por Thaynara Firmiano 
A síndrome da carteira, ou neuropatia da carteira, é uma doença recorrente em homens. Isso porque a doença se desenvolve, basicamente, pelo hábito de sentar em cima da carteira, no bolso de trás.
Isso mesmo, você que tem o costume de usar a carteira, celular, chaves e etc, no bolso de trás e não tira do bolso na hora de sentar, pode desenvolver um problema sério na coluna.
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Conversamos com o fisioterapeuta André Carvalho, sobre esse problema: “a síndrome da carteira acontece quando a gente coloca qualquer desnível no nosso quadril, quando a gente faz esse apoio na hora de sentar”, conta.
Como se desenvolve a Síndrome da carteira?
A síndrome da carteira acontece por conta de uma série de consequências que o hábito de sentar sobre a carteira pode causar. O fisioterapeuta explica porque esse hábito pode ser prejudicial:
“A consequência não vai ser uma consequência grave. Ela pode trazer dor.”, conta André. “O nosso quadril é composto por três partes que são móveis e quando acontece o desnivelamento de uma dessas três partes é uma torção da estrutura. Esse desnivelamento pode prejudicar as estruturas e ao longo do tempo gerar dor. Não acontece do dia para a noite, mas se for um acúmulo desse hábito pode trazer dor.”, explica
Este hábito, além de deixar a posição de sentar torta, causa uma compressão no nervo ciático, que sai da região lombar e se estende pela região da perna com várias ramificações. Assim, um problema nesse nervo pode influenciar bem mais do que só a ele.
A longo prazo, a compressão do nervo ciático pode causar formigamento, desconfortos, dores ao andar ou sentar e até mesmo se tornar incapacitante.
Como prevenir a Síndrome da Carteira?
A dica principal para prevenção desta síndrome é tirar a carteira e afins do bolso quando sentar.
“Vamos evitar aceitar em coisas em cima do bolso de trás da calça. Até porque, se ele está em cima do celular, por exemplo, ele estraga e hoje o celular está caríssimo. Então, o ideal é tentar não ter esse hábito”
No entanto, caso você já tenha esse hábito e tenha desenvolvido a síndrome, o fisioterapeuta alerta:
“é sempre aconselhável quando estamos com dor a procurar um profissional da área. Seja um fisioterapeuta ou um médico ortopedista, mas sempre um profissional de primeiro contato é o profissional vai te avaliar e já vai conseguir fazer as condutas diretamente”, explica André.
Qual o tratamento para a síndrome da Carteira?
O tratamento para a Síndrome da Carteira vai agir de forma a corrigir o problema causado pelo hábito. O fisioterapeuta André Carvalho, explica como funciona esse processo em seu consultório.
“Eu trabalho com osteopatia, então, dentro do consultório a gente vai usar de técnicas para tirar a sobrecarga dessas estruturas ligamentares e musculares para que essa dor melhore.”, explica. “(o objetivo) é que devolva essa mobilidade do pra que nada fique muito tencionado”, complementa.
André ainda explica que tanto a osteopatia, quando a fisioterapia de uma forma geral, trabalha com as zona do corpo que não estão se movimentando corretamente, mas como isso se corrige? Ele explica:
“Com movimento ou com técnica para devolver essa mobilidade. Para as peças do corpo que tem que se mexer. Isso porque tem peça do corpo que precisa ficar paradinha, precisa de estabilidade e tem peça do corpo que precisa ter mobilidade, precisa se mexer livremente. Então, se a que precisa de estabilidade está instável e se mexe gera dor e se a que é pra ser móvel não está se mexendo ela também gera dor. Então vamos mais ou menos por aí.”
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