A queda de cabelo é um problema que preocupa muitas pessoas, especialmente os homens. Enquanto alguns aceitam a perda dos fios como uma parte natural da vida, outros buscam entender as causas e procurar soluções eficazes. A testosterona, o hormônio sexual masculino, desempenha um papel crucial nesse processo, sendo a principal responsável pela queda de cabelo nos homens.
Já as mulheres, que produzem menos desse hormônio, geralmente não enfrentam o mesmo nível de perda capilar. Neste artigo, exploramos em detalhes as razões biológicas por trás da queda de cabelo, discutimos as diferentes fases da calvície, e apresentamos as opções de tratamento disponíveis para quem deseja combater esse problema.
Como as coisas funcionam
Quando ela atinge a raiz do cabelo, a testosterona passar por um processo causado pela ação de uma enzima. Como consequência dessa reação surgem substâncias que reduzem a velocidade de multiplicação das células da raiz do cabelo e até causam a morte delas. O resultado? Um cabelo mais fino com o crescimento prejudicado.
Ou seja: a raiz do cabelo, ou bulbo capilar, fica em “meio bioquímico nutritivo para que as células se multipliquem e formem uma haste que vai aumentando de tamanho. Essas células vão se renovando de baixo para cima e morrem na ponta do fio. Os cabelos, depois de certo tempo, caem e são substituídos por outros, num processo de renovação permanente. Nos casos de calvície, porém, há uma atrofia dos bulbos capilares e não crescem novos fios”, explica o Dr. Drauzio Varella.
Existe uma idade específica onde a queda acontece com maior intensidade
Luiz Carlos Cuce, médico e professor de Dermatologia no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, explica: “Dezessete anos é a idade mais perigosa para a calvície começar a instalar-se definitivamente. Essas pessoas, por razões genéticas e hormonais, aos 22-23 anos já estão carecas. Aquelas que vão perdendo os cabelos mais devagar a partir dos 25-26 anos podem contar com melhores resultados no tratamento, porque nelas a participação da hereditariedade é menor”.
E a genética pode se manifestar de duas formas diferentes: “uma em que o gene provoca a queda permanente do cabelo, e outra quando o gene produz excesso de oleosidade, causa da dermatite seborreica que também derruba os cabelos, embora eles caiam em menor quantidade e mais lentamente. Os hormônios androgenéticos, isto é, os hormônios masculinos, entre eles a testosterona, agem não só diminuindo a produção dos pelos e inibindo a proliferação das células formadoras da haste capilar, mas também na glândula sebácea anexa ao pelo, aumentando a oleosidade. Por isso, quase 90% dos carecas têm pele e couro cabeludo oleosos. Em geral, eles perdem os cabelos mais tardiamente, por volta dos 25 anos, e devem tratar a dermatite para controlar a queda”.
Bonés realmente atrapalham?
Para Luiz Carlos, o melhor é evitar o uso do boné porque ele abafa e esquenta a cabeça: “Quem o usa com frequência repete o erro das pessoas que lavam o cabelo para tirar a oleosidade e depois passam secador quente, o que faz a gordura reaparecer. Quanto menos calor, melhor para os cabelos oleosos. Infelizmente, tornou-se um hábito da juventude atual usar boné, o que é prejudicial tanto no sentido da tração do couro cabeludo quanto no da produção de calor o que prejudica os tecidos dessa região”.
Ou seja, é melhor evitar.
Tem tratamento?
Sim, existe tratamento, mas se a impressão genética é forte no sentido de favorecer uma queda precoce, as medicações existentes no mercado devem ser tomadas por longos períodos com pequenos intervalos entre eles, afinal, se você parar de tomar, o cabelo volta a cair. Luiz explica: “Mesmo os homens que têm queda menos intensa devem tomar a medicação por muito tempo. No entanto, as doses podem ser menores e os intervalos de descanso maiores. Quando o peso da carga genética é alto, geralmente se consegue retardar o processo, mas não se consegue obter a cura total. Alguns medicamentos são bem conhecidos, como o Minoxidil, um vasodilatador de uso local com ação sobre os receptores androgênicos do pelo, ou seja, que ajuda a bloquear os derivados da testosterona. Se a queda for acentuada, pode-se prescrever a versão mais concentrada, já que existem dois tipos de preparação: um mais concentrado e outro menos”.
Porém, o especialista recomenda cuidado e uma consulta ao dermatologista para ter certeza de qual tratamento seguir.
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