Filmes Pornôs também transmitem cultura

Sabe aquelas cenas de filmes pornôs onde aparece uma colegial safada, capaz de tudo para aumentar suas notas bimestrais? Ou então aquela conversa com o diretor que pune a aluna indisciplinada com sexo?

Se você acha que filmes pornôs não têm outra contribuição a não ser ‘aliviar’ as tensões sexuais, esta errado! O blog Blackbords in Porn pretende apontar isto analisando o conteúdo escrito nos quadros negros desses filmes.

Ao contrário do que se pensa, de que o conteúdo seria escrito por estagiários depravados ou atores pornôs semi-analfabetos e superdotados, muito do que aparece por lá tem embasamento teórico em física, química, biologia e afins.

O autor chegou a explicar a sua ideia de blog em um post da Wired:

“Eu vi um filme qualquer e fiquei bastante impressionado com o fato de que, em uma indústria que supostamente opera com as despesas mais baixas, com valores de produção mínimos, alguém pudesse realmente se preocupar em tomar um tempo para escrever algo no quadro negro da sala de aula. E o que escrevia era, na maior parte das vezes, correto. (…) É como se eles [os atores e o pessoal envolvido nas filmagens] dissessem ‘sim, eu posso ser um fornicador público, mas eu ainda lembro o teorema de Pitágoras’.”

Fórmulas de ângulos complementares, a constituição química do ácido ortosilícico e a história do império russo são bons exemplos que comprovam que os quadros negros de filmes pornôs pode ser, sim, cultura!

Confira alguns exemplos e análises do blog:

Fórmulas de Trigonometria

sin (A + B)
= Sen A cos B + cos Um pecado B

cos (A + B)
= Cos A cos B – cometer um pecado B

tan (A + B)
= Tan tan A + B
1 – Tan Tan A B

Análise:

A nível de trigonometria padrão. Matemática correta. Fórmulas corretas. Excelente trabalho!
Nota geral: 9/10

Império Russo

CÍRCULO ÁRTICO
BÁLTICOS
SÃO PETERSBURGO
MOSCOU
RÚSSIA CENTRAL
UCRÂNIA
EUROPA
ESTADOS TURCOS
repúblicas separatistas
SIBÉRIA
( ilegível)
VLADIVOSTOK
estepes da Ásia

PROF . STEFANO
SALA 32C

ESCRITÓRIO HRS
Seg 2h – 4hs
Ter – Quarta – 12h  1h30
Qui- 9h – 22h30
Sex 17h-7h
Sáb-Dom OFF

RÚSSIA IMPERIAL 3271
1609-1752

Questão principal do estudo –
Conforme o tempo passa, o ideal russo de GOVERNO passou por uma mudança radical

Análise:

História – A- nível padrão ou superior. Dois quadros mostram que uma grande quantidade de trabalho tem ido para esta lição .

Não é um mapa ruim para os padrões de professores de história, apesar de São Petersburgo é muito longe para o sul e Vladivostok muito ao norte. Mas certamente dá uma idéia das áreas-chave – este foi um momento de grande expansão russa no Báltico, Ucrânia e Sibéria, a guerra com o Império Otomano, e o movimento da capital para São Petersburgo. O termo “repúblicas separatistas” pode mostrar uma tendência a generalizar.

A questão principal do estudo é bastante desajeitadamente colocada, usando uma mistura de tempos, mas é aberto o suficiente para os alunos mais capazes. Caligrafia é um pouco desleixada e tem um mapa com título ilegível. A estudante teve sorte de encontrar o professor Stefano no escritório em um horário tão peculiar. Mas isso pode ser um resultado de cortes de educação ou horário flexível.

Nota Geral: um bom esforço – 7/10 .

Criacionismo

CRIACIONISMO = SIM!

DARWIN = FUMA CRACK

DARWIN ACREDITA = PEIXE -> MACACO -> GLEN -> HOMEM/MULHER = ERRADO

Análise:

“A ideia de que os homens evoluíram do macaco (ou o macaco do peixe) é um conceito errado, mas bastante comum da teoria de Darwin, que na verdade propõe que humanos e macacos compartilham um antepassado comum que viveu há aproximadamente 40 milhões de anos. É errado afirmar que Darwin acreditava que os humanos evoluíram do macaco por meio de Glen (presumidamente o “elo perdido” que criacionistas tanto amam).

Um grande número de fósseis de transição foram encontrados para apoiar o registro evolucionário do hominídeo, incluindo Lucy (Australopithecus afarensi) e Ardi (Ardipithecus ramidus), mas nenhum Glen. Tal descoberta certamente enfraqueceria o ponto de vista dos criacionistas.”

Nota Geral: 0/10

Outras imagens: