins, y’all ‘, gritada por Yondu quando ele cai graciosamente do céu. Um momento maravilhosamente cômico em um filme que se perdeu em vários pontos.

Vingadores: Guerra Infinita

A Marvel redefiniu as narrativas cinematográficas mais uma vez em 2018, criando um único ponto culminante para uma década de filmes. Embora seja um disparate total para quem é novato na franquia, foi para os fãs uma liberação emocional inigualável. Os irmãos Russo enfrentaram a tarefa monumental de fazer com que cada cruzamento – dos Guardiões da Galáxia ao reino de Wakanda – funcionasse de uma maneira que parecesse natural, enquanto também levava o maior vilão do UCM, Thanos, ao centro do palco. Épico em todos os sentidos. Guerra Infinita também encena um dos finais mais memoráveis na história dos blockbusters.

Homem-Formiga e a Vespa

Enquanto o primeiro Homem-Formiga era uma imagem espelhada de Paul Rudd, essencialmente apresentando uma comédia de estúdio vestida de “filme de assalto”, o segundo encontrou um novo truque na manga na forma de Hope van Dyne, interpretada por Evangeline Lilly – uma inteligente e capaz heroína que não existe simplesmente para servir como escada dos personagens masculinos. E pelo jeito, o público e a crítica parece concordar.

Doutor Estranho

De alguma forma, à medida que os filmes da Marvel avançavam, eles ficavam cada vez mais “abarrotados”, já que todos esses heróis são obrigados a compartilhar o mesmo mundo. Aqui, é algo incrível que o diretor Scott Derrickson tenha conseguido flexionar a fórmula um pouco, enquanto se concentrou em fazer uma história de origem (nos 45 minutos do segundo tempo) e ao mesmo tempo criar um ótimo filme.

Como Tony Stark, Stephen Strange é um playboy falho que sofre um revés. Mas ao invés de se voltar para a tecnologia (embora ele também tente, a princípio), Strange segue uma jornada espiritual para o Extremo Oriente, onde aprende segredos místicos que lhe dão a habilidade de fazer todo tipo de truques mágicos, de teleportar. através dos continentes para conjurar armas com sua mente. Os efeitos especiais resultantes são os mais impressionantes de qualquer filme de super-heróis, da Marvel ou não, mas o que torna “Doutor Estranho” tão atraente é o fato de que ele permanece focado na missão existencial do personagem.

Capitão América 2: O Soldado Invernal

Por que amamos filmes de super-heróis? É porque nos tiram deste mundo ou porque nos permitem olhar para ele de um ângulo mais espetacular e vertiginoso? Os melhores filmes de super-heróis fazem as duas coisas, e Capitão América 2 é o único filme da Marvel Studios que tira uma página de O Cavaleiro das Trevas e planta seu herói em um labirinto de corrupção que é um espelho altamente reconhecível da nossa sociedade cada vez mais sinistra.

O filme coloca o Capitão América (Chris Evans), o herói indecentemente quadrado dos anos 40, contra o novo estado de vigilância dos EUA, e o que isso significa é que agora ele está lutando contra o complexo militar-industrial que ele jurou proteger. A narrativa é irregular e brusca, mas gera algo único – uma verdadeira paranoia, uma sensação de que Cap não pode mais confiar em ninguém, muito menos em seu velho amigo Bucky Barnes (Sebastian Stan), que passa por uma transformação sangrenta.

Homem-Aranha: Longe de Casa

O impacto inicial de Tom Holland como Homem-Aranha exerce menos peso na sequência de sua história dentro do UCM. Mesmo assim, o resultado é uma mistura inesperadamente imprevisível de romance adolescente e ação de super-heróis. Ponto positivo: a Mary Jane de Zendaya com mais protagonismo. Ponto negativo: a quase introdução do conceito de multiverso por meio do Mysterio.

Guardiões da Galáxia

Geralmente, filmes sobre equipes de super-heróis são os piores. A equipe pode se apegar a uma mitologia poderosa, mas o que o filme costuma fazer é: mais personagens, mais ingressos vendidos, mais mercadorias. No entanto, Guardiões da Galáxia é a maior aventura grupal no cânone da Marvel Studios, com uma interação selvagem e devocional entre sua equipe de renegados que relembra o “Star Wars” original de 1977 (obviamente, como já falamos, sua principal influência).

Você sabe que está em um universo ótimo no momento em que Chris Pratt, no meio de uma armadilha mortal e desoladora, faz uma carismática interpretação para “Come and Get Your Love”, de Redbone (estabelecendo imediatamente que ele tem o melhor gosto em mixtapes entre os super-heróis).

Capitão América: Guerra Civil

Apesar de ser um filme do Capitão América, ele é praticamente um Vingadores 2.5, com a presença do Homem de Ferro, Viúva Negra e Homem-Formiga, Pantera Negra e Homem-Aranha. Se não fosse por um foco central, Guerra Civil poderia ter caído nas armadilhas de outras sequências da Marvel por ser muito complicado. Os irmãos Russo também dirigem uma das melhores cenas de ação da história da Marvel até agora, a cena do aeroporto, que parece ter saído diretamente de uma revista em quadrinhos.

Os Vingadores

Você com certeza se lembra do que sentiu ao ver Os Vingadores pela primeira vez – principalmente se você viu na época do lançamento. Há algo emocionante em ver o Capitão América, Homem de Ferro, Thor e o Hulk se unirem depois de encabeçarem seus próprios filmes, representando uma agregação de talentos praticamente sem precedentes em Hollywood. Isso por si só representa uma enorme emoção, mas por mais empolgante que fosse conseguir um mega filme com todos esses personagens juntos na tela, por que eles tiveram que escolher o irmão adotivo de Thor, Loki, como o cara mau? Isso significa lidar com universos paralelos e uma enorme invasão alienígena que causa destruição máxima em meio a uma exaustiva batalha final. Para muitos, isso pode ter bagunçado o filme. Mas felizmente é um dos filmes mais importantes do UCM.

Homem-Aranha: De Volta ao Lar

Como Peter Parker, Tom Holland tem uma inocência adolescente desajeitada e ansiosa que é ao mesmo tempo desastrosa e absurdamente identificável. A novidade do filme é que o Homem-Aranha, embora consagrado por Tony Stark como aprendiz de Vingador, mal sabe como aproveitar seus poderes. O filme continua dizendo ao público: “Esse garoto não é super – ele é como você!”

Há uma sequência fantástica na superfície do Monumento a Washington, e Michael Keaton traz toda a personalidade sinistra e rancorosa que você poderia querer para o papel de Abutre, um contratante descontente vendendo armas alienígenas no mercado negro. Por isso, ele é um dos favoritos da crítica e dos fãs.

Thor: Ragnarok

O diretor Taika Waititi injetou nova energia no UCM com este filme. Ragnarok é perfeitamente equilibrado tanto como um filme padrão da Marvel, com todos os heróis certos e a construção do mundo intacta, quanto como uma obra pertencente exclusivamente a Waititi, cheia do humor e charme que ele já havia exibido em seus trabalhos anteriores. Ao encontrar uma maneira de incorporar vozes individuais em sua máquina de franquia maciça, a Marvel encontrou o segredo para o verdadeiro sucesso a longo prazo.

Homem de Ferro

Onde tudo começou. O Homem de Ferro subverteu as expectativas, não apenas reapresentando Robert Downey Jr ao mundo, mas mostrando que um personagem B relativamente desconhecido poderia estar no centro de um blockbuster. Outros universos cinematográficos falham porque tentam introduzir demais. O primeiro Homem de Ferro, no entanto, tinha uma história independente que apenas sugeria um mundo maior – um mundo que acabaria se tornando uma franquia multibilionária.

Pantera Negra

Embora Pantera Negra cumpra todas as exigências de um filme da Marvel, fornecendo uma ponte para os filmes passados e futuros, e terminando em uma batalha cinematográfica cheia de truques de computação gráfica, a conquista de Ryan Coogler como diretor é usar uma estrutura familiar para falar de história dentro do cinema mainstream. Na disputa entre T’Challa, de Chadwick Boseman, o governante de Wakanda, e o Killmonger de Michael B Jordan, ele forneceu um comentário nuançado sobre o colonialismo e a identidade negra. É um filme que triunfa tanto dentro do gênero, trazendo novas perspectivas para a história dos super-heróis, como fora dele.