Porque um tapa na cara ensina muito mais que três tapinhas nas costas

Em muitos momentos, é a maneira mais impactante que te ajuda a acabar com maus hábitos

Porque um tapa na cara ensina muito mais que três tapinhas nas costas

Uma das coisas que o ser humano mais procura na vida é a busca pela felicidade como o destino final. Mas, a realidade não é uma rodovia larga, bem asfaltada e livre de trânsito. Dessa forma, você se vê obrigado a encarar desvios, trechos esburacados, semáforos quebrados, ruas mal planejadas e perder muito tempo no tráfego, às vezes sem sair do lugar.

Isso vai minando, dia após dia, suas ilusões de uma trajetória simples e repleta de realização para um caminho escuro e sombrio, com muitos percalços e quedas que você precisa aprender a lidar e superar.

Seria muito mais fácil se os ensinamentos fossem assimilados de forma direta, cordial e afetuosa. Não precisaríamos sofrer, insistir em erros, gastar tempo e dinheiro com psicólogos ou tratamentos médicos. Porém, na grande parte das vezes, somente um tapa na cara consegue surtir o efeito desejado de mudança.

O tapa na cara faz acordar

tapa na cara

É aquele tapa na cara, dado no lugar, intensidade e momento certo, que é capaz de fazer você acordar de quase um estado de transe. Aquele que te tira da zona de conforto, do comodismo e dá um estalo de mudança que você tanto precisa.

Entenda, não acho que todos nós temos um perfil masoquista, que procuramos o prazer na dor. Mas acredito que, para alguns momentos, a dor do choque tem maior poder de aprendizado do que as lições por via do amor.

O tapa na cara é simbólico, não é literal

tapa na cara

O tapa na cara aparece na forma daquele feedback negativo do seu superior no trabalho que você demora a aceitar. Naquela conversa com sua mãe, que te ama tanto, tem com você, expondo suas fraquezas, depois vê-lo sofrer e errar por diversas vezes seguidas.

É aquele papo reto de mesa de bar que só quem é realmente seu amigo e tem total liberdade contigo fala, sem medos de julgamento.

Em um mundo onde vivemos cada vez isolados nas nossas bolhas, falando para nossos pares e ouvindo aquilo que queremos ouvir, atrofiados nossa inteligência emocional, e esquecemos de como lidar com sentimentos simples necessários para nosso desenvolvimento como ser humano: a dor, a perda, a tristeza e a rejeição.

Você precisa se expor, arriscar mais

Crédito: Reprodução

Não adianta ser envolvido por plástico bolha para evitar a queda. Nossa vivência necessita de machucados e cicatrizes para ter um sentido e um propósito.

Alguns até vão comentar a preferência por um tapinha nas costas. Mas o gesto está longe de ser sincero e camarada. Apesar de parecer uma afável demonstração de carinho, está travestido como um “Vai lá, se fode aí, campeão!”.

Alguém que se importe com você não vai deixá-lo caminhar no trilho do trem só porque você escolheu fazer este trajeto. Ele prefere te chacoalhar para alertá-lo sobre os perigos de um choque que está por vir.

Guia Definitivo para Não Quebrar a Cara

10 Livros para ler nas férias: leitura rápida e literatura de qualidade!

Um bom tapa na cara pode te ajudar a superar uma desilusão amorosa, uma frustração profissional, uma cagada que tenha cometido na vida e até a encontrar aquele rumo que você, à deriva, não enxerga.

Por isso, resolvemos escrever o livro Guia Definitivo para Não Quebrar a Cara (ou Pelo Menos Tentar). Lá, Edson Castro e eu, Leonardo Filomeno, reunimos os melhores conselhos, aqueles toques de irmãos de verdade, que dispensam palavras gentis e falsos tapinhas de boa sorte nas costas.

O livro é um convite para você refletir sobre sua vida e suas escolhas, repensar cagadas para poder prevenir ou reduzir substancialmente as burradas futuras que você vai cometer. Porque o problema não está nos erros que vão surgir, mas nos aprendizados que teremos com eles para que possamos, a partir daí, nos transformar em uma pessoa melhor.

Leonardo Filomeno
Leonardo Filomeno

Jornalista, Sommelier de Cervejas, fã de esportes e um camarada que vive dando pitacos na vida alheia

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