Na vitória do Palmeiras sobre o Sporting Cristal, do Peru, pela Libertadores (quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013) , o torcedor que escolheu a arquibancada não pôde comprar e comer a pizza em formato de cone que é vendida no Pacaembu. O quitute é preparado nas lanchonetes que ficam no alto do estádio, mas é destinado exclusivamente para a área VIP, embora qualquer torcedor possa ver o preparo.
Um palmeirense que, no intervalo, ficou com vontade de comer a pizza se aproximou do local onde era feita a comida e perguntou ao segurança se podia comprá-la. “Não. Isso daí é só para os VIPs”, disse o homem engravatado. O torcedor insistiu e falou que pagaria os R$ 6 que são cobrados. “Eu não posso. Se eu te vendo, meu chefe me ferra depois”.
Em um país acostumado com a segregação, nada mais natural do que o segurança proibir a venda de um quitute dentro do estádio de futebol. E pior! Não se tratava de dar a pizza. O torcedor queria comprá-la. Infelizmente, o brasileiro está acostumado com a desigualdade. Estamos acostumados a elitizar tudo. Enquanto o torcedor “comum” come um hot dog a R$ 5, o cara que é VIP paga R$ 6 em uma pizza. Parabéns aos administradores do Pacaembu. Parabéns para a Prefeitura de São Paulo!
A segregação pela comida é uma das piores que existem. Do pó viemos e ao pó voltaremos. Só espero que as novas arenas não cometam o mesmo equívoco e não façam também esse tipo de distinção bizarra. Texto escrito por Alessandro Lefevre do Paixão Clubística. Para ler mais sobre futebol acesse o site ou curta a página abaixo.
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