9 razões para assistir a série “13 Reasons Why”

Certamente você já viu em sua rede social no mínimo uma pessoa próxima ‘explodindo a cabeça’ depois de assistir a nova série da Netflix 13 Reasons Why (Os 13 Porquês). A trama, lançada em 31 de março domina os assuntos da internet e trouxe muitos temas à tona na vida real.

Deixando de lado histórias fantásticas, pessoas com super poderes ou zumbis, ela foca nos problemas de adolescentes no ensino médio, incluindo depressão, bullying, assédio e até suicídio.

Em 13 fitas cassete, a protagonista conta sua história aos envolvidos e cada lado de cada fita é um episódio sobre um deles.

Se você ainda está em dúvida se deve assistir ou não, fizemos um vídeo especial sobe o tema e uma seleção de motivos para você ver 13 Reasons Why AGORA!

1. É uma série é baseada em um best seller

Crédito: Reprodução

A série da Netflix é uma adaptação do livro de mesmo nome “Tr1rteen R3asons Why” (na tradução para o português “Os Treze Porquês”) do autor norte-americano Jay Asher. A obra foi lançada em 2007 nos Estados Unidos e em 2011 ficou no topo dos mais vendidos do New York Times

Com o lançamento da série, a publicação ganhou voltou a entrar na lista dos livros mais vendidos. O livro tem 256 páginas e a série tem 13 episódios. Mas vale avisá-lo, que muitas coisas foram alteradas da história original.

Se você quiser ler o livro, compre aqui

2. Uma série que fala muito além da depressão

Crédito: Reprodução
Hannah é uma adolescente dos EUA vítima de problemas mais comuns do que gostaríamos e que muitos passam na infância e adolescência: bullying, objetificação das mulheres, sexismo, assédio, depressão, falta de diálogo com pais.

Em um primeiro momento, talvez cada um desses dilemas não pareça ser algo realmente importante a ponto de levar alguém a se suicidar. Mas, como você percebe ao longo da série, a junção desses fatores é mais do que suficiente para a trágica decisão.

3. Trilha sonora


Um dos grandes acertos é da série e na trilha sonora. Assim como os episódios, são 13 faixas, sendo duas da cantora (e produtora) Selena Gomez, além de hits clássicos de bandas como Joy Division, Lord Duron e The Cure. O músico eletrônico Eskmo compôs a trilha sonora, e cada personagem tem seus próprios motivos musicais dentro da partitura.

4. Um mal que precisa ser discutido

Crédito: Reprodução

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já alertou que o suicídio é um problema de saúde pública que deve ser visto como prioritário por gestores de todas as nações. Segundo estudo do órgão, a cada 40 segundos uma pessoa se mata no mundo – são 2.160 pessoas por dia. Acredite, ele mata mais que a aids e a violência!

O Brasil, infelizmente, já foi considerado o oitavo país com o maior número de suicídios do planeta. E é pior entre os jovens: na última década, a taxa de brasileiros que tiram a própria vida cresceu mais de 40% entre pessoas de 15 e 29 anos.

5. #NãoSejaUmPorque

Crédito: Reprodução
A história de Hannah Baker mobilizou diversos internautas a divulgarem a hashtag #NãoSejaUmPorquê, com o objetivo de combater ações que levam à depressão.

No fim de semana da estreia, a série chegou ao Trending Topics do Twitter com a hashtag #NãoSejaUmPorque, com pessoas refletindo sobre como a história mexeu com as pessoas em todo mundo.

De acordo com o Huffington Post, o CVV (Centro de Valorização da Vida) – organização sem fins lucrativos para a prevenção do suicídio no Brasil – recebeu por volta de 25 mensagens mencionando “13 Reasons Why”.

Desde 31 de março, os pedidos de socorro enviados para a instituição aumentaram mais de 100%. No lançamento da série, a Netflix disponibilizou o site da CVV para incentivar os telespectadores a procurarem ajuda. A plataforma oferece apoio 24h gratuita e sigilosamente por telefone (141), e-mail, chat e Skype.

Além disso, o assunto bullying também veio à tona, com programas especiais e cobertura jornalista. Com certeza, temas que devem ser discutidos.

6. Uma série jovem recheada de nostalgia

Crédito: Reprodução
Apesar de ser uma série com dilemas jovens e bem atuais, ela está recheada de nostalgia dos anos 80 a ponto que você pode até pensar que foi ambientado nos anos 80. O personagem de Miles Heizer tem um cartaz de Joy Division, enquanto outro personagem interpretado por Christian Navarro prefere walkmans e fitas cassete sobre tecnologia mais atuais.

7. Narrativa

Crédito: Reprodução
Para apresentar todas as razões pelas quais fizeram Hannah se suicidar, a série utiliza de vários períodos temporais: Hannah mostra o passado contando através das fitas; Clay ouve as fitas, descobre os porquês no presente, reagindo a eles descobrindo o desfecho junto com o espectador.

Além disso, rola outras linhas atemporais que vamos descobrindo onde encaixar na história ao longo da narrativa, completando as peças que faltam no arco. Tudo isso é amarrado de forma interessante e instigante.

8. Todo mundo pode ter uma Hannah ao seu lado (ou mesmo ser você)

Crédito: Reprodução
O grande acerto para a série foi não escolher um ‘personagem clichê’ para a narrativa. Ela não é a nerd, gordinha, negra, deficiente ou homossexual – pessoas que, em uma história comum, seriam o perfil mais óbvio de sofrerem preconceito e bullying diariamente.

Hannah era mais uma adolescente comum, bonita, saudável, que passa pela fase mais chata e perturbadora da vida. Sofreu como muitos outros jovens, tentou até alertar as pessoas sobre isso, mas ninguém levou a sério seus sinais.

Eu, por exemplo, infelizmente já tive uma amiga que passou por problemas de depressão e escolheu o final trágico do suicídio. O pior é que estávamos lá, do lado dela, e não tínhamos a consciência do que ela estava passando.

Isso humaniza ainda mais a história, mostrando que qualquer pessoa pode passar por isso e, se não tiver um apoio devido, as consequências podem ser drásticas.

9. Reflita sobre seus atos e tenha mais empatia

Crédito: Reprodução
Um grande acerto da série é fazer com que o espectador sinta a dor e tente entender os motivos da protagonista, ao mesmo tempo em que faz um exame de consciência sobre a vivência que teve e responsabilidades por ter sido agressor ou mesmo os traumas por já ter sido um agredido.

Reflita sobre suas atitudes, a forma como você age, reage e como isso acaba influenciando a vida dos outros em volta. Você pode ser um agente de traumas profundos em outra pessoa que nem imagina.

Compartilhe
Leonardo Filomeno
Leonardo Filomeno

Jornalista, Sommelier de Cervejas, fã de esportes e um camarada que vive dando pitacos na vida alheia