Segundo o dicionário, narrador é todo aquele que conta uma história. Pode não parecer, mas quando você assista a um jogo, seja de futebol ou pôquer, uma história está sendo escrita ali.
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O narrador, portanto, é um cara importante. Ele é o encarregado de traduzir muitas das coisas que estão acontecendo e retransmitir de maneira clara para que todos os telespectadores entendam e continuem ligados nele.
O Brasil é berço de centenas de pessoas assim, com esse dom de “contar histórias ao vivo”. Listamos 12 destaques no cenário brasileiro de televisão atualmente.
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Isabelly Morais
A tão esperarda abertura da Copa da Rússia proporciou uma surpresa além da goleada de 5 a 0 da seleção da casa. A partida inicial também se tornou o primeiro jogo da história do Mundial a ser narrado por uma mulher na televisão brasileira.
“Foi muito importante e marcante ter entrado para a história com uma narração feminina. Fico feliz por ter narrado cinco gols logo na minha estreia. Narrador vive de gols e, logo de primeira, em uma partida que ninguém esperava tantas bolas na rede, tive essa felicidade de estrear na TV com o pé direito”, afirmou Isabelly Morais.
A narradora foi selecionada pelo canal Fox Sports em um projeto que selecionou três narradoras especialmente para narrarem os jogos da Copa. Além de Morais, que narrou Rússia e Arábia Saudita, também foram selecionadas Renata Silveira e Manuela Avena pelo projeto Narra Quem Sabe, que chegou a receber mais de 300 inscrições.
Segundo o canal por assinatura, Morais, que tem apenas 20 anos, já tinha se tornado a primeira mulher a narrar uma partida de futebol em Belo Horizonte, no final do ano passado, pela Rádio Inconfidência. Para ela, no entanto, a experiência na TV é completamente diferente: “o tom da narração de TV é outra”, disse ao ser selecionada.
Milton Leite (SporTV)
Esse aí é garantia de muitas risadas durante as partidas de futebol. Além de não vacilar com o básico do jogo (nomes dos jogadores, técnico, eventos da partida) ainda tem um arsenal enorme de jargões e piadas espontâneas para quebrar o clima tenso do jogo. o mais famoso deles é o “Que fase”, usado quando um time ou jogador atravessa um mal momento.
Téo José (Band)
A especialidade é automobilismo (narra Fórmula Indy na TV e F1 na rádio, por exemplo), mas com o futebol tendo mais espaço na grade televisiva é comum ver o goiano do lado do comentarista Neto, narrando partidas do campeonato brasileiro e da Champions League.
Galvão Bueno (Globo)
Muita gente vai virar a cara para esse nome. Ele deixou de ser unanimidade faz tempo. Contudo, o cara ainda é citado como inspiração pela a maioria dos narradores um pouco mais jovens que ele e quem compõe essa mesma lista.
Antipatia e desinformação à parte, ele marcou décadas como o principal narrador brasileiro e criou frases que usamos diariamente no nosso cotidiano, tais como: “Haja coração!”; “Olha o que ele fez, olha o que ele fez!” e “Pode isso, Arnaldo?”.
Everaldo Marques (ESPN Brasil)
Talvez um dos mais ecléticos do Brasil. O cara já narrou futebol, vôlei, F1, futebol americano, ciclismo… E manda bem em todos. Ou pelo menos, não passa vergonha com as modalidades menos conhecidas por nós brasileiros. Tem como característica passar muitas informações ao telespectador, além de puxar papo e incentivar a interatividade por meio das redes sociais durante a transmissão.
Sérgio Maurício (SporTV)
Outro narrador que pode dizer que encara qualquer parada. Apesar de ter seu nome muito associado atualmente ao vôlei, Sérgio vem dando conta da F1 no SporTV e de mais uma dezena de modalidades quando rola Panamericanos, Mundiais e Olímpiada. E com ele bordões são sempre bem-vindos. Destaque para o “No capricho”, que rola toda vez que um ponto é essencial na partida.
André Henning (Esporte Interativo)
Se você quer sentir emoção, independente da partida, esse é o narrador que você precisa. André é daqueles atentos que não deixa fugir nenhum detalhe da partida e faz de tudo para criar um clima todo especial nos jogos de futebol. Ele narra como se fosse o último jogo da vida dele. E agora com a Champions League no Esporte Interativo, o cara está tendo emoção até de sobra para narrar por lá.
Gustavo Villani (Fox Sports)
Tem gente que nasce com uma voz destinada para narrar. Esse é o caso do Villani. O cara tem uma voz inconfundível e ele usa bem dessa arma para narrar os jogos com muita clareza. Com ele velocidade não combina. A narração é lenta, mas atenta. Tudo o que precisa ser falado é dito. Isso se a emoção não pega você antes. Ele ficou famoso esse ano por ter chorado durante a transmissão da despedida do jogador Steven Gerrard.
Cléber Machado (Globo)
Com o Galvão Bueno abrindo mão de narrar partidas dos clubes brasileiros, Cléber ganhou mais espaço da Rede Globo e hoje é tido como o segundo narrador da casa, atrás apenas de Luiz Roberto. Porém, é ele o titular dos jogos transmitidos para o Estado de São Paulo.
Nivaldo Prieto (Fox Sports)
Outro narrador de voz inconfundível, no começo de carreira chegou, inclusive, a apresentar o programa Fantástico na Rede Globo. Também emprestou sua voz para campanhas de marcas como Ponto Frio e Banco Safra. Nos esportes é comedido, não costuma perder o controle emocional da partida. Tem como característica às vezes dar umas de comentador e dar sua opinião em algo que envolve o jogo.
Luiz Carlos Jr. (Sportv)
É considerado hoje é o narrador número 1 do canal SporTV. Mesmo com seu nome intimamente ligado ao futebol e mais precisamente aos clubes do Rio de Janeiro, é nome certo nas coberturas de Olímpiadas. É reconhecido por estar sempre alegre e narrar jogos fracos com a empolgação de uma final de campeonato.
Silvio Luiz (Rede TV)
Provavelmente o mais festejado dos narradores. Da velha guarda, Silvio foi um dos precursores do humor nas transmissões de futebol. Inventou incontáveis bordões e já atendeu até um telefone de sua mulher no meio de uma transmissão. É dele os fenomenais: “Olho no lance…”; “Confira comigo no Replay”; “Pelo amor dos meus filhinhos…” e “Quê que eu vou dizer lá em casa?”
Luiz Roberto (Globo)
Ocupa hoje o lugar que foi durante muito tempo de Galvão Bueno. É o número 1 das transmissões esportivas da Rede Globo. Normalmente cuida da praça dos clubes do Rio de Janeiro, mas é comum vê-lo na F1 e em finais do vôlei e do basquete.
Durante a Copa do Mundo de 2014 alegrou a todas as pessoas da terra com o “maravilhoso” comentário: “Esses negros maravilhosos”.
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