Dicas simples para falar bem em público

Aquele frio na barriga antes de uma grande reunião ou da apresentação de algum trabalho é normal e não deveria afetar sua confiança, mas, se isso acontece, a gente tem algumas dicas para te deixar mais tranquilo!

Como muitos fatores externos podem afetar o orador – por exemplo, a risada de alguém lá no fundo da platéia, essas dicas envolvem, principalmente, técnicas de concentração e foco. São dicas práticas, fáceis e a gente garante: depois que você começar a praticá-las, suas apresentações vão ser bem mais leves.

Admita seu nervosismo

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Sim! Quando ele bater, você pode, sim, falar abertamente, de forma leve e até bem humorada, que está um pouco nervoso. Essa estratégia vai tirar um peso das suas costas, traçar certa intimidade com o público e, então, a audiência vai estar mais receptiva e ser mais compreensiva. Não importa se você estiver em uma sala de aula ou em um auditório, pode apostar: humildade e honestidade com uma pitada de bom humor vão te tirar de várias enrascadas.

Mohamad Zaki, engenheiro e colunista do site Lesson In Life, dá um exemplo: “Você pode brincar com o nervosismo e dizer algo como: ‘No caminho até aqui, tinha certeza que apenas Deus e eu sabíamos o que eu ia apresentar. Agora, acho que só Deus sabe”.

Não importa como, o que importa é usar o bom humor como arma – sem exagerar, é claro.

Redefina sua audiência

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Em outras palavras: mude, em sua mente, o público que vai te ouvir para um público que te deixe relaxado.

Se você, por exemplo, estiver apresentando o seu TCC e se sentir extremamente nervoso por causa da banca avaliadora, pense que a banca é formada por estudantes, não por doutores.

Esse processo, é óbvio, faz parte de um mindset que deve ser alterado na hora de se dirigir aos avaliadores mas, mesmo assim, se você manter no seu subconsciente a ideia de que eles estão no mesmo patamar, vai ser mais tranquilo apresentar o seu trabalho.

Você pode, inclusive, se convencer de que algum deles está tão nervoso quanto você!

Uma das técnicas utilizadas por muitos oradores é enxergar a audiência como amigos de longa data: sabe aquela sensação desconfortável de olhar alguém, reconhecer a pessoa mas não conseguir lembrar da onde a conhece?

Então, trabalhe com isso enquanto faz a sua apresentação. Assim, você pode até fazer contato visual transmitindo confiança quando, na verdade, está apenas enganando o seu cérebro.

Não tente se convencer de que a audiência é formada por bebês ou que você está sozinho na sala. Isso não funciona tão bem porque fica difícil fingir estar sozinho quando você precisa se comunicar com aquela gente.

Invista em auxílios visuais

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Nós não precisamos dar a dica da apresentação no power point, precisamos? É claro que você já deve usar essa ferramenta como um gatilho para o seu cérebro, uma maneira de ajudá-lo a se lembrar da ordem de apresentação.

Porém, existe outra função para as apresentações de power point: a distração do público.

Quando eles podem acompanhar uma palestra através de auxílios visuais, o foco não vai ser direcionado completamente para você e, sabendo disso, você pode ficar mais tranquilo.

Há quem invista em guias impressos para a audiência acompanhar do próprio assento, e essa é uma dica de ouro porque vai te ajudar a não se sentir tão tímido. Afinal, em alguns momentos da apresentação você vai estar falando para pessoas que não estão te olhando nos olhos.

Cometa erros intencionais

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Essa dica parece bem maluca, mas funciona. Quando você consegue fazer sua audiência rir, você consegue fazê-la interagir e ficar mais a vontade.

A comunicação é uma via de duas mãos, então, ao agir dessa forma, você ganha controle e promove um ar mais casual ao discurso.

Você leva cartões com notas para as suas apresentações? Experimente derrubá-los no chão uma vez e dê risada da situação. O público vai se sentir mais relaxado e rir também e, então, pronto: você os fisgou.

Fale com uma pessoa de cada vez

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A multidão é assustadora, não é? Vários olhos te olhando de uma só vez, várias expressões combinadas que parecem julgar cada atitude sua.

Para fugir dessa situação de pânico, fale com uma pessoa de cada vez. Escolha um membro do público e dedique sua apresentação para essa pessoa – é claro que você pode olhar para outras de vez em quando, mas pense que você está falando diretamente com o membro escolhido.

Assuma que as outras pessoas simplesmente não estão prestando atenção e, quando alguém te fizer uma pergunta, mude o foco e responda como se fosse algo casual.

Outra dica: quando for escolher essa pessoa, tente procurar alguém com uma feição que te deixe confortável. Procure alguém parecido, por exemplo, com alguém capaz de te tranquilizar, como sua mãe, namorada, primo ou melhor amigo.

Seja opinativo

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Fale com propriedade, lembre-se que você estudou para essa apresentação e relembre sua confiança sobre o tema.

Quando você usar dados, informações ou frases de terceiros dentro da palestra, dê sua opinião sobre para que o monólogo não seja apenas um “copie e cole”.

A maior parte dos seus comentários já deve estar preparada antes da apresentação, mas não tenha medo de improvisar, não se sinta preso ao papel.

A leveza da improvisação vai tornar sua apresentação diferente das outras e, quando você ver as expressões de interesse do público, vai ser ainda mais fácil continuar.

Divirta-se

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Já pincelamos essa dica dentro das dicas anteriores, mas é importante reforçar: você precisa se divertir enquanto apresenta e também precisa fazer com que a platéia se divirta com você.

Um clima leve é o principal ingrediente para uma boa apresentação. Tente se movimentar em vez de ficar parado e, dessa forma, o movimento do seu corpo vai te ajudar a transmitir palavras mais leves e relaxar.

Use esse momento para analisar o comportamento humano, veja como as pessoas reagem ao que você diz, tente entender os gestos delas, os sorrisos, as expressões.

Falar em público é um experimento social interessantíssimo. Para fazê-lo bem, basta lembrar que provavelmente o seu público também já precisou passar por isso.

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Maria Confort
Maria Confort

Jornalista, cinéfila, fanática por literatura e, por isso, apaixonada pela ideia de entender pessoas.