Wanderlei Silva voltou a vencer e mostrou que tem razões de sobra para ser uma verdadeira lenda no Japão. Venerado na terra do sol nascente, o brasileiro não os decepcionou na disputa do UFC Japão, o UFC on Fuel, na madrugada deste domingo, em Saitama. No melhor estio Cachorro Louco, conquistou um nocaute avassalador no segundo round, batendo o americano Brian Stann, herói de guerra americano, na principal luta do programa.
“Estou orgulhoso de dar isso a vocês, meus irmãos japoneses. Meu córner me disse o que eu precisava fazer. Estou feliz por fazer o meu trabalho e voltar a vencer aqui,” completou Silva.
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Ex-campeão do Pride e ídolo máximo no Japão, Wanderlei Silva ganhou o carisma do público com seu estilo sincero, explosivo e falastrão de ser. Mesmo quando perde, seus combates são memoráveis. Em seu cartel – contando o pride, vale-tudo e MMA, ele tem 47 lutas, 34 vitórias e 11 derrotas.
Ele é considerado o maior lutador do Pride de todos os tempos, um dos maiores atletas da historia do MMA além de ser o maior recordista de lutas, vitorias (21, sendo 18 consecutivas) e nocautes do Pride (17).
Entrou nas artes marcias porque se achava baixinho e gordinho. No Japão virou ídolo e, embora não tenha uma carreira tão vitoriosa no UFC, é respeitado e admirado pelos lutadores de MMA. Entre seus feitos, está o de vencer Sakuraba, até então carrasco de brasileiros (este ficou conhecido nos anos 90 como o matador de Gracie).
Documentário com os melhores momentos de Wanderlei Silva no Pride
Devido as suas incríveis exibições no Pride, sempre fria e agressiva, Wanderlei Silva ganhou um apelido em suas lutas: The Axe Murderer, que siginifica O Assassino do Machado. Por aqui, o apelhido que pegou mesmo foi o de Cachorro Louco.
No UFC, ele entrou em 2007, perdeu para Chuck Lidde, Quinton “Rampage” Jackson e Rick Franklin, após decisão contestada pelo público. As vitórias vieram contra Keith Jardine (em 36 segundos por nocaute) e Michael Bisping (confira na Netflix a cobertura completa da luta no UFC 110).
Novamente derrotado no UFC 132, em agosto de 2011, após Chris Leben desferir uma sequencia de golpes que culminou no término da luta em 27 segundos, Dana White anunciou que o Cachorro Louco estava na hora de se aposentar.
Mesmo assim ele teve uma nova chance contra Cung Le, substituindo Belfort, que se lesionou nos treinos. A vitória em novembro o credenciou a continuar a carreira, e o próximo alvo seria o próprio Vitor Belfort – quem já tinha sofrido um nocaute técnico em 1998.
Um dos técnicos do The Ultimate Fighter Brasil (TUF), foi no programa que o público viu a rivalidade contra Belfort aumentar, principalmente depois de Vitor anunciar a lesão que o afastaria da revanche tão esperada. Ao Cachorro Louco sobrou contentar-se com uma disputa contra Rick Franklin. Apesar disso, ele promete. Eu vou não só para ganhar, mas para nocautear”.
Confira algumas das frases polêmicas do lutador:
- “Ganhar ou perder eu gosto de dar emoção para os meus fãs”.
- “Eu luto para os meus fãs e eles sabem que eu dou o meu melhor. Toda vez que eu entro no octogonal preciso dar um bom espetáculo porque os ingressos e pay-per-view são tão caro”.
- “O pessoal se identifica muito comigo, sou um cara do povo, bem humilde e sempre quero dar show nas minhas lutas. Os donos do UFC estão muito satisfeito com meu trabalho, sou uma atleta do povo, que cativo a torcida, e isso pesa muito.”, revela o Cachorro Louco.
- “Eu vou não só para ganhar, mas para nocautear. Eu vou nocautear. Estou sentindo que essa luta não vai para o final. Já estou vendo como vai ser. Já vejo ele caindo aqui do meu lado direito e eu saindo virando. Eu vejo isso todo dia. Todo dia treino aquele golpe e penso: ‘Vai ser nesse’. Tenho três round para acertar um soco, e quando acertar… Não quero ganhar por pontos, quero um nocaute”, disse Wanderlei, quando o combate contra Belfort foi marcado.
- “A base do sucesso é uma só: o suor. Tem que chegar lá e suar a camisa, correr atrás do sonho. Fiquei feliz com a rapaziada. Rimos e choramos juntos, me envolvi sentimentalmente mesmo, sou assim. Conheci a história de cada um deles, e, por isso, me via nesses caras”. Sobre a sua participação no TUF Brasil.
- “Eu já disse a ele que ele pode correr, mas não pode se esconder. Em algum momento a luta vai acontecer. Estou pronto para ele agora. Bem aqui. Esse cara diz as coisas mais loucas. Às vezes eu rio sozinho no meu carro. É inacreditável. Estou pronto para chutar a bunda dele agora”, declarou para Belfort.
- “Ninguém treina tão duro assim a ponto de socar tão forte. Nós usamos os melhores equipamentos, luva, gel, bandagem… Eu acho que ele amarelou. Se estava com medo, não devia ter aceitado a luta. Os principais prejudicados com isso são os fãs”, sobre a contusão que tirou Belfort do UFC 147.
Dura que Wanderlei Silva deu em Chael Sonnen
- “Depois que o cara levar um tapão na boca, vai ter gente que vai dizer que não sou profissional. Sou old school, não fala de mim não, vai dar m…”, retrucando a declaração de Chael Sonnen, que disse: “Dinheiro pode não comprar felicidade, mas pode comprar assentos próximos ao octógono para ver a próxima e humilhante derrota do Wand, e isso é quase a mesma coisa”.
- “Ele luta com a boca. Não é um lutador top. Ele cria um estilo para chamar atenção. Mas cara a cara, ele é como uma criança. Ele vai chorar como um bebê. Eu não sei que tipo de homem pode falar mal de você e depois dizer: ‘Wanderlei, vamos dar as mãos’. Foda-se você. Você falou algumas coisas ruins. Sou da antiga e você está falando coisas ruins sobre mim, não me dê sua mão”, disse Wanderlei a Sonnen.
- “Minha história é uma boa história, eu tinha o título, fui o melhor do mundo, mas isso é passado”, disse Silva. “Eu preciso provar tudo de novo. Especialmente depois da minha última luta“, depois da derrota para Chris Leben.
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