O famoso termo ‘policial bom e policial mal’ (good cop e bad cop) é algo muito comum em muitos filmes de hoje em dia. Mas, há 30 anos, a coisa era bem diferente. Isso começou a ser tornar um termo usual com o filme Máquina Mortífera, lançado em 1987, que revolucionou o gênero policial nos anos 80 e 90.
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Depois dele, muitas produções se espelharam na dupla antagônica do impetuoso e suicida policial Martin Riggs (Mel Gipson) e o experiente e ponderado Roger Murtaugh (Danny Glover). Eles eram dois tiras em uma saga pelas ruas de Los Angeles, EUA, combatendo o crime. O longa logo virou uma franquia de quatro filmes e depois uma série de TV.
Na direção de Richard Donner (dos longas Superman: o filme e Goonies), o primeiro filme acaba de completar três décadas e, como todo marco no cinema, merece ter suas valiosas lições ressaltadas por aqui. Por isso, se liga!
Nunca é tarde para aprender
‘Estou muito velho para esta merda’. (Roger Murtaugh)
O policial Murtaugh não acreditava que poderia ter um novo aprendizado na sua profissão naquela fase da vida. Prestes a se aposentar, ele só queria acabar com tudo aquilo para viver em função da sua família e largar a profissão de vez.
O convívio com Riggs não só trouxe um novo ânimo para a vida do velho policial, como ampliou sua visão de mundo, além de criar um laço forte de amizade que ele talvez nunca pensasse em ter.
Não tenha medo de demonstrar seus sentimentos
“Eu estava sozinho. Por que você acha que eu chorei? “
A série mostra a transformação de dois policiais duros e insensíveis que acabam criando um vínculo de amizade, contribuindo para que eles despejem os conflitos e inseguranças que estavam dentro dos mesmos sem o medo de ser julgado.
A produção merece destaque ao abordar esse tema, em uma época cheia de filmes brucutus, onde o homem era condicionado a fazer completamente oposto, ser praticamente um tronco de madeira, duro, áspero, que não tinham e nem esboçavam nenhum sentimento. Um homem que devolvia ao mundo a violência acumulada dos sofrimentos da vida.
Seja leal aos seus princípios e a quem te apoia (valorize a sua família)
Uma das grandes lições do filme é sobre ser leal e, acima de tudo, ter um princípio ético e moral a seguir. Isso incluí não só fazer aquilo que gosta e acredita, mas retribuir o apoio de quem acredita e coloca as fichas em você, estando lá sempre que este alguém precisar.
O filme fala sobre o homem em busca e defesa da sua família. É um policial amigo de Murtaugh querendo se vingar pela morte da sua filha; o próprio Murtaugh querendo proteger sua própria filha; e Martin Riggs procurando superar a morte da sua mulher. Três homens com dilemas semelhantes que se tem um sentimento enraizado que é a sua família.
Essa união acabou gerando a cumplicidade, onde os personagens principais acabaram incorporando o outro como parte da sua própria família.
Seja tolerante e aprenda a viver com o diferente
A trama impõe a dois policias de perfis totalmente diferentes, o impetuoso e suicida Riggs e o experiente e ponderado Murtaugh, parceiros no melhor estilo ”bom tira, mau tira”.
O que pareciam ser perfis antagônicos acabou de se mostrar complementares, com a necessidade de atuarem juntos para combater uma quadrilha de traficantes de drogas.
O resultado é a grande lição para deixar o preconceito de lado, ser mais tolerante e aprender a viver com o diferente. Às vezes é este diferente que vai fazer você se tornar um cara melhor olhando para coisas sob uma nova perspectiva.
Você só vive uma vez
“Estou com 50 anos de idade, estou na polícia há 30 anos sem arranhões e nem cicatrizes. Tenho mulher, filhos, casa, barco, mas eu posso dar adeus a tudo isso porque meu parceiro resolve morrer…”
Riggs deixa de lado a trágica morte da sua esposa para se concentrar no trabalho combatendo o crime. Apesar das reclamações que deu alma ao personagem ranzinza, Murtaugh não se faz de omisso e se entrega total até seus últimos dias na corporação.
A dupla de policiais apresenta-nos uma grande lição sobre aproveitar o momento e a vida que acontece, ao invés de ficar remoendo problemas, perdas e aquilo que você não conquistou.
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