3 clichês que precisamos parar de repetir para nós mesmos

Viver é foda. Não existe fórmula, nem jeito certo de se evitar decepções e ser feliz. Às vezes, parece que estamos fadados a seguir de erro em erro, tropeçando no caminho até chegar em algum lugar o qual não havíamos previsto. Mas esta é a condição humana.

Como diria Benjamin Franklin: “Viver é enfrentar um problema atrás do outro. O modo como você o encara é que faz a diferença.” É muito mais como se você estivesse em uma corrida de resistência do que um passeio de kart em uma estrada de arco-íris.

Porém, para facilitar o caminho, inventamos alguns pequenos clichês para tentar deixar a jornada mais fácil. Alguns realmente funcionam por um tempo, mas, a longo prazo, eles tornam apenas nossas decepções maiores e mais difíceis de serem aceitas.

Separe aqui 3 clichês bem comuns e porque precisamos parar de repeti-los para nós mesmos. Se liga:

1. O tempo cura tudo

Não cura. Talvez as novas experiências que vivemos ao longo dos anos nos ajudem a esquecer traumas anteriores, mas certas coisas nos marcam para sempre. Pode ser a morte de um parente querido, o fim de um relacionamento,  ser vítima de um assalto ou acidente.

Certos esqueletos vão ficar assombrando seu armário e o tempo não vai te ajudar. Você tem dois caminhos: O mais difícil, onde você aceita e supera o que aconteceu por conta própria, ou o mais fácil, procura ajuda especializada em uma terapia ou grupo de ajuda.

2. Boas coisas vem para aqueles que esperam

O caralho. Boas coisas vem para quem vai atrás delas. Enquanto você fica sentado esperando o mundo deixar um presente no seu colo, todos os dias milhares de pessoas vão à luta por aquilo que querem.

Para atingir seus objetivos você tem que ter paciência sim, mas também tem que ter determinação e um bom plano. Então, pare de comodismo e vá atrás do que quer.

3. No fim, tudo dá certo

Afinal, se não deu certo, ainda não chegou ao fim, né? Desculpa te falar, mas infelizmente, talvez você não tenha um final tão feliz quanto um filme de Hollywood. Você não terá um grande clímax e terminará sua vinda com um BANG.

Esta frase é uma forma mais simples de tentar justificar que toda dor e sofrimento que passamos um dia ou outro vão servir para um bem maior. Talvez em um outro plano de existência, mas nem sempre as coisas terminam bem por aqui, e você tem que aprender a lidar com isso.

Mas, como viver sem clichês?

Pouco tempo atrás, assisti uma palestra chamada “Por que não vai dar certo”, ministrada por Gustavo Gitti. A conversa falava sobre como nossa felicidade é condicionada por certos lugares comuns e como nossas maiores frustrações vem de nossas expectativas exageradas.

O tempo todo estamos apostando boa parte das nossas energias em busca de um amor romântico perfeito ou na tentativa de criar experiências memoráveis. Como se nossa vida tivesse que ser uma filme de cinema.

O problema é que é impossível traçar um plano que não esteja sujeito a condições externas. A dor faz parte do crescimento. A decepção também. Nem tudo vai ter o desfecho lindo e maravilho de um romance do Nicholas Sparks.

Você precisa de maturidade para entender isso e parar de criar falsas expectativas para a sua vida. Quanto menos projeções você fizer, menos decepções vai ter. E no fim, é bom entender que você não viver para sempre.

Você vai ter sofrimentos e dores de cabeça, mas deve aproveitar ao máximo cada momento e experiência única que pode. Ao invés de criar expectativas e galgar sua vida em cima de clichês e lugares comuns, tente aproveitar um pouco mais o agora. E seja feliz.