No domingo, 11/1, a série da HBO Girls, causou um furor nas redes sociais e chocou o mundo ao apresentar uma cena em que o parceiro da atriz Allison Williams faz um oral com gosto no bumbum dela. Era o famoso beijo grego ganhando, de forma inédita, as telinhas.
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Não lembro de nenhuma outra cena em série com tamanha verossimilhança com o sexo da vida real. A então garotinha que tinha interpretado Peter Pan, aparece em uma cena ousada, tendo seu bumbum lambido em rede mundial.
Alguns puristas surgiram para criticar a cena no Twitter.
“Tive um dia ruim, mas não tanto quanto o ator que chupou Allison Williams”, falou alguém.
“Ver isso até tirou meu apetite”, afirmou uma mulher.
Vale lembrar que a série é conhecida por ter um conteúdo voltado ao público jovem, sem aqueles mimimis românticos e idealistas de séries para ‘menininhas’.
Como bem disse Fernanda Pineda, aqui o programa apresenta relações sexuais politicamente incorretas e reais. As pessoas são felizes ou infelizes na cama, pegam DSTs, saram, e nada é um grande problema.
“O mais engraçado é que ao mesmo tempo em que ninguém está feliz, ninguém está realmente triste com o que está acontecendo e continua empurrando os relacionamentos com a barriga (seria esse o retrato do que a geração dos 20 e alguma coisa faz com toda e qualquer questão delicada?)”, aponta em seu blog Fake Doll.
Apesar dos atores terem afirmado que a atriz passou essência de baunilha na região para deixar mais aprazível o contato, e até feito uma engenhoca para que a boca do ator não entrasse em contato direto com o ânus da atriz, o que me deixou intrigado na cena é que, pela primeira vez, eu encaro uma preocupação da TV norte-americana em trazer a sexualidade para a vida real, com todos os nuances, desejos e formas possíveis.
Aos críticos, peço que faça um simples exercício: fale sem pudor ou julgamento com sua parceira ou mesmo amigas do que achou da cena. Algumas podem até não curtir a parada, se isto ocorrer, nenhum problema. Isto já serviu para você conhecer melhor o sexo oposto.
Mas garanto que ouvirá de algumas elogios ao ato, como uma certa inveja, por não ter um parceiro que demonstre a falta de preconceito ou mesmo a vontade em satisfazê-la sexualmente como no vídeo. Este feedback pode servir para você melhorar e incrementar sua vida sexual.
Eu mesmo, sou um dos críticos do sexo retratado no cinema e na TV, que pula as preliminares, resume o ato a poucos segundos e concluí com o cigarrinho (no passado) ou com o famoso: Foi bom para você! Acabamos sendo educados com o sexo coelhinho: rápido, incompleto e eficaz, só para o cara que goza.
Precisamos, cada vez mais, cenas como estas para naturalizar o desejo, o interesse pelo corpo do parceiro e vontade de dar e oferecer prazer. Só assim, podemos melhorar o nível de satisfação das nossas parceiras na cama, ao invés de manter o burocrático e cheio de pudores sexo que praticamos.
E fico com a frase dita pela jornalista Julieanne Smolinski, em uma matéria elaborada para a GQ norte- americana:
“Esperemos que isso signifique que, em breve, as mulheres tenham suas bundas lambidas com o mesmo entusiasmo e sem preconceito, como aconteceu com Allison Williams.”
Basta a você, bróder, fazer a sua parte. Ou você quer deixar sua mulher passando vontade?
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