Ter o próprio negócio é o sonho de muitos brasileiros. Mas, por insegurança ou inexperiência, muitos jovens deixam essa meta de lado e preferem seguir uma carreira trabalhando para terceiros.
Segundo dados da Associação Brasileira de Startups, o Brasil tem, hoje, cerca de dez mil pequenas empresas em atividade: 55% delas, aliás, são comandadas por jovens entre 20 e 23 anos. No entanto, 40% delas decretam falência antes de completar dois anos.
Muitas vezes, a falência é resultado da falta de experiência, conhecimento de mercado ou excesso de ansiedade. Empreendedores de primeira viagem muitas vezes deixam de lado fatores fundamentais para a sobrevivência do negócio.
Se você não quer esse mesmo destino e está decidido em montar sua própria empresa, Rodrigo Villar, CEO há 9 anos da empresa Software, maior revenda de software corporativo do Brasil, reuniu cinco dicas indispensáveis:
Não deixe uma boa ideia morrer na execução
Pode parecer óbvio, mas regularizar a empresa, com apoio de um contador, é o primeiro passo. Com a assessoria de um bom escritório de contabilidade, o empresário tem acesso a informações para que a tomada de decisões com base na legislação brasileira nas esferas federal, municipal e estadual trabalhem a favor do negócio.
Não se preocupar com questões tributárias, por exemplo, pode minar a competitividade e o potencial de crescimento da empresa.
A sobrevivência do dono entra na conta
Um bom plano de negócios não busca apenas gerar caixa e crescimento: quanto mais realista ele for, maior a probabilidade de sucesso. É preciso levar em conta, desde o começo do projeto, que os sócios precisam sobreviver da empresa. Essa é uma questão fundamental mas, como o respeito à hierarquia administrativa e organizacional é igualmente prioridade para o sucesso, cada setor deve cuidar da sua área e os sócios só devem tirar dinheiro quando as contas da empresa estiverem 100% pagas.
É importante ter em mente que todo empreendimento tem um tempo de maturação que exige sacrifício e paciência. Por isso, planejamento é tudo.
Não guarde segredo, mas conte a quem interessa
Muitas vezes, o jovem empreendedor prefere guardar segredo sobre seu projeto por medo que roubem sua ideia ou que o desencorajem com palpites e conselhos. Realmente, não há nada mais chato. Mas o pulo do gato é contar a quem se importa e pode colaborar com ações, expertises e relatos de experiências. Bons amigos, a família próxima e uma rede de contatos confiável são excelentes para conversas e brainstorms que podem gerar estratégias e fazer o negócio acontecer.
Facilitar para não atrapalhar
O endereço da empresa deve ser muito bem pensado e estrategicamente analisado. Escolher uma localidade de fácil acesso e em uma região com bancos, cartórios, restaurantes, metrô e Correios, é pensar na logística. Isso vai impactar positivamente seus negócios e a produtividade da rede de funcionários, clientes e fornecedores.
Palavra é palavra
Compromisso é para ser cumprido – e um jovem líder precisa saber disso. Desde o princípio, o business e as relações humanas dentro da estrutura corporativa devem se pautar por comprometimento, confiança e seriedade para com parceiros, vendedores, clientes e funcionários. Esse é o alicerce para a verdadeira e legítima reputação. Empresas e empresários que não cumprem palavras e compromissos não seguem adiante e ganham por vezes máculas indeléveis no mercado.
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