Por mais que você se considere profissional em métodos anticoncepcionais, existe sempre aquele momento de dúvida que assombra o subconsciente de todo ser humano e faz o mais confiante acreditar nas coisas mais absurdas.
Para que, nesse momento de angústia, você e sua parceria não cometam nenhum ato impulsivo ou hajam da forma errada, nós vamos explicar, passo a passo, como usar a pílula do dia seguinte – e desvendar os mitos que envolvem a dita-cuja.
Entenda como a pílula funciona
Segundo os médicos, a pílula do dia seguinte impede ou retarda a liberação de um óvulo do ovário. Assim, ela impede a fecundação. Além desse, também há outros efeitos: o de “atrapalhar” a fixação do óvulo fecundado no útero e o de modificar o muco cervical, prejudicando o transporte dos espermatozoides em direção ao óvulo.
Ou seja: ao contrário do que muita gente diz, a pílula não é abortiva!
Quando tomar a pílula do dia seguinte?
A pílula do dia seguinte só deve ser tomada quando você transar sem proteção. Ou seja, quando a camisinha estourar, houver falha no método do coito interrompido – que já não é lá muito confiável, vamos combinar – ou depois que a sua parceira esqueceu de tomar dois ou mais comprimidos da pílula anticoncepcional tradicional.
Quanto tempo depois do sexo desprotegido a pílula deve ser tomada?
É preciso tomar o comprimido até 72 horas depois da relação. Algumas marcas oferecem dois comprimidos e, nesse caso, o segundo deve ser tomado 12 horas depois do primeiro.
Para maior eficácia – afinal, pra que arriscar? – é melhor que a sua parceira tome o primeiro comprimido da pílula do dia seguinte até 24 horas depois da relação.
Ué, então as chances de não engravidar são variadas?
Sim! Se ela for tomada no primeiro dia, a chance de eficácia é de 95%. No segundo dia, a eficácia cai para 85%. Então, quanto antes a mulher tomar, melhor!
Não é preciso receita médica para comprar a pílula e também é fácil encontrá-la nas farmácias.
Quais são os efeitos colaterais?
Antes de sair por aí achando que pílula do dia seguinte é método contraceptivo de barreira, saiba que: não, não é, e por isso, ela não deve ser tratada como tal. A pílula do dia seguinte é um método de exceção e seus efeitos colaterais também são bem desagradáveis, apesar de variar de mulher para mulher.
Por exemplo: nos casos mais comuns, a pílula causa um pequeno sangramento escuro e desregula a menstruação por uns três meses. Outros efeitos relatados com freqüência são dor de cabeça, enjoo e dor nos seios.
Minha parceira pode tomar a pílula com frequência?
Como foi dito anteriormente, a pílula não é um método anticoncepcional! Se uma mulher tomar a pílula com uma frequência intensa, como duas vezes por mês, por exemplo, sua eficácia diminui bastante, a menstruação se torna irregular e as chances de gravidez aumentam.
A pílula do dia seguinte tem altas doses hormonais e, por isso, pode fazer mal para várias funções do corpo feminino quando tomada em excesso.
Como ela é um método contraceptivo de emergência, ela só impede a gravidez que está relacionada à transa desprotegida de antes. Se você for transar depois com sua parceira, é preciso usar camisinha.
Existem remédios que podem diminuir sua eficácia?
Assim como a pílula anticoncepcional pode ter sua eficácia reduzida por causa de certos antibióticos, o mesmo acontece com a pílula do dia seguinte. Entre os medicamentos que sua parceira precisa evitar quando usar essa medida de emergência estão: antibióticos (tetraciclina, ampicilina, oxacilina, doxicilina) e anticonvulsivantes.
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