A CBF não pode se esquecer de Rivaldo

Rivaldo anunciou no último sábado a sua aposentadoria do futebol e, embora suas últimas aventuras não tenham sido dignas de grandes lembranças para a memória daqueles que já o viram no auge, o ex-camisa 10 da Seleção Brasileira não pode entrar no esquecimento. Muito menos por parte da CBF, justamente pelos incontáveis serviços prestados (e bem feitos) à amarelinha.

Nesta terça-feira, rolando o feed do Twitter, o nome do meia me chamou a atenção em uma postagem. E antes de pensarem que ele voltou atrás na decisão de parar, não. Foi pior, bem pior. Era o perfil do “Ajude um Repórter” procurando auxiliar a CBF TV (!) na busca pelo contato do Rivaldo.

O pessoal do “Ajude um Repórter” faz um trabalho bacana e útil de apoio a jornalistas que buscam fontes para a produção de matérias. Mas a fonte nesse caso não é anônima, não é alguém que você tenha de garimpar por aí na sua agenda para achar. É o Rivaldo. Você pode me perguntar: “E você, tem o contato dele?”. Não, não tenho. Mas se eu fosse a CBF ou qualquer setor ligado ao futebol da entidade, seria minha obrigação ter. Obrigação.

A hora para se aposentar não foi a melhor escolhida por Rivaldo. O prolongamento desnecessário da carreira acarretou em um fim melancólico, o que contribuiu e ainda contribuirá por um longo tempo para que o craque brasileiro e seus feitos gigantes de outrora sejam diminuídos. Uma pena. Mas não se pode jogar ao relento o nome de um dos principais jogadores da história do Brasil. Não que a falta de reconhecimento – da entidade e também muitas vezes do povo – cause surpresa. Mas não se pode.

Simplesmente, não se pode.