Quais são os principais golpes financeiros de olho no seu dinheiro

Golpes financeiros não são coisas dos tempos modernos. Há um consenso de que a profissão mais antiga do mundo é aquela da Maria Madalena. Mas não seria exagero dizer que, ao longo da história, existiram tantos ou mais trambiqueiros do que prostitutas por aí. E, com eles, golpes de todos os tipos.

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Os golpistas foram evoluindo suas técnicas para tirar dinheiro de desatentos ou ingênuos de plantão. Nos últimos anos saíram de cena os cheques e o Raul (o golpe do cartão de crédito). Agora existem outros mais modernos, digitais e quase silenciosos.

Veja quais são os principais golpes financeiros na praça e fique ligado para não ser a vítima da vez.

O esquema de pirâmide financeira

Não importa qual roupa vistam no esquema – venda de produtos, dieta, investimento, roleta solidária -, em algum momento você vai perceber que caiu em uma pirâmide. As pirâmides são proibidas no Brasil e seus membros jamais reconhecerão que se trata de um golpe, mas há formas de saber.

Fique ligado em promessas de ganho fácil, lucros exorbitantes, retornos garantidos ou ganhos extras ao indicar novos clientes. Além disso, veja se há poucas informações sobre os produtos oferecidos ou sobre a empresa responsável. Ao menor sinal disso, fuja!

Boleto falso

Cada vez mais comum no Brasil, o golpe do boleto falso consiste em falsificar cobranças para fazer com que o pagamento vá para a conta bancária do golpista. O truque pode ser uma manipulação do código de barras ou até uma página falsa com opção para fazer o download da fatura. Verifique sempre o emissor da cobrança e o banco de onde ela vem.

“Opa, troquei de número”

O WhatsApp é basicamente um velho oeste da malandragem, terreno fértil para golpes financeiros de todos os tipos – é nisso que dá clicar e compartilhar tudo sem ler. O mais popular é o uso uso de contas falsas para enganar contatos. Nele, o golpista cria uma nova conta e rouba os dados públicos de uma pessoa, como nome, foto de perfil e status. Depois, envia mensagens para os amigos da vítima dizendo que trocou de número e conta uma história para pedir dinheiro emprestado.

Desconfie de mensagens deste tipo. O próprio WhatsApp possui um recurso que informa automaticamente quando um contato troca de número. Ligue para o seu amigo e pergunte se a mensagem é real antes de fazer qualquer coisa.

Golpe do delivery

Há algumas formas em que os golpistas podem se passar por entregadores para te roubar. Uma delas é quando você pediu para pagar na entrega e chega uma maquininha de cartão com o visor quebrado. Você não vê quanto está pagando e o cara cobra muito mais. Sempre que possível, pague dentro do app de delivery.

O que nos leva à segunda modalidade. Nela, um “entregador” pode te ligar dizendo que deu um erro no app e seu pagamento foi recusado, mas que a entrega já está a caminho. A “solução” seria você realizar um pagamento a ele – em dinheiro ou transferência – e ficar com o produto. Isso não existe e, ao menor sinal de suspeita ou problemas com pagamento, ligue para o restaurante para confirmar.

Cadastre sua chave do PIX aqui!

A fraude na opção gratuita de transferência de dinheiro instantânea criada pelo Banco do Brasil já é um dos principais golpes aplicados por aí. A estratégia é a mesma de sempre, chamada phising (de “pescar”). Te enviam um links falso que levam a uma página falsa de banco na qual você supostamente vai cadastrar uma chave do PIX.

Não clique em links recebidos através de e-mails, WhatsApp, redes sociais e mensagens de SMS. Cadastre suas chaves de identificação do PIX somente nos canais oficiais do seu banco.

Falso sequestro

É um dos principais golpes financeiros do país. O falso sequestro costuma virar piada quando a pessoa que recebe o telefonema tem sangue frio, mas faz muito mais vítimas do que pensamos. Se trata de extorsão: o golpista liga aleatoriamente para alguém dizendo que está com o filho/filha da pessoa e exige dinheiro para o resgate. Daí seguem ameaças de morte, nervosismo e instruções para transferência bancária.

Se acontecer com você, mantenha a calma. Pergunte por alguma coisa que só o filho ou filha saberia, como o nome de um animal de estimação ou um endereço antigo. Nunca “negocie” com os criminosos ou faça qualquer depósito em dinheiro.