Campanha de Carnaval divulga remédio que evita proliferação do HIV

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Além do incentivo para o uso da camisinha, a divulgação da PEP é muito importante para conscientizar a população sobre uma forma de se proteger caso o preservativo rompa.

Como costuma ser realizada pelo Ministério da Saúde durante as festas de Carnaval, a campanha sobre conscientização do uso da camisinha ganhou, neste ano, mais uma característica: a divulgação sobre a profilaxia pós-exposição (PEP), procedimento que evita a proliferação do vírus HIV depois do sexo desprotegido – ou com rompimento da camisinha.

O slogan “Deixe a Camisinha Entrar na Festa” foi divulgado no dia 28 de janeiro de 2016 e a campanha entrou em vigor no Brasil inteiro.

Durante os dias de carnaval, cinco milhões de preservativos serão distribuídos aos foliões em ações voltadas para os blocos de rua em grandes capitais como o Rio de Janeiro, Salvador, Ouro Preto e Olinda.

A instalação de dispensers em bares previamente selecionados também funcionará como forma de distribuição do preservativo.

Sobre a PEP


Além do incentivo para o uso da camisinha, a divulgação da PEP é muito importante para conscientizar a população sobre uma forma de se proteger caso o preservativo rompa.

Ela é um conjunto de quatro medicamentos antirretrovirais (tenofovir, atazanavir, ritonavir e lamivudina) e, para que faça efeito, é preciso recorrer à PEP até 72 horas depois da exposição ao vírus. Mas, para aumentar sua eficácia, é recomendado que o consumo da PEP seja realizado nas duas primeiras horas depois da situação de risco.

Se você pensa que só precisará tomar um comprimido para se livrar das chances de contrair o vírus, está enganado: são 28 dias consecutivos do tratamento que poderá ser encontrado em unidades públicas.

A campanha também incentivará testes e tratamento para quem é soro positivo e vai educar ainda mais a população sobre a possibilidade de realizar testes gratuitos em vários postos de saúde no Brasil.

Porém, é importante ressaltar que a PEP deve ser utilizada em último caso! A camisinha ainda é a principal aliada – e a menos invasiva – do combate à AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis. Afinal, o conjunto de medicamentos antirretrovirais não é voltado para doenças bacterianas e várias outras DSTs.

O Brasil e o HIV


Durante o lançamento da campanha, dados inéditos foram apresentados e mostraram que o Brasil bateu recorde de pessoas em tratamento contra o HIV e a AIDS em 2015: o número de infectados que começaram tratamentos passou de 72 mil para 81 mil em um ano.

Esse tipo de comportamento reduz ainda mais a disseminação do vírus, pois, quando o tratamento é realizado de forma correta e por um certo período de tempo, a chance de transmitir o HIV é quase nula pois a carga viral passa a ser indetectável no organismo. Veja nossa matéria com mitos e verdades sobre o HIV e a AIDS.

Outro fato interessante é que o Brasil atingiu a meta das Nações Unidas e 91% dos brasileiros adultos que vivem com HIV e AIDS e estão em tratamento há pelo menos seis meses no SUS (Sistema Único de Saúde) já mostram carga viral indetectável no organismo.

O site AIDS.GOV divulgou uma lista completa com todos os centros especializados em distribuir o medicamento e iniciar o tratamento. Consulte-a clicando aqui.

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