A falta do dinheiro incomoda e limita, o excesso atrapalha e pode mascarar relações. Tendo você muito dele ou carente do mesmo, muito provavelmente você já tenha questionado se o dinheiro faz bem ou mal às pessoas.
Antes de trazer qualquer tipo de conclusão, vamos tentar levantar os problemas gerados pelos lados antagônicos de ter grana ou não.
As adversidades da falta de dinheiro
Não há como negar que acumular dívidas, não ter acesso um bom sistema de saúde, à boa alimentação, moradia e educação de qualidade limitam e muito sua experiência de vida.
Tomando como exemplo uma prova de 100 metros rasos, seria como se o seu adversário largasse 20 metros na sua frente. Você até pode alcançá-lo na corrida, mas isso vai exigir muito mais esforço e dedicação seu.
Os problemas que o dinheiro traz
A riqueza em excesso também traz os seus problemas: ter que se preocupar com seguranças por todos os lados, pessoas interesseiras ao redor e uma montanha de ativos para administrar.
O dinheiro pode servir de um certo desestímulo para fazer você correr atrás dos seus sonhos ou desafios, já que é mais cômodo manter as coisas como estão a gastar energia e esforço para atingir objetivos mais distantes.
Além do mais, você precisa entender que o dinheiro proporciona conforto. E conforto não é felicidade, muito menos satisfação. É fácil confundir as coisas e achar que a grana na sua conta pode preencher os vazios emocionais que sente.
Mas, quanto de grana uma pessoa precisa para viver de maneira confortável, sem excesso ou falta?
Daniel Kahneman e Angus Deaton, dois vencedores do Nobel de Economia, fizeram um estudo para tentar chegar a este valor médio. A pesquisa da dupla na Universidade de Priceton apontou que um salário ótimo seria de US$ 75 mil anuais, ou R$ 165 mil em 12 meses.
Para chegar ao valor, 450 mil americanos participaram da pesquisa ao longo de dois anos. Apesar do resultado final do estudo, ele não necessariamente responde a pergunta inicial.
Isso porque tem muita gente que acha que precisa mais do que isso e outras tantas pessoas que vivem muito bem com muito menos que este valor. Essa média é apenas um parâmetro que não analisa as necessidades reais e as carências que cada pessoa cria para si.
O dinheiro pode facilitar você enxergar quem realmente é
Não há como negar que o dinheiro proporciona conforto. Mas, mirar nele como objetivo é que está o problema da coisa. Você não pode colocar como parâmetro das suas relações sociais o sucesso financeiro. Que o dinheiro esteja na sua vida para ser um facilitador na realização dos seus sonhos, mas nunca como o destino final das suas vontades.
Custo acreditar na história de que o dinheiro corrompe as pessoas. Uma pessoa desonesta vai praticar pequenos delitos se não tiver grana. É claro que esta mesma pessoa, se galgar um cargo grande em uma multinacional ou mesmo estiver ocupando uma função política, vai roubar da mesma forma, só que com muito mais volume devido a oportunidade e ao lugar que ocupa.
Por outro lado, quantos milionários no mundo doam suas fortunas para caridade. Mesmo pessoas com seus recursos limitados doam o que tem e o que não tem só para ajudar o próximo.
Na real, o dinheiro tem o peso que você der a ele. Com pessoas bem intencionadas, pode concretizar sonhos, realizar projetos e ajudar quem realmente precise. Na mão de um desonesto, só vai tornar seus defeitos ainda mais aparente.
Por isso, antes de colocar toda a culpa no fator financeiro, tente enxergar a personalidade quem realmente está manipulando aquele montante.
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