De antemão, leitor, afirmo que não sou daqueles caras que nunca tiveram um relacionamento. Tive um bocado, até. Mas foi somente uma que me fez virar a cabeça (aquela coisa de sentir borboletas no estômago, sabe) e ter a certeza de que queria aquela pessoa ao meu lado pelo resto da vida.
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Pena que descobri isso tarde demais. Este relacionamento chegou ao fim…
Foi em um encontro com um bróder de longa data, em uma mesa de bar, que a ficha começou a cair. Ele, eufórico e feliz, anunciava que tinha encontrado a mulher da sua vida.
Cada plano que ele contava para a vida a dois me deixava, internamente, mais angustiado. Muitos dos meus amigos estavam nessa, compartilhando a vida com alguém. Tinham aquela pessoa com quem conversar sobre as coisas mais bestas do cotidiano, piadas que só os dois entendiam, receber um abraço durante a noite em plena segunda-feira, ou um eu te amo com gosto de café.
E eu, no máximo, dividia um pernoite em um quarto de motel.
Comecei a pensar que eu era um absoluto desastre no amor. Realmente, não tinha nascido para a coisa.
Foi instantes depois que algo veio em minha mente: você não pode se considerar um desastre no amor. Amor não é uma guerra, não é sobre vencedores e vencidos.
Amor é um sentimento que você experimenta, em diversas doses e intensidades, alguns com uma só pessoa, outros precisam de tantas outras durante a vida.
Quando um amor termina, não significa que ambos fracassaram, apenas que aquele sentimento surgiu, cresceu, madurou e já chegou a um destino final. Às vezes, apenas você ainda não se deu conta disso.
Não existe uma fórmula pronta para o amor. Amar é não ter padrões e regras ou modo de conduta.
Você pode amar diferentes pessoas por diferentes jeitos e, posso afirmar com toda certeza, vai ter espaço para todas em seu coração.
As pessoas em relacionamentos não são os “vencedores”, enquanto nós, solteiros, recém-separados ou desiludidos, somos os “perdedores”. Estamos em tempos diferentes, ou apenas encontramos as pessoas certas em momentos errados.
O amor não é uma corrida de 100 metros rasos. É uma maratona completa.
Você não é premiado por encontrar o amor o quanto antes. Ao contrário, pode ser penalizado pelo excesso de afobação na busca.
Não sou louco de falar que seria fantástico encontrar minha metade da laranja hoje, neste instante – mas, pensando racionalmente, sei que ainda não estou preparado para viver tal aventura.
Assim como a vida, amor é sobre a viagem, sobre o crescimento, sobre o relacionamento – não apenas um rótulo, um adorno para colocar no dedo ou motivo para mudar o status no Facebook.
Falando em redes sociais, vai uma dica. Amor não é só para ter glamour (ou causar inveja naquela ex que te largou). Ter uma namorada é muito mais do que postar uma foto com um filtro bonito no Instagram e receber coraçõezinhos, likes e mensagens fofas de todos os seus amigos.
Não procure um amor só para curtidas e compartilhadas, procure um amor real, aquele sem filtro, sem look, sem maquiagem, com o hálito gostoso e verdadeiro de uma manhã pós-sexo.
E acredite. O verdadeiro amor se constrói nos momentos em que você está off-line das redes sociais.
Por isso, aconselho, não tenha pressa em achar o seu amor. Você não caça este sentimento, é caçado.
Amor é sobre encontrar alguém que vale a pena estar, não só nos momentos bons mas, principalmente, nas bad trips.
Amor é sobre alguém que ajude você a se levantar quantas vezes for preciso. Que saiba dizer o quanto você é especial e importante, mesmo que todos (incluindo você) falem e pensem o contrário.
Por isso, eu digo, não se importe com a quantidade de pessoas que se relacionam em sua volta. Não se angustie pelos seus fracassos amorosos. Eles são parte necessária para você ser o que é.
Falhe, erre, cometa novos erros, mas, principalmente, saiba amadurecer com todos eles.
E, quando você encontrar a pessoa que vale a pena, a algumas horas, amanhã, ano que vem ou daqui a 10 anos, verá que a sua jornada não foi em vão.
PS: texto original foi escrito em 2010.
Guia Definitivo para não quebrar a cara
Uma boa maneira de conseguir conquistar e manter inteligência emocional é ouvir a voz de quem lida com esse tipo de questão todos os dias.
Ao ler e expandir a sua mente com algumas verdades que são dolorosas, você conseguirá elaborar auto-crítica e até analisar os próprios comportamentos.
O Edson Castro e o Leonardo Filomeno, criadores do Manual do Homem Moderno, acabaram de publicar um livro para te ajudar neste processo. O Guia Definitivo Para Não Quebrar a Cara: (ou Pelo Menos Tentar) reúne os melhores conselhos, toques verdadeiros que dispensam palavras gentis e tapinhas de boa sorte nas costas.
Às vezes, o que a gente realmente precisa é de um bom tapa na cara para acordar para a vida.
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